*Cesar Vanucci
“ Atentar para os sinais é preciso” ( Anna
Mayã, poeta)
Aquecimento
global, efeito estufa, mudança climática, adelgaçamento da camada de ozônio, degelo
nas calotas polares, abalos sísmicos, elevação do nível das águas oceânicas. Tudo
isto e muitas outras ocorrências na linha dos desastres naturais rondam assustadoramente
este nosso maltratado planeta azul. A ciência atenta aos sinais, aos recados
frequentes da mãe Natureza, emite alertas, brada por decisões que carecem sere
adotadas no âmbito de competência das lideranças políticas mundiais, no sentido
de impedir o caos pressentindo para tempos vindouros na marcha humana.
O
negacionismo científico, cuja origem está enraizada no fundamentalismo
religioso e político, desdenha as sensatas advertências. Elas não passariam,
segundo azuretadas “teorias da conspiração”, de maquiavélico conluio de
cientistas, ambientalistas, mídia, e determinados consórcios ideológicos,
econômicos e religiosos empenhados na subjugação da sociedade...
Forçoso
reconhecer, toda via, que o “negacionismo cientifico” não representa o único
obstáculo contraposto ao atingimento das metas fixadas pelas sucessivas “cúpulas
do clima” que reúnem periodicamente a quase totalidade dos países membros da
ONU. Dá pra Perceber nitidamente, no
acompanhamento das medidas pactuadas nos encontros, que as boas intenções
frustradas são em maior numero que as ações realmente efetivadas. O agravamento
constante da situação climática é prova indiscutível de que a questão do aquecimento global,
apesar dos incrementados debates suscitados não é confrontada com o rigor e
disposição reclamados.
A
recente COP no Egito aprovou, outra vez mais, proposta de destinação aos países
de menor capacidade econômica de recursos obtidos por força de doações das
nações mais desenvolvidas, que são, justamente, as responsáveis pelo maior
volume de gases poluentes lançados na atmosfera. O valor da anunciada ajuda,
como já aconteceu anteriormente, deverá ser fixado mais adiante. Quer dizer:
por enquanto nada do dinheiro necessário para providências solenemente
reconhecidas como impostergáveis. Tudo acaba permanecendo como está, pra ver
como é que fica...
Enquanto
as discussões em torno da preocupante situação climática se processam nesse ritmo
morno, longe do ideal, no tocante a definições cruciais, a ciência chama a
atenção do mundo para novas alarmantes perspectivas. O derretimento das calotas
nos Polos Norte e Sul pode provocar, além de terríveis inundações, nas zonas
costeiras dos diversos continentes, a liberação de agentes patológicos, hoje em
estado de hibernação nas camadas de gelo, com potencialidade para disseminação de
pandemias.
A
natureza nos criva o tempo todo com recados sobre o que anda rolando no planeta
em razão do comportamento predatório do bicho homem. Atentar para os sinais é
preciso, como não?
Êta
mundo velho de guerra sem porteira!
1) Vacina. Ouço de um médico
infectologista uma observação danada de intrigante. Assinalando que, a reduzida facção dos
chamados “negacionistas científicos”, hoje empenhada em desacreditar a prática vacinal,
pertence, de modo geral, às classes mais abastadas, ele indaga num tom um tanto
zombeteiro, como essa gente se arranja, nas costumeiras excursões ao exterior
com o cartão das vacinas obrigatórias nos postos aduaneiros?
2) Figurino Democrático . O Vice-eleito
Geraldo Alckmin e esposa foram recebidos, no Palácio Jaburu pelo atual vice
Hamilton Mourão e esposa, de forma Cortez e fidalga. Inteiraram-se de
informações relevantes acerca do funcionamento da residência oficial destinada
à Vice-Presidência da Republica. Tudo dentro do melhor figurino democrático