sexta-feira, 25 de março de 2022

 

Limites ultrapassados

 

Cesar Vanucci  

 

 “Olho por olho e o mundo acabará cego.”

(Gandhi)

 

 Há um limite pra tudo. Um limite para a estupidez e insânias humanas. Os “Senhores das Guerras” assumem-se Deuses, colocando-se acima do bem e do mal.

Em sua descomedida ambição pelo poder transpõem, irresponsável e descerimoniosamente todas as limitações legais, éticas e morais estipuladas como forma de orientar a convivência internacional, sem levar em consideração as imprevisíveis consequências de seus aterrorizantes posicionamentos. Há um limite pra tudo.

O pensador Chico Xavier, extraordinária figura humana e sensitivo, reconhecido mundialmente, chegou até, em pronunciamentos largamente difundidos, sobretudo nos círculos esotéricos, a mencionar “Data limite” para os excessos intoleráveis cometidos pela vocação belicosa que impulsiona, volta e meia, algumas lideranças mundiais desconectadas com os valores do espírito que conferem dignidade à aventura humana. Vaticinou que, num dado instante da jornada terrena, a persistir o clima de beligerância dominante em amplas faixas do relacionamento entre nações, poderão ocorrer situações catastróficas inimagináveis. A teoria da “Data Limite” formulada por Mestre Chico ascendeu forte controvérsia. Suscitou numerosas interpretações. Das explanações mais conhecidas, duas nos parecem mais sugestivas e abundantes em detalhes. Uma delas é do empresário Geraldo Lemos Neto, amigo pessoal e biógrafo do sensitivo, fundador de uma instituição que preserva seus trabalhos humanitários e espirituais. A outra é do jornalista e pesquisador de fenômenos insólitos Marco Antônio Petit.

Animamo-nos a oferecer agora, aqui, uma singela tentativa de resumir a profecia. As revelações de Chico são espantosas pelo seu teor místico, envolvendo personagens excelsos e transcendentes da cultura religiosa e situações relacionadas com a existência de civilizações extraterrenas detentoras de avançado estágio tecnológico. Segundo ele, naquele momento, em plano existencial superior ficou estabelecido que ao ser humano seria concedido um prazo para definições sobre sua forma de atuação no planeta, com vistas à evolução civilizatória. Caso o instinto belicoso continuasse predominando, com risco inclusive de conflito nuclear, a sobrevivência do ser humano na face da terra ficaria irreversivelmente comprometida. Se, ao contrário disso, as lideranças mundiais se dispusessem a compor um quadro de paz e harmonia haveria uma intervenção dos mentores celestiais voltada para uma era de supremo bem-estar coletivo. O prazo fixado coincide com os tempos de agora. E ninguém ignora quão amalucados são os tempos de agora.

O enredo da história contemporânea deixa de forma claramente explicita quem são os protagonistas do que anda rolando diante dos olhares amedrontados das multidões. Eles, os infatigáveis belicistas, os “senhores das guerras” estabelecem as opções a serem trilhadas na caminhada humana. Um símbolo atordoante do que são capazes de conceber está representado naquela cena arrepiante mostrada na televisão, de um prédio administrativo da maior usina nuclear do mundo sendo alvo de bombardeio.

De tudo quanto exposto sobra uma inapelável certeza, haja ou não uma “Data Limite”, o homem encontra-se numa encruzilhada e precisa definir, o quanto antes, seu destino. Em 2019, de acordo com as estatísticas oficiais os gastos com armamentos, no mundo inteiro, totalizaram um trilhão e novecentos bilhões de dólares, valor superior ao PIB brasileiro. Tem-se como certo que os gastos oficialmente declarados são inferiores à realidade, na clandestinidade opera, não é de hoje, um esquema de aquisições de armas bastante volumoso. Intoleravelmente, a insensatez e irresponsabilidade dos povoadores desta ilhota perdida, que é a Terra, no infindável oceano de inexplicabilidades do Cosmos, permitiram fossem ultrapassados todos os limites. Aí estão as guerras, as desigualdades sociais, a extrema pobreza, etecetera...

Orar, meditar e aguardar.

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