quarta-feira, 22 de março de 2023

Bofetada na cara

 



 Cesar Vanucci

“avanços obtidos em décadas estão evaporando diante de nossos olhos"

( António Guterres, Secretário-Geral da ONU)

 

A ONU não deixa por menos. “No ritmo atual, serão necessários 300 anos para alcançar a igualdade entre homens e mulheres”. Asseverou às vésperas do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.  O prognóstico, comportando  pitada de  exagero, soa ainda assim com o fragor de uma sonora bofetada que deixa impressos indelevelmente as marcas dos dedos na cara ruborizada da sociedade.

 No ver de Guterres, "avanços obtidos em décadas estão evaporando diante de nossos olhos". Lembrou que em alguns países, como no caso do  Afeganistão, mulheres e meninas têm sido "apagadas da vida pública". Afirmou também que os direitos reprodutivos e sexuais da mulher estão "em retrocesso", sem contar os riscos de sequestros e ataques a que se acha  submetida em diferentes partes do mundo.

 Em outro incisivo trecho de suas declarações, o Secretário Geral da ONU argumenta que a desinformação misógina e as mentiras nas redes sociais têm o objetivo de silenciar as mulheres e obrigá-las a sair da vida pública.

 O Dia Internacional da Mulher é comemorado em 8 março, sendo uma das mais importantes datas do calendário global. Evoca as lutas pelos direitos das mulheres por condições igualitárias, em todas as camadas da sociedade. A efeméride foi instituída em 1917, mas só em 1975 adquiriu ressonância universal. No ano em questão foi oficializada pela ONU. Ao contrário de muitas datas comemorativas, essa é uma das poucas  não surgidas por iniciativas do comércio. A ideia de se definir uma data para exaltar o empenho das mulheres em estabelecer paridade de direitos com relação aos homens nas atividades comunitárias tem várias origens. A teoria mais aceita é a de que tudo se originou numa conferência realizada na Dinamarca em 1910. Foi consolidada por fatídico incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company, Nova York, em 1911, onde pereceram  tragicamente muitas operárias.

Com o passar dos anos a luta pela igualdade de direitos ganhou constante  amplitude. O direito a participação da mulher em eleições representou um marco na marcha civilizatória. Em 1932, as brasileiras votaram pela primeira vez. Um ano após as mulheres haverem conquistado o direito de votar,  Carlota Pereira de Queirós foi eleita primeira deputada federal brasileira. No ano seguinte, em 1934, Antonieta de Barros, filha de escrava liberta, foi eleita deputada em Santa Catarina. Tornou-se a primeira parlamentar negra no país.

 Na atualidade, as brasileiras constituem 52% do eleitorado nacional, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral. Mesmo assim, são minoria na política. Apenas 12% das prefeituras brasileiras são comandadas por mulheres. Nos governos dos Estados e Parlamentos a representação feminina revela-se bastante abaixo da masculina.  A desproporção observada na política prevalece também nas designações para cargos públicos, em todas as esferas.  

 Enfileiramos na sequencia algumas conquistas apontadas como significativas por movimentos feministas brasileiros em sua incansável lutam pela igualdade de direitos:

·                   1827 – Meninas são liberadas para frequentarem a escola; 1852: Primeiro jornal feminino; 1879 – Mulheres conquistam o direito de acesso às faculdades; 1910 – O primeiro partido político feminino é criado; 1932 – Mulheres conquistam o direito de voto; 1962 – Criação do Estatuto da Mulher Casada; 1977 – aprovada a Lei do Divórcio; 1979 – Direito à prática do futebol; 1988 - Primeiro encontro nacional de mulheres negras; 2006 – Lei Maria da Penha; 2015 – É sancionada a Lei do Feminicídio; 2018 – A importunação sexual feminina passou a ser considerada crime.

No panorama mundial são por demais impactantes as agressões aos direitos sagrados da mulher. Falaremos disso a diante.

 

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Mulheres riscadas da vida



*Cesar Vanucci

“Nalguns países, meninas e mulheres são riscadas da vida pública” (Antonio Guterres, Secretário Geral da ONU.)

Aciono o videocassete da memória na tentativa de recompor emblemática cena dos anos 50. Naqueles tempos, os primeiros fuscas estavam sendo postos a circular nas ruas e estradas brasileiras, atiçando bastante a curiosidade popular. Mas, a aglomeração à volta do veículo, estacionado diante do palacete na praça central da cidade, derivava de outra circunstância, também singular. Graciosa jovem, envergando traje incomum para o chamado “sexo frágil” – calça comprida, blusa solta, bota unissex -, divertindo-se à pamparra com o alvoroço provocado, assumiu o volante manobrando o carro no sentido de circundar o logradouro, arrastando de um lado para o outro a multidão. Era a primeira vez que muitos estavam vendo naquelas bandas uma mulher motorista. A imagem restou como lembrança de um momento hilário totalmente ultrapassado.

