A
aventura humana
Cesar Vanucci *
Somos uma ilhota desgarrada num
oceano infinito repleto de
inexplicabilidades.
(Aldous
Huxley)
“Admirável mundo novo - Reflexões sobre
a Aventura Humana, suas venturas e desventuras”: foi este o tema de uma
exposição feita por este escriba num encontro do Lions, realizado em Belo
Horizonte, que reuniu no dia 6 de março passado a cúpula do Movimento
Leonistico brasileiro. No trabalho em questão, reproduzido na íntegra abaixo,
defendo crenças e conceitos frequentemente trazidos às considerações expendidas
há anos neste espaço de ideias e quimeras.
“Sou
apenas um repórter.
O
que sei são simplesmente muito poucas coisas.
Mundo fantástico
Este
nosso mundo velho de guerra sem porteira é fantástico.
Não
apenas tão fantástico quanto a gente, dando trela à imaginação, é capaz de
supor.
Mas
muito mais fantástico do que a cachola mais ousadamente criativa conseguirá
jamais conceber.
Ocupamos
no espaço sideral, ao lado de zilhões de corpos celestes, de formatos e
tamanhos diversificados, minúscula porção territorial – três quartos de água –
situada entre a vastidão cósmica e a imperscrutável eternidade.
Somos,
como lembra Aldous Huxley, uma ilhota desgarrada num oceano infinito repleto de
inexplicabilidades.
Qual é o papel
desempenhado pelo ser humano nessa história
O
que, afinal de contas, fazemos aqui? Esses 9 bilhões de seres de
nacionalidades, etnias, crenças políticas e religiosas distintas, habitantes
deste convulsionado planeta azul?
De
onde brotou a Natureza, esse colosso de coisas, estuante de vida, que
compartilhamos, de forma perdulária e inconsequente, com milhões de espécies
animais e vegetais?
É
um nunca acabar de perguntas sobre o sentido da vida.
As
respostas esbarram nos limites do conhecimento consolidado, difíceis pacas de
serem transpostos.
O conhecimento
consolidado é insuficiente
O
conhecimento aceito – insuficiente para explicar as coisas – prega-nos peças à
pamparra.
Temos,
adiante, ligeiro e emblemático desfile de amostras, colhidas ao acaso, de
posturas humanas impregnadas de intransigência dogmática e preconceitos
rançosos, típicos de uma interpretação equivocada da fascinante aventura
humana.
A
intransigência e o preconceito são posturas que não sabem distinguir mudanças essenciais,
de conteúdo remoçante, dos modismos desagregadores.
A sinalização da vida
Os
radicais, avessos a transformações, consideram o mundo pronto e acabado.
Quando, por injunções variadas, participam de um que outro processo de reforma,
fazem de tudo para que não saia reforma nenhuma. Confinam-se nos restritos
domínios dos conhecimentos tolerados. Não entendem bulhufas da vasta sinalização
da vida.
Galileu
passou pelo que passou, por causa da atrevida teoria de que a Terra se movia ao
redor do Sol. Não o contrário, como a ciência de então asseverava.
Por
afirmar que a vida inteligente não constituía privilégio deste planeta, Giordano
Bruno purgou nas santas chamas a heresia.
O
papa Silvestre II, no século 10, foi acusado por cardeais, aliados a
matemáticos, de pacto com o maligno. “Motivo”: “o incentivo dado, no ensino da
matemática, à substituição dos algarismos romanos pelos algarismos arábicos.
A recepção do fonógrafo
na Academia de Ciência da França
Quando
o fonógrafo, tetravô dos aparelhos de sons sofisticados de hoje, foi apresentado
na Academia de Ciências da França, instituição tida como a mais alta instância
da sabedoria naqueles tempos, o secretário, tomado de santa ira, acusou o operador
de ser “ventríloquo”. Ao depois, à vista do exótico aparelho, sem a presença do
suposto “ventríloquo”, insistir em emitir sons incríveis, partiu para veredicto
fulminante: “coisa do demo!”
