Limites
ultrapassados
Cesar Vanucci
“Olho por olho e o mundo acabará
cego.”
(Gandhi)
Há um limite pra tudo. Um limite para a
estupidez e insânias humanas. Os “Senhores das Guerras” assumem-se Deuses,
colocando-se acima do bem e do mal.
Em
sua descomedida ambição pelo poder transpõem, irresponsável e
descerimoniosamente todas as limitações legais, éticas e morais estipuladas
como forma de orientar a convivência internacional, sem levar em consideração
as imprevisíveis consequências de seus aterrorizantes posicionamentos. Há um
limite pra tudo.
O
pensador Chico Xavier, extraordinária figura humana e sensitivo, reconhecido
mundialmente, chegou até, em pronunciamentos largamente difundidos, sobretudo
nos círculos esotéricos, a mencionar “Data limite” para os excessos
intoleráveis cometidos pela vocação belicosa que impulsiona, volta e meia,
algumas lideranças mundiais desconectadas com os valores do espírito que
conferem dignidade à aventura humana. Vaticinou que, num dado instante da
jornada terrena, a persistir o clima de beligerância dominante em amplas faixas
do relacionamento entre nações, poderão ocorrer situações catastróficas
inimagináveis. A teoria da “Data Limite” formulada por Mestre Chico ascendeu
forte controvérsia. Suscitou numerosas interpretações. Das explanações mais
conhecidas, duas nos parecem mais sugestivas e abundantes em detalhes. Uma
delas é do empresário Geraldo Lemos Neto, amigo pessoal e biógrafo do
sensitivo, fundador de uma instituição que preserva seus trabalhos humanitários
e espirituais. A outra é do jornalista e pesquisador de fenômenos insólitos
Marco Antônio Petit.
Animamo-nos
a oferecer agora, aqui, uma singela tentativa de resumir a profecia. As
revelações de Chico são espantosas pelo seu teor místico, envolvendo
personagens excelsos e transcendentes da cultura religiosa e situações
relacionadas com a existência de civilizações extraterrenas detentoras de
avançado estágio tecnológico. Segundo ele, naquele momento, em plano
existencial superior ficou estabelecido que ao ser humano seria concedido um
prazo para definições sobre sua forma de atuação no planeta, com vistas à
evolução civilizatória. Caso o instinto belicoso continuasse predominando, com
risco inclusive de conflito nuclear, a sobrevivência do ser humano na face da
terra ficaria irreversivelmente comprometida. Se, ao contrário disso, as
lideranças mundiais se dispusessem a compor um quadro de paz e harmonia haveria
uma intervenção dos mentores celestiais voltada para uma era de supremo bem-estar
coletivo. O prazo fixado coincide com os tempos de agora. E ninguém ignora quão
amalucados são os tempos de agora.
O
enredo da história contemporânea deixa de forma claramente explicita quem são
os protagonistas do que anda rolando diante dos olhares amedrontados das
multidões. Eles, os infatigáveis belicistas, os “senhores das guerras” estabelecem
as opções a serem trilhadas na caminhada humana. Um símbolo atordoante do que
são capazes de conceber está representado naquela cena arrepiante mostrada na
televisão, de um prédio administrativo da maior usina nuclear do mundo sendo
alvo de bombardeio.
De
tudo quanto exposto sobra uma inapelável certeza, haja ou não uma “Data Limite”,
o homem encontra-se numa encruzilhada e precisa definir, o quanto antes, seu
destino. Em 2019, de acordo com as estatísticas oficiais os gastos com
armamentos, no mundo inteiro, totalizaram um trilhão e novecentos bilhões de
dólares, valor superior ao PIB brasileiro. Tem-se como certo que os gastos
oficialmente declarados são inferiores à realidade, na clandestinidade opera,
não é de hoje, um esquema de aquisições de armas bastante volumoso.
Intoleravelmente, a insensatez e irresponsabilidade dos povoadores desta ilhota
perdida, que é a Terra, no infindável oceano de inexplicabilidades do Cosmos,
permitiram fossem ultrapassados todos os limites. Aí estão as guerras, as
desigualdades sociais, a extrema pobreza, etecetera...
Orar,
meditar e aguardar.