 Dá causa a dilacerante impacto saber que, mais de meio século transcorrido a mulher, em dezenas de países, nos vários continentes, é impedida de repetir o gesto banal da moça dos anos 50, por conta de dogmatismo religioso de repulsiva concepção machista. Apontada como uma blasfêmia herética em hostes fundamentalistas, dirigir carro é apenas uma entre centenas de proibições rígidas, descabidas, instituídas com o fito de subjugação da mulher a ditames morais anacrônicos, anteriores até mesmo ao período de obscurantismo medieval. Isso explica a razão pela qual, ao referir-se ao dramático problema da opressão feminina detectada em diferentes plagas do planeta, o Secretário Geral das Nações Unidas, Antonio Guterres haja enfatizado que em vários lugares as meninas e mulheres, são na verdade, praticamente riscadas da vida pública.

Nesses rincões adversos às mulheres, onde seus direitos são massacrados as pessoas do sexo feminino não podem sair desacompanhadas, não podem frequentar escolas, academias, parques públicos, são impedidas de trabalhar fora, não podem escolher pares e companheiros, só viajam na companhia de país, maridos e irmãos. São forçadas a usar véus e roupagens exóticas que as “protejam” de olhares indiscretos. São submetidas a um regime de clausura, análogo não poucas vezes ao de “escrava’”. Correm riscos de serem chicoteada publicamente pelos “guardiões da moral e costumes”. A regra sobre vestimenta aplica-se também as visitantes, sendo de molde, por conseguinte a criar transtornos a alguma incauta turista.

 O que acontece na Arábia Saudita, Irã, Paquistão, Afeganistão representa amostra do tratamento mais abjeto em um punhado de países de orientação religiosa ortodoxa dispensada às mulheres. Ainda agora nas ruas de Teerã e  outras cidades no país comandado de forma despótica pelos aiatolás registram choques entre policiais e manifestantes devido ao inconformismo de parcela da comunidade iraniana contra o excesso de arbitrariedades praticadas envolvendo as mulheres. Por causa do “uso incorreto” do véu, Mahsa Amini, 22 anos foi detida e morta pela polícia de costumes em setembro do ano passado. O caso foi estopim dos movimentos de protestos que se espalharam pelo país e provocaram repressão violenta, com prisões, feridos, mortos e intensa comoção internacional.

 A palpitante questão dos direitos femininos pode ser avaliada por múltiplos aspectos. Forçoso reconhecer que são inúmeras as conquistas a serem celebradas. De outra parte, não são poucas as situações clamorosas a serem removidas. Numerosos são também os pontos relevantes a considerar em matéria de alterações viáveis quanto a normas e regras estatuídas por instituições tradicionais. A abertura de um debate em torno da ordenação Sacerdotal feminina, por exemplo, estimularia em muito o processo do emparelhamento tão almejado dos direitos da mulher e do homem.

 

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)


Mas que legado, hein?!

 

Cesar Vanucci

 

"Recebemos este governo numa situação de penúria” (Presidente Lula)

 

 Com o passamento do Coronel Lupércio Rozendo, o filho primogênito, Tonhão, ficou incumbido de conduzir o inventário. Abastado homem de negócios o coronel era dono de propriedades rurais com extensas plantações, planteis de gado leiteiro e gado de corte, aviário, casas de aluguel, lojas comerciais, veículos de alto valor, máquinas agrícolas, usina de pasteurização, alambique, fábrica de queijos e doces, além de possuir participação acionária em agencias de carros e outros rendosos negócios.

 Meio desajeitado, com cara de quem comeu e não gostou, Tonhão reuniu a patota dos herdeiros, para explicar o que havia feito no cumprimento de sua missão um mês depois de transcorrida a cerimônia fúnebre de despedida do chefe do clã familiar. Desembuchou logo as informações por todos esperadas. – “o pai, como vocês estão careca de saber, era muito desconfiado, concentrava as coisas, não dividia com ninguém os dados sobre as posses. Era, também, um cara danado de desorganizado. Vasculhei o escritório, topando com uma bagunça dos diabos, tudo fora do lugar. Os registros dos negócios uma esculhambação. Vai demorar um tempão mode que colocar tudo no devido jeito.”

 O papo do Tonhão com os irmãos vem à memória no momento em que tomamos ciência dos relatórios do Vice-Presidente, Geraldo Alckmin e colaboradores acerca de como foram encontrados os negócios públicos do país pela equipe de transição. Fica muito claro, pelas explicações vindas a furo, que vai demorar um tempão mode que colocar tudo no devido jeito!