Quando
a eletricidade brotou, como um clarão de tempos novos, pareceu a muitos
cientistas conceituados que o mundo ia (mais uma vez) acabar. “Ruas iluminadas
por outro processo, que não o do lampião a gás? Pura fantasia!” - asseguraram doutas
criaturas, do alto do pedestal.
As surpresas provocadas
pelo inesgotável talento humano
Curioso
anotar, nessas negações ininterruptas e hilárias das novidades nascidas dos
inesgotáveis engenho e talento humanos, a presença insuspeitada, até mesmo, de
personagens que, em dado instante, estimularam técnicas que alteraram a face do
mundo.
Vejam
só!
O
presidente da IBM - essa empresa que andou criando mecanismos avançados, a
pedido de Hitler, objetivando a codificação de informações que facilitassem o
encaminhamento de vítimas inocentes aos sinistros campos de extermínio -, profetizou
no início da era do computador, que o mundo não comportaria tão cedo mais do
que uma dúzia de aparelhos de processamento de dados.
Outro
saboroso prognóstico foi o de Henry Ford, no lançamento dos primeiros carros. A
perspectiva de comercialização de veículos em substituição a carruagens, assegurava
ele, seria bem reduzida. E não haveria chance alguma para autos que não
ostentassem cor padrão – ou seja, a cor preta.
Quebrar paradigma não é nada fácil
Quebrar paradigma não é nada fácil
Preconceitos
geram paradigmas.
Quebrar
paradigma é mais difícil do que quebrar átomo, proclamou Einstein.
Sei
que na benevolente plateia que acompanha estas ruminações existem pessoas
canhotas. Juntarei por isso a esta série de exemplos de reações comportamentais
despropositadas, que retardam a evolução civilizatória, cenas de tempos escolares
recentes.
Anos
50. Situação trivial que hoje, provavelmente, dá margem a estupefação. Alunos
canhotos eram submetidos nas salas de aula a “processos educativos” especiais, mode
aprenderem a escrever direito. Ou seja, com a mão direita. Surpreendi, na
adolescência, colegas “esquerdistas” matriculados em escola para portadores de
necessidades especiais, por conta - vejam só! - desse “defeito de nascença”.
Um
derradeiro exemplo: a alucinatória condenação às historinhas em quadrinhos. Os
gibis eram vistos, em tempos de antanho, como um instrumento nocivo à formação,
muito embora as aventuras de Flash Gordon, Buck Rogers e outros “heróis” permitissem
a embevecidos leitores a chance de informações inéditas sobre assombrosas
tecnologias.
Tecnologias
que acabariam incorporadas ao cotidiano: energia nuclear, raio laser, naves
espaciais, esquemas inacreditáveis de comunicação à distância. E por aí vai...
Um vasto “campo minado”
Está
visto pois que existe vasto “campo minado” nos roteiros palmilhados nesta nossa
trepidante jornada pela pátria dos homens, no rumo do bem-estar proporcionado pelas
descobertas e invenções.
Mas
mesmo confrontando dissabores de toda ordem, provocados por escancarada ignorância,
a civilização efetuou, com ênfase redobrada a partir do século 20, conquistas impressionantes.
Realizações riquíssimas em possibilidades.
O
temor do fantástico, do inexplorado ainda prolifera, até mesmo em escalões detentores
dos poderes de decisão.
Advêm
daí as dificuldades históricas que se contrapõem às aspirações globais de
incorporar logo ao conforto humano os frutos das inovações.
Encarando o semblante
da realidade
Dá
pra perceber, todavia, num mundão de lugares, a presença sempre crescente, de
cidadãos dispostos a encararem sem receio o semblante fantástico da realidade. Dispostos
a rebaterem preconceitos e acomodações.
Batalha
renhida!
Antes
de empregado como meio de transporte formidável, o avião virou mortífero
instrumento de guerra.
A
bomba nuclear devastadora veio antes das usinas de energia.
