A hora da decisão
*Cesar Vanucci
“Sou visceralmente democrata. Para mim, a liberdade é algo fundamental.” (Juscelino Kubitschek de Oliveira, maior estadista brasileiro)
O que terá a dizer o sentimento nacional neste
instante decisório importantíssimo? Ocorre-nos registrar, como respostas
apropriadas à indagação, as considerações alinhadas na sequencia. A Democracia
é valor sagrado. Acha-se impregnada na alma das ruas. Garante o exercício pleno
da cidadania, com seus benfazejos desdobramentos. Assegura a liberdade de
expressão, resguarda os direitos fundamentais inerentes à condição humana.
Utiliza o humanismo como trincheira de luta em favor de postulados nobres que
dignificam a aventura da vida.
Toda eleição representa marco precioso na
caminhada democrática. A democracia tem, obviamente, defeitos, mas em nenhuma
parte do mundo, ao longo dos tempos, testou-se regime que possa com ela se
ombrear, que esteja apto a oferecer eficácia e eficiência comparáveis na
condução dos destinos políticos e administrativos. Louvar as intuições
democráticas, sem tergiversações é dever cívico de suprema significação.
Respeitar seus ditames é imprescindível. Constitui prova de maturidade política
e de elevação do espírito humano.
Da parte do eleitor é legitimo esperar-se conscientização
exata de tudo que esteja em jogo no processo eleitoral. É de a sua
responsabilidade avaliar com serenidade, bom senso e espírito público as
propostas e promessas colocadas pelos candidatos nas mesas de debate. Bem como, também, analisar as posturas, dentro
e fora do país,do pretendente às funções de dirigente da nação pelo próximo
quatriênio. Dele, candidato, exige-se comprometimento decidido com os valores
republicanos, com as instituições, com os clamores populares por medidas que
proporcionem bem estar à comunidade.
O
grau de sensibilidade social, nos procedimentos, atitudes e palavras do “presidenciável” , há que
ser devidamente sopesado. É justo, bastante compreensível aguardar de quem venha
a desempenhar honrosa missão projetos e ações que promovam o desenvolvimento
econômico sem ônus para as classes menos afortunadas, abra frente de trabalho
para absorver as legiões de desempregados, mostre dedicação com afinco a
iniciativas que eliminem os bolsões de pobreza detectados, deploravelmente, na
paisagem urbana do país. Fica claro, pela mesma forma, que o voto consciente deve
recair em candidato que saiba valorizar a cultura popular, respeitar as
diversidades, enfrentar com destemor preconceitos aviltantes, preservar o meio
ambiente, obedecer aos preceitos científicos e prestigiar os avanços da
ciência.
É
relevante para o eleitor, de maneira a que possa fazer um juízo adequado de
valores, distinguir a verdade fatual das execráveis fake news. E não se deixar
inocular pelo germe corrosivo da mentira espalhada em plataformas eleitoreiras
descompromissadas com o bem comum e com a legislação democrática.
A eleição
de domingo, situada no radar das atenções mundiais, acompanhada naturalmente de
enorme expectativa por toda nação brasileira, provocou oportuna manifestação do
papa Francisco, gloriosamente reinante. Saudando
peregrinos brasileiros na Praça São Pedro, no Vaticano, Sua Santidade pediu a intersessão
da Santa Padroeira, Nossa Senhora Aparecida, que livre nosso país do ódio, da intolerância
e da violência. A mensagem pontifícia
interpreta com fidelidade os anseios da gente do povo em todos os lares
brasileiros.
Que
o pleito transcorra em clima de paz, sem quaisquer novas perturbações da ordem constituída,
em estrita consonância com os generosos anseios da coletividade, para que a voz
soberana das urnas eletrônicas se faça ouvir.
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)