 A situação detectada pelos técnicos na avaliação do legado governamental passado aos novos dirigentes da Nação não é apenas tão grave como se imaginava. É muito mais grave do que jamais se conseguiria imaginar. A fileira dos desacertos encontrados é de extensão descomunal. Vai aqui ligeira amostra: 14 mil obras inacabadas em diferentes áreas da governança, 4 mil delas só na educação. Rede rodoviária aos pandarecos. Políticas Sociais destroçadas. Os números e dados aterrorizantes da Pandemia da Covid-19 são amostra impactante do que andou rolando no período em matéria de saúde pública. Sistema vacinal desmantelado.  A estagnação econômica prolongada elevou a índices alarmantes o desemprego e o subemprego. A desigualdade social avolumou-se, a pobreza ao rés do chãoalastrou-se. A legião dos brasileiros em “situação de rua” cresceu assustadoramente. O teto de gastos foi insensatamente violado, várias vezes por conta de estratégias eleitoreiras.

Os desatinos políticos de teor antidemocrático, os clamorosos equívocos na política ambientalista, incluindo o espezinhamento de direitos dos Povos Originários, o negativismo científico permeando todas as engrenagens do relacionamento comunitário representaram outras notas dissonantes de um período marcado por demagogia obscurantista. Na lembrança popular praticamente não restou qualquer registro de um grande projeto executado ao longo do período governamental que passou.

O Brasil perdeu o papel de destaque como protagonista nos fóruns internacionais em consequência dos posicionamentos isolacionistas, quando não hostis, assumidos no concerto das nações.

E o que não dizer dos estarrecedores acontecimentos de caráter antidemocrático, levados avante após a posse dos eleitos por grupos golpistas que invadiram as Sedes dos 3 Poderes e estabeleceram a anarquia e o desassossego na Capital da Republica?   

O desabafo do Presidente empossado, Luiz Inácio Lula da Silva faz todo sentido: "Recebemos este governo numa situação de penúria, em que as coisas mais simples não foram feitas. De forma irresponsável, o presidente preferiu contar mentiras no 'cercadinho' do que governar esse país".

 

Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)

segunda-feira, 13 de março de 2023

Mal sem remédio


                    *Cesar Vanucci

 Confiar e acreditar em Deus é remédio” (Alexandre Barão Acuña)

 

Atendendo a recomendação médica, permaneci distanciado das canchas cerca de um mês. De volta ao batente, renovo a disposição de compartilhar com o distinto leitorado considerações, opiniões, informações, prosaicas quimeras que possam expressar, interpretações singelas da trepidante aventura da vida.

Vamos abordar, em seguida, tema que frequenta insistentemente as preocupações da gente do povo: o preço dos remédios. Algo que, sob certos aspectos representa, na vida de muitos, por paradoxal que seja, um mal sem remédio.  

As políticas de preços adotadas pelas grandes corporações farmacêuticas costumam dificultar o acesso de multidões a formulas medicamentosas lançadas com o declarado propósito de minorar os padecimentos de pessoas enfermas. A lucratividade exagerada lobrigada nas operações do setor se sobrepõe de longe ao sagrado interesse social. O valor de alguns produtos essenciais, imprescindíveis no processo de cura, se eleva em não poucas ocasiões, a patamares inacessíveis mesmo a consumidores dotados de razoável poder aquisitivo.

Em situações extremas, como sabido, o Poder Público é acionando pela Justiça de modo a custear as despesas de tratamento, resguardando assim, a margem da lucratividade arbitrada pelos “donos dos remédios.” De quando em vez, face a uma ou outra emergência, as autoridades competentes se valem do dispositivo legal da quebra de patente em tentativa de refrear o ímpeto altista dos laboratórios. Isso acontece de raro em raro. Não correspondem por inteiro às respeitáveis exigências sociais.

O relacionamento dos consumidores com o setor industrial responsável pela fabricação de remédios, com a regulação indispensável de organismos governamentais, carece de reformulação visceral. O valor que avulta entre todos  os demais, no processo em questão, deve ser o bem estar humano. O que importa mais em tudo isso é a saúde do ser humano. Todos os aspectos restantes têm que ficar, forçosamente, subordinados a instancia maior que é a vida.

É obvio que a pesquisa, a criatividade, o engenho, a inventiva das pessoas e instituições empenhadas na descoberta de formula medicamentosa eficaz, fazem por merecer compensações justas pelos seus feitos auferidos na lida meticulosa das experiências processadas em laboratórios. A sociedade terá que encontrar, mais cedo ou mais tarde, consideradas todas as conveniências em jogo, uma solução harmoniosa que contemple as expectativas do publico consumidor e a valorização do mérito científico identificado nas descobertas e manuseio de remédios de maneira a facilitar a liberação para uso universal, amplo, geral e irrestrito do produto detentor de comprovado poder curativo.

No afã de colaborar com o consumidor, o governo brasileiro instituiu a “farmácia popular”. Esvaziada na gestão passada, como ocorreu com tantas outras iniciativas oficiais de cunho social, a proposta é tímida diante das necessidades reais. De qualquer maneira, a questão tem dimensão mais abrangente. Sua escala é universal. Há que ser resolvida em fóruns internacionais.