Os
laboratórios que armazenam apavorantes armas bacteriológicas são em número superior
aos das pesquisas pra curas de doenças.
O
preço de um único porta-aviões super equipado é superior ao PIB de dezenas de
países periféricos.
Os colossais gastos com
armamentos
Parte
ínfima dos gastos globais com armamentos, na casa dos quadrilhões, garantiria a
solução do problema da fome que assola um bilhão de criaturas; a erradicação da
aids, do ebola e de outras endemias e de outros males subjacentes que
martirizam multidões e agridem contundentemente a consciência humana.
Perguntas que não
querem calar
Perguntas
desassossegantes: quem mesmo, na clandestinidade protegida, garante o suprimento
permanente de armas aos contendores das guerras intermináveis, espalhadas por tudo
quanto é canto?
De
onde sai essa dinheirama para aquisições de armas?
Como
as armas chegam às mãos dos ativistas do terror?
Como
são feitas as operações financeiras referentes a esse tenebroso comércio?
As agressões ao meio
ambiente
E
o que temos, afinal de contas, a dizer acerca das agressões incontroladas ao
meio ambiente?
A
questão da água deixa o mundo inteiro em suspense.
Na
embriagadora autossuficiência e arrogância de alguns setores vale tudo para
defesa de interesses nebulosos.
Um
estrategista aloprado chegou a propor, certa feita, que fossem feitos testes
nucleares também no solo lunar, minha Nossa Senhora da Abadia da Água Suja!
Os poderosos aliados do
preconceito e da ignorância
Aliados
circunstanciais do preconceito e da ignorância, o radicalismo, o fundamentalismo
político e religioso, o extremismo incendiário, a prepotência, a arrogância
hegemônica, a ambição descomedida por ganhos materiais, a insensibilidade
social, desencadeiam desfile interminável de situações indesejáveis. Vamos a
elas.
As
guerras do terror e o terror das guerras. As guerras abominadas pelas mães.
A
pandemia da corrupção universal.
As
discriminações odiosas por causa de raça, gênero e credo.
Os
sofrimentos atrozes impostos pelo machismo e racismo a negros, índios e
mulheres.
As
alianças diplomáticas impregnadas de hipocrisia em torno de conveniências
espúrias na seara internacional.
Como é que pode?
As
desigualdades sociais gritantes.
Os
oitenta caras mais ricos do mundo acumulam riqueza, segundo a ONU, equivalente
aos bens somados de dois terços da humanidade. Como é que pode?
O
dono da maior fortuna individual do planeta possui haveres que superam o PIB de
vários países africanos.
Pode
ser alegado que a fortuna foi adquirida de acordo com as regras vigentes,
pontuando mérito pessoal. O raciocínio parece coerente, mas dá margem a uma indagação
intrigante: se o que deve prevalecer, de verdade, no jogo da vida, é o mérito
pessoal, que valores, no frigir dos ovos, deveriam alcançar, então, as fortunas
deixadas por Tereza de Calcutá? Mahatma Gandhi? Chico Xavier?
A economia é meio e não
fim
A
economia não é um fim em si mesma. Tanto quanto a ciência e a tecnologia é um
meio para se atingir a um fim, sempre social.
A
medida correta das coisas é o ser humano.
Nossa
noção de valores está despojada de sentido humanístico e espiritual.
Isso
conta – e como! – na aventura humana acorde com os ditames das mensagens de
inspiração transcendente que chegam do fundo e do alto dos tempos.
Conquistas capazes de
transformar o mundo
Retomemos
as considerações sobre as conquistas que, apesar de tantas vicissitudes, a Humanidade
amealhou como patrimônio universal potencialmente capaz de operar transformações
substanciais neste maltratado planeta.
As
conquistas espaciais.
Os
avanços da eletrônica.
Os
cliques mágicos espantosos que fazem brotar na imaginação até a ideia da transposição
futura, de um ponto para outro, de qualquer tipo de matéria.