E já que estamos falando em remédio, não resisto à tentação de passar a diante um receituário de remédios baratos elaborado pelo médico  integrativo, Alexandre Barão Acuña: “exercício físico é remédio, jejum é remédio. Rir é remédio. Verduras e frutas são remédios. Sol é remédio. Amar  e ser amado é remédio. Gratidão é remédio. Deixar de lado a ofensa é remédio, meditação é remédio. Pensar positivo e manter o estado de espírito bom é remédio. Confiar e acreditar em Deus é remédio. Bons amigos é remédio. Ser perdoado e perdoar também são ótimos remédios. Utilizando todos esses remédios com certa frequência na sua vida eu tenho certeza que você vai precisar muito menos dos remédios de farmácia.”  

 

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br

sábado, 4 de fevereiro de 2023

A pandemia das “fakes”



                                                                                                     *Cesar Vanucci

 



‘Nós ainda não descobrimos o milagre’”

 (Rosa Weber, Presidente do STF sobre como combater fake news)

 

 Nada detém a impetuosa enxurrada das “fake news”. Elas percorrem as tortuosas e encardidas ruelas da intolerância, perversidade e ódio. Desafiam despudoradamente nossos foros de cidadania e de civilidade. O tom de todas as manifestações é, invariavelmente, demencial.

 Prodigioso instrumento de comunicação, a internet foi concebida com o nobre propósito de união, confraternização e difusão do conhecimento. Deploravelmente, por obra de indivíduos e grupos que andam em permanente confronto com os preceitos da Vida e os valores humanísticos e espirituais que a regem, tem sido desvirtuada em não poucas oportunidades de seus saudáveis objetivos, tornando-se, aí então, fator de desagregação, alienação e propagação de malefícios sem conta.

 Já açoitada por inúmeras calamidades ainda sem solução, como as indecorosas desigualdades sociais, a miséria ao rés do chão que atinge contingente elevadíssimo da população mundial, a fome, as doenças incuráveis, as pandemias, os regimes políticos de opressão, a Humanidade se vê às voltas, de tempos a esta parte, com a tremenda dor de cabeça provocada nas relações comunitárias pelas malfadadas “fake news”. Disseminando falsidades, avançando com velocidade de grama tiririca nos terrenos em que são semeadas as “fakes” produzem estragos irreparáveis na convivência social. Contagiosas ao extremo adoecem pessoas em todas as classes, faixas etárias e graus de conhecimento. No planeta inteiro boas cabeças pensantes se debruçam no estudo de formulas eficazes para se combater o mal. A grande preocupação dominante na exaustiva tarefa de apontar uma equação precisa com relação ao problema reside na constatação de ser, às vezes, muito tênue a linha de separação entre a sagrada liberdade de opinião e a difusão de notícias de teor maldoso. Na Democracia, a censura prévia de textos reveste-se de conotações indesejáveis. Nasce aí uma interrogação perturbadora: como agir com prudência, serenidade, sem violentar o direito de expressão, essencial na vivencia democrática, na indispensável interceptação de maldades postas a circular nos sites instituídos com o fito exclusivo de agredir reputações, violentar princípios éticos, distorcer fatos reais, manipular as mentes de pessoas incautas e desprovidas de senso crítico e capacidade de discernimento?

Seja como for, por mais complexa que pareça a empreitada, a sociedade humana tem necessidade de encontrar com urgência uma maneira de lidar com toda firmeza com a criminalidade digital, desafogando as redes sociais das excrescências de odores fétidos abundantes, a serviço de interesses escusos que atentam contra a dignidade humana.

A propósito, no final da semana, uma “fake news” danada de grotesca e bizarra ganhou destaque em sites comprometidos com o processo de confusão política, valendo-se da tragédia do povo yanomami que tanta comoção despertou. A inacreditável “revelação” trazida ao conhecimento público dava conta de que as imagens chocantes mostradas na televisão e internet eram de “yanomamis venezuelanos” não de yanomamis brasileiros. Da procês??

 

·        Mundo velho de guerra – tanta coisa acontecendo nos Arrais políticos brasileiros, que a gente até se esquece de registrar informações acerca de acontecimentos que falam da incontrolável sana bélica do ser humano. Na Síria e na região habitada desarmoniosamente por Judeus e Palestinos prosseguem escaramuças sem solução á vista. A invasão da Ucrânia vai pelo mesmo caminho. Nada de negociação para o ‘cessar fogo. ’ Os EUA e a OTAM acabam de anunciar a entrega de tanques de ultima geração à resistência ucraniana daqui a 8 meses...

                       

                      Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

200 pistas de pouso!!!


     
                                                                                                                       *Cesar Vanucci

 

  "Vamos atuar o mais rápido possível na assistência ao povo Yanomami 

e no combate ao garimpo ilegal" (Presidente Lula)

 

Para se ter  vaga ideia da complexidade que envolve o combate, indispensável e urgente, às atividades criminosas do garimpo e trafico de drogas no território amazônico, onde se acha localizada a área reservada  aos yanomamis, aqui vão alguns dados impressionantes. Os invasores das terras indígenas, um contingente armado, estimado entre 20 e 30 mil pessoas, construíram uma estrada de 150 km e 200 pistas de pouso para aviões e helicópteros no meio da selva. Estalaram equipamentos de altíssimo custo para a dragagem das águas. Em ações esporádicas, a Polícia Federal, a FUNAI e outros órgãos oficiais conseguiram apreender entre aviões e helicópteros utilizados nas ilícitas operações, mais de 100 aeronaves. Os grupos criminosos responsáveis pelo contrabando de ouro e outras riquezas atuam mancomunados com elementos da “banda podre” da política.  

Ainda recentemente a Assembleia Legislativa de Roraima – vejam só o tamanho do absurdo! – aprovou projeto com o objetivo de impedir  sejam destruídos, como manda a lei, artefatos empregados na dragagem ilícita das águas. O projeto em questão foi vetado pelo governador do estado. Todas essas estarrecedoras informações indicam certeiramente que o Estado Brasileiro está, até aqui, ausente do imenso pedaço de chão ocupado por essas ações de usurpação de direitos dos índios e lesivas aos interesses nacionais.

 A operação que o Governo pretende desencadear com vistas a desarticular todas as engrenagens criminosas detectadas vai requerer mobilização de recursos consideráveis. Em recente reunião com os ministros da Casa Civil, Justiça, Defesa, Povos Originários, Direitos Humanos, Minas e Energia, Relações Institucionais; o comandante da Aeronáutica, Presidente da Funai e com o secretário-executivo do Ministério da Saúde,  o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a elaboração de um plano emergencial para o enfrentamento do garimpo ilegal e outras atividades criminosas, impedindo o transporte aéreo e fluvial que abastece os núcleos dos “foras da lei”. A determinação superior é também no sentido de obstaculizar o acesso de pessoas não autorizadas pelo Poder Público à região buscando não apenas impedir atividades ilegais, mas também a disseminação de doenças.

No tocante ao drama dos Yanomamis a decisão prevê assistência nutricional e sanitária, com garantia de segurança para que os prestadores dos serviços de saúde possam realizar o trabalho nas aldeias. O trabalho abrangerá a criação de condições de acesso a água potável por meio de poços artesianos ou cisternas.

A opinião publica espera também do governo que foque atenções nas iniciativas que são tomadas na região amazônica por ONGs, várias estrangeiras, que em numero significativo, ali operam, de modo a identificar algum provável desvio de finalidade.

 

2) Parlamentares - Existem suspeitas de que alguns poucos parlamentares se envolveram na trama golpista de 08 de janeiro na Capital da Republica. Vamos supor que nas apurações em andamento, esse fato se confirme.  Ou seja, provas apareçam quanto a desonrosa participação de Deputados e Senadores nos acontecimentos que conspurcaram as instituições representativas do Estado Democrático. Nessa hipótese, o Legislativo não poderá fugir ao dever de aplicar as sanções cabíveis aos que, supostamente,  numa  atitude pode se dizer autofágica, adotaram o abjeto procedimento.

 3)Brocardo - Um brocardo famoso, de origem hispânica muito em voga na política, diz o seguinte: “Há governo? Pois, sou contra!” Com olho grudado nas articulações de bastidores na atualidade política, as más línguas andam propalando que por aqui, vem prevalecendo um refrão ligeiramente diferente:” Há governo? Pois, sou a favor!” isso aí... 

 

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Yanomami , armas, legalidade



                                 *Cesar Vanucci

                                                                              

“Militar ou civil, não está acima da lei”. 

(General Tomás Miguel Ribeiro Paiva, Comandante do Exercito)

 