A
redução das distâncias pela velocidade cada vez mais vertiginosa. Dos quase cem
quilômetros horários do galope mais rápido chegamos, pouco mais de um século, passando
pelos recordes dos carros, trens-balas, aeronaves, dos 250 mil quilômetros
horários das viagens cósmicas.
Proponho
uma equação pra queimar a mufa de qualquer vivente. Imaginemos a eventualidade de
num certo momento, utilizar tal tecnologia
na mobilidade urbana. Duzentos e cinquenta mil quilômetros horários!
Alguém,
no auditório, resolve deslocar-se urgentemente até Pedro Leopoldo. Ida e volta
em fração infinitesimal de tempo. Será que a volta se dará num tempo anterior
ao tempo da partida? Hein?
Alguém,
com conhecimentos de física quântica, talvez consiga explicar melhor aquilo que
este modesto repórter, com suas percepções quiméricas da aventura da vida, introduz
nestas despretensiosas reflexões.
O espírito humano só
funciona aberto
O
espírito humano é que nem o paraquedas! Só funciona aberto, sublinham Louis
Pauwells e Jacques Bergie.
O
mundo que conhecemos chega a uma encruzilhada crucial.
Limiar
de uma nova história.
Acumulou,
de um lado, saberes e experiências que podem perfeitamente catapultar-nos a
saltos de qualidade inimagináveis. Estágios evolutivos fenomenais, com a
disseminação de benefícios já definidos ou potencialmente descortinados ao alcance
de todos.
Mas,
de outro lado, acossado pelo radicalismo de variados matizes, pelo egoísmo
despojado de humanismo e de espiritualidade, pelas crueldades inerentes a essa
visão distorcida dos acontecimentos, pelas meias verdades despejadas na mídia, esse
mundo do bom Deus, onde o diabo costuma implantar também armadilhas, pode, de
supetão, desmoronar diante de nossa apavorada contemplação.
Dá para sonhar, sim
De
um lado, dá pra sonhar, sim, com a perspectiva de mais descobertas fabulosas. Por
exemplo, na área das energias sutis.
Dá
pra pensar, sim, no surgimento de novas fontes matriciais de energia, extraídas
da Natureza, do Cosmos.
Energias
que dispensem, aventando outra benfazeja hipótese, cortes cirúrgicos na
assistência medicinal.
Energias
que prolonguem a vida física; que possam até abolir, como profetizou o genial
Nicola Tesla, as gigantescas e onerosas engrenagens modernas de produção da
eletricidade. Isso tudo sem mencionar, também, avanços terapêuticos prováveis em
função da decifração do código genético.
Temores existem
Mas,
de outra parte, dá para temer, outrossim, que um tresloucado qualquer, impulsionado
por paixão incendiária, resolva de repente apertar o botão apocalíptico, desencadeando
hecatombe nuclear capaz de reduzir a escombros tudo que aí está.
Os
estoques bélicos nucleares, espalhados por numerosos países, são suficientes
para estilhaçar várias vezes – como se uma só não bastasse – todo vestígio de
vida. E se um artefato desses caísse nas mãos de um grupo radical terrorista?
Constituem
também motivos de preocupação as situações imprevisíveis, originárias de tensões
levadas a extremos.
E
se aquele míssil de origem desconhecida que abateu na Ucrânia um avião
comercial, dizimando inocentes vidas, tivesse atingido o aparelho que,
instantes antes, singrando a mesma rota, transportava de volta de uma viagem ao
Brasil o presidente russo que aqui veio para o encontro dos BRICS?
E
se o inofensivo drone que burlou a rígida vigilância do serviço secreto
estadunidense, acercando-se da residência do Presidente do país, portasse carga
explosiva?
E
se os ousados e inescrupulosos invasores dos espaços cibernéticos cismassem de
promover o caos nas comunicações eletrônicas, imprescindíveis ao funcionamento
de praticamente tudo na vida contemporânea?