1)Nossos compatriotas, os índios  -  As narrativas trazidas a lume a respeito da tragédia dos Yanomami causaram comoção nacional e internacional. São mais que justificáveis as ações ordenadas pelo governo no sentido de sanar os males detectados bem como apurar as responsabilidades diretas e indiretas pela calamitosa situação, que configura, sem sombra de dúvida, atentado grave aos direitos fundamentais. A garimpagem ilegal de ouro e cassiterita permitiu que calculadamente 30 mil garimpeiros invadissem a área demarcada para os yanomami. Os invasores levaram doenças, poluíram os rios, agiram com violência contra os nativos. Entre as crueldades perpetradas figuram crimes de estupro, raptos de crianças e mulheres e assassinatos. Os complexos montados para o processamento das atividades extrativas ilegais envenenaram as águas e afetaram o meio ambiente. O ouro proveniente dessas clandestinas operações corresponde, atualmente, a 50 por cento do volume comercializado no país, atingindo cifra astronômica, à margem da tributação. Sabe-se, por outro lado,  com plena certeza que vários agentes públicos da FUNAI e de outros órgãos foram exonerados de suas funções, no governo Bolsonaro, por denunciarem ou por promoverem ações de combate às ilegalidades praticadas pelos garimpeiros. A desarticulação dos perversos esquemas vai exigir uma conjugação poderosa de forças de diferentes setores governamentais. Essa escabrosa historia mostra exuberantemente a oportunidade da implantação do Ministério dos Povos Originários. Os “povos da selva”, como são chamados, vivendo na maioria em condições precárias, representam pujante capitulo da cultura brasileira. As etnias que compõe o universo indígena – pouca gente sabe disso - expressam-se em 169 diferentes idiomas.

 

2)Pátria armada - Pouco antes de sair, sorrateiramente, pela porta dos fundos da cena política, Jair Bolsonaro afirmou em postagem pela internet, que o porte de armas é a única forma de garantir a paz.  A estapafúrdia declaração norteou, na verdade, a nefasta política de concessão de armas a caçadores, atiradores e colecionadores posta em prática durante os quatro anos de seu mandato presidencial. Os números das aquisições de pistolas, rifles e outros artefatos do gênero são escandalosos. O licenciamento do porte de armas no período foi de quase 600 por cento a mais em relação aos anos anteriores. O arsenal encontrado em poder do ex- deputado Roberto Jefferson representou amostra eloquente dos riscos provocados pela desvairada decisão de liberar armas a torto e a direito. A sociedade está vendo com bons olhos os atos assinados pelo novo Governo no sentido de revogar os decretos de flexibilização do passado.

 

3)Lembrando Lotte - A fala legalista do General Tomás Miguel Ribeiro Paiva, Comandante do Exercito, foi recebida com extrema simpatia pela opinião pública. O pronunciamento que fez, ainda, como comandante militar do Sudeste, anteriormente à sua designação ao posto máximo da Força terrestre trouxe à lembrança de muita gente a figura altiva e austera de um outro militar, o Marechal Lotte. O vigoroso apego à Constituição e aos preceitos democráticos assegurou ao antigo Ministro da Guerra lugar de realce na História. Ele desmantelou as manobras golpistas ensaiadas pelos adversários Udenistas de JK, que fizeram de tudo para impedir a posse do maior Presidente da República que este país já elegeu.  O General Tomás deixou bem explicitada a missão das Forças armadas no contexto constitucional, de respeito às instituições e a vontade soberana das urnas. Acentuou que o poder Militar está a serviço do Estado, não de eventuais ocupantes do governo.

 

Jornalista cantonius1@yahoo.com.br

sábado, 28 de janeiro de 2023

Testemunho implacável (I)


*Cesar Vanucci *

 

“As Testemunhas de Jeová deixaram com a

posição assumida, no campo de concentração nazista,

um testemunho de heroísmo e estoicismo invulgares”.

(Antônio Luiz da Costa, educador)

 

Marcus Vinícius Leite, porta-voz Regional do movimento religioso “Testemunhas Jeová” encaminha-me mensagem lembrando que 27 de janeiro é o Dia Internacional da Memória do Holocausto. Milhares de pessoas no mundo todo prestaram, na data citada, homenagens à memória das vítimas do terror nazista.

 

 É pouco conhecido e divulgado o fato de as Testemunhas de Jeová terem sido o único grupo religioso perseguido apenas por sua crença pelo III Reich. O regime Hitlerista taxou-os como “inimigos do estado”, por sua recusa pública em aceitar as ideias esposadas pelos adeptos da sinistra suástica.

 

Tempos atrás, neste mesmo acolhedor espaço, foram estampados dois artigos de minha autoria alusivos ao assunto. Tomo a liberdade de reproduzi-los nas edições de hoje e da próxima terça-feira.

 

Retiro dos arquivos pessoais a narrativa de um acontecimento fantástico, ocorrido nos tenebrosos tempos nazistas, num dos campos de concentração espalhados pelo continente europeu. Vou aqui recontá-la, dividindo o relato em dois momentos.

 

Muitas coisas relevantes, intrigantes, registradas em livros e outras publicações acabam ficando perdidas no torvelinho das informações liberadas para o conhecimento humano. Assim tem sido desde sempre. Mas, nesta era moderna de comunicação eletrônica massiva e sofisticada, responsável pela expansão contínua, numa velocidade estonteante, do volume de dados ofertados à consulta do distinto público, a incidência de fatos e flagrantes de vida expressivos, encobertos pelas névoas do desconhecimento ou do esquecimento, assume dimensões incalculáveis. Um mundão de revelações valiosas fica à deriva do conhecimento geral. Permanece oculto das atenções numa página qualquer de um livro empoeirado numa estante silenciosa.