A responsabilidade dos
homens e mulheres de boa vontade
Vozes
místicas embebidas de generosas intenções, acionadas por esse impulso heroico
da alma chamado esperança, chamam a atenção para os riscos de datas-limite. Paradoxalmente,
também, profetas do catastrofismo apostam pesado na corda esticada até o limite
da ruptura.
As
mulheres e homens de boa vontade - esmagadora maioria - carregam na hora atual a
inarredável responsabilidade de segurar firme essa barra. Como agir?
Sugiro
um receituário exequível ancorado no bom senso. Utilizando, constantemente, com
serenidade à mostra, os recursos especiais ao nosso alcance no enfrentamento
dos problemas existenciais.
O
iluminismo espiritual, as práticas humanísticas, o solidarismo social, a
aceitação plena do ecumenismo, a transparência na conduta mundana. Isso aí!
Somos,
os seres pensantes desta pátria terrena, portadores de alma revestida de
indumentária física, pontos luminosos de refulgente irradiação energética.
Vibrações positivas
pessoais contam bastante
Nossas
vibrações positivas pessoais contam bastante no processo de construção de uma consciência
coletiva universal; na formação de um estado de espírito global propositivo, sintonizado
com os sentimentos e emoções inerentes à dignidade da espécie.
O sentido da vida
O
sentido da vida e o seu arcano, proclama o poeta, é a aspiração de ser divino
no supremo prazer de ser humano.
Fazer
prevalecer, nas tarefas do dia-a-dia, os valores humanísticos; trabalhar com
denodo a causa da justiça social; respeitar as diversidades; rechaçar o fanatismo,
os preconceitos e as intolerâncias; defender a liberdade plena de os cidadãos
exporem, na convivência comunitária, suas ideias, crenças, valores, costumes, culturas;
enfrentar, resolutos, dentro dos ordenamentos éticos, democráticos e jurídicos,
toda mazela comportamental que alveje a dignidade da vida: eis aí alinhados alguns
preceitos básicos indissociáveis da trajetória pessoal dos cidadãos empenhados em
contribuir para transformações que o mundo reclama.
Reinventar o mundo
É
nossa, só nossa, a missão de reinventar o mundo, para que ele se torne melhor,
mais justo e mais fraterno.
Fica
claro que, como Leões, não podemos jamais desconhecer que Leonismo faz rima
nobre com Humanismo, com Espiritualismo, com Vanguardismo, com Solidarismo, com
Ecumenismo.
Agentes de transformação
Somos,
homens e mulheres de boa vontade, agentes de transformação.
As
vibrações positivas que emanam de nossos atos, de nossas orações, meditações, propósitos,
dos ideais que alimentamos, compõem poderosa e contagiante teia de energia incandescente
em condições de abrasar mentes e corações em paragens onde a esperança não tenha
ainda se esvaído.
Assim
a empreitada!
Francisco
pede-nos não deixemos de nos indignar diante do mal, da crueldade e também não
nos esquecermos de apelar para o melhor de nossos sentimentos e devoções, de
tal sorte que os bons fluidos deles projetados impactem positivamente as lideranças
encarregadas de tomar decisões em nosso nome, em nome da Humanidade. E que
esses fluidos copiosos cheguem a envolver, até mesmo, os inimigos, de maneira a
neutralizá-los nas arremetidas destrutivas.
É
o caso de botar tento na fala deste Papa providencial, bem como nas falas de tantos
quantos, ao longo da história, disseram coisas parecidas.
Reflexões de um simples
repórter
Vou
parando por aqui.
Apraz-me
imaginar haver passado aos Companheiros material razoável para reflexões sobre as
venturas e desventuras de nosso admirável posto que tumultuado mundo.
Se
a arenga produzida, ao contrário da expectativa, trouxe desaponto, queiram,
fraternalmente, perdoar este desajeitado Companheiro.
Como
alertei no comecinho da fala sou apenas, tão simplesmente, um repórter.
Não
sei senão muito poucas coisas.
Tenho
dito! Palavra de Leão!”