 

Em “O homem invisível”, H.G.Wells, um baita contemporâneo do futuro, registra que “nesses livros poeirentos (...) existem maravilhas e milagres”. Jacques Bergier e Louis Pauwels, autores do fabuloso “O despertar dos mágicos”, e outras esplêndidas obras, dão razão a Wells quando admitem, prazerosamente, que os livros científicos, as revistas científicas, entre outras publicações, estão realmente repletos de maravilhas. Basta que nos fixemos no trabalho de procurá-las. Ando fazendo isso com alguma frequência. O propósito é compartilhar, de vez em quando, com os benevolentes leitores algumas coisas interessantes não devidamente divulgadas, ou insuficientemente conhecidas, quando não completamente ignoradas.

 

Aqui temos, como fruto desta bem intencionada empreitada, um relato incrível, fantástico, extraordinário a respeito da atitude de singular desassombro assumida, em circunstâncias terrivelmente amedrontadoras, diríamos mais, aterrorizantes, por um punhado de intrépidos adeptos de um respeitável movimento religioso, “Testemunhas de Jeová”. A história é contada, em seus impactantes detalhes, pelo já citado Jacques Bergier.

 

O autor foi testemunha ocular dos fatos, acontecidos na primavera de 1944 no campo de concentração de Mauthausen. O pensador francês encontrava-se encarcerado naquele antro de horror devido à sua condição de judeu. Uma das milhões de vítimas das atrozes perseguições promovidas pelos milicianos das “camisas-pardas”. Os guardiães do sinistro lugar receberam, de certa feita, não escondendo sua estupefação, uma leva de prisioneiros fora do comum. Eles reivindicavam (e foram atendidos pelas autoridades alemãs) acolhimento, como “reclusos voluntários”, com todas as “regalias” inerentes à terrível condição, num campo de extermínio dos muitos criados na época pela paranoia hitlerista.

 

Os desdobramentos dessa história são espantosos, comoventes, inacreditáveis. Ficam para artigo que virá na sequência.

 

Jornalista, Membro da Academia Municipalista de Letras de MG, da Academia do Triângulo Mineiro, Instituto Histórico e Geográfico e Academia Mineira de Leonismo,

(Cantonius1@yahoo.com.br)

Testemunho implacável (II)

 


 

Cesar Vanucci *

 

“Houve um engano. Mandarei soltá-los imediatamente”.

(Ziereis, impiedoso chefe de campo de

concentração, para os prisioneiros “voluntários”)

 

 Retomemos a narrativa iniciada no artigo anterior. Como informado, com base em depoimento do escritor Jacques Bergier, coautor de “O despertar dos mágicos”, os carcereiros do sinistro campo de concentração nazista “Mauthausen”, comandado por um “camisa parda" chamado Ziereis, tomaram-se de espanto quando, na primavera de 1944, pouco antes do término da Segunda Guerra Mundial, receberam inesperadamente uma leva numerosa de ”prisioneiros  voluntários”, todos eles integrantes da respeitada corrente religiosa “Testemunhas de Jeová”.

 

Jacques Bergier toma a palavra: “Como todo mundo na Alemanha – ao contrário do que se afirmou depois – sabia o que se passava nos campos de concentração, esta atitude (dos adeptos da referida corrente religiosa) era, no mínimo, surpreendente. Por isto, Ziereis, o “fuhrer” do nosso campo, tratou de interrogá-los logo. Ficamos sabendo bem depressa o que se passava. Os recém-chegados declararam: - Somos “Testemunhas de Jeová”. Disseram-nos que aqui são cometidos crimes. Queremos ser testemunhas diretas disto e, no dia do Juízo, colocados à direita de Deus, lhe prestaremos, pessoalmente, conta do que vimos.”

 

Bergier acentua, nesta parte da narrativa, que o empedernido chefe nazista, homem que parecia não ter medo de nada, estremeceu diante do depoimento ouvido. Disse às “Testemunhas de Jeová” enfileiradas diante dele: - Houve um engano. “Mandarei soltá-los imediatamente”.

 

O que sobreveio na sequência só fez aumentar a estupefação dominante. Fitando o temido carcereiro, os “prisioneiros voluntários” puseram-se a gritar em coro palavras ofensivas a Hitler e ao nazismo. Entre outras: “Morte a Hitler!” “Que morra este porco!”

 

Bergier completa o relato do incrível episódio: “Não houve escolha, tiveram que ficar no campo. Morreram todos no crematório. Contudo, não gostaria de estar no lugar de Ziereis – que abati pessoalmente no dia da Liberação – quando tiver que prestar esclarecimentos diante do Todo-Poderoso.”

 

A história que fala desse posicionamento destemido de membros das “Testemunhas de Jeová”, frente às atrocidades cometidas nos campos de concentração, acha-se inserida num dos capítulos do livro “Passaporte para uma outra Terra”. O capítulo tem por subtítulo “Os Imortais”. Os comentários expendidos pelo autor contemplam a hipótese da imortalidade física. A inserção das “Testemunhas de Jeová” no contexto decorre de uma crença alimentada por membros do movimento religioso, segundo a qual alguns seres imortais, com missão espiritual importante, já estariam habitando este nosso planeta.

 

Não resisto, à tentação de inserir aqui outro trecho do texto de Jacques Bergier alusivo ao instigante tema da imortalidade. Diz ele: “Faço questão de deixar bem claro que não quero zombar das Testemunhas de Jeová. Ora, elas afirmam que já vivem entre nós 144.000 Imortais. Esta tradição de Imortais entre nós é muito antiga. Já na China se falava da Ilha dos Imortais onde se podia encontrar alguns sábios do passado. Em todas as civilizações, a tradição de uma pequena minoria de Imortais vivendo entre nós é fundamental. A lenda mais famosa neste domínio é, evidentemente, a do Judeu Errante.”

 

Acrescento hoje ao texto lançado anos atrás a informação de que as “Testemunhas de Jeová” recusavam-se, nos tempos do nazismo a fazer a saudação imposta pelo governo (Heil Hitler), a participar de atos racistas e a se alistarem nas Forças Armadas do exército alemão. Das “Testemunhas” era exigido que renegassem sua fé. Elas eram ameaçadas com severas punições caso se negassem a assinar documento denominado como “Erklärung”. O documento em questão livrava-as da execução. A quase totalidade dos membros da comunidade perseguida não renunciou às suas convicções pagando com a vida a atitude heroica assumida.

 

Pensamentos de Bento XVI

 


                                                                                               * Cesar Vanucci

 

“A oração é a vereda silenciosa que nos conduz

diretamente ao coração de Deus” (Papa Bento XVI).

 

No ultimo dia do ano de 2022 ocorreu o falecimento, em Roma, de Bento XVI. Vasta erudição e avultado conhecimento teológico asseguram ao Papa Emérito da Igreja Católica um lugar na galeria dos grandes pensadores contemporâneos. Apontado por muitos como alguém de rígida formação conservadora e por outros como um homem de ideias arejadas, numa linha conceitual progressista, ele abdicou em 2013 das funções Pontifícias para as quais foi eleito aos 78 anos em 2005, alegando ausência de condições físicas para conduzir adequadamente os destinos da maior organização religiosa do mundo. Tem-se como certo que Bento XVI usou de forma decisiva seu poder de influencia junto ao Colégio Cardinalício para a escolha do sucessor, o carismático Francisco, reconhecidamente um religioso com ideias inovadoras e vanguardeiras, como, aliás, vem demonstrando ao longo de sua atuação.

Reunimos na sequência algumas frases proferidas, em circunstâncias variadas por Bento XVI. Estes ditos traçam de forma significativa o seu comprometimento com as lições da Doutrina Cristã escorada no amor, na concórdia e na solidariedade.

 

 “Não há amor sem sofrimento - sem o sofrimento da renúncia a si mesmo, da transformação e purificação do eu para a verdadeira liberdade. Onde não houver algo pelo qual valha a pena sofrer, também a própria vida perde o seu valor.” // “Quem descobriu Cristo deve levar os outros para ele. Uma grande alegria não se pode guardar para si mesmo. É necessário transmiti-la” // “Amor e verdade são fontes de vida, são a vida. E uma vida sem amor não é vida” // “Não se bebe mais diretamente da fonte, mas sim do recipiente em que a água nos é oferecida. Os homens reconstruíram o mundo por si mesmos” // “Não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor, que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que sofreu com infinito amor.”// “A oração é a vereda silenciosa que nos conduz diretamente ao coração de Deus; é o respiro da alma que nos doa novamente paz nas tempestades da vida!.”//“Quem deixa entrar Cristo na sua vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande.” //“O Logos [o Verbo de Deus] não é somente uma razão matemática. O Logos tem um Coração, o Logos é também Amor. A Verdade é bela e a Verdade e a Beleza caminham lado a lado: a Beleza é o selo da Verdade. ”// “Se pensarmos e vivermos inseridos na comunhão com Cristo, os nossos olhos se abrem, não nos conformaremos mais em viver preocupados somente conosco mesmo, mas veremos como e onde somos necessários” // “O amor supera a justiça, justiça é dar ao outro o que é dele, Amor é dar ao outro o que é meu.” // “Se todo o amor aspira à eternidade, o amor de Deus não só aspira a ela, como cria e é a eternidade.”

 

O drama dos Yanomâmis – o drama dos Yanomâmis mostrado em aspectos chocantes em imagens televisivas e nas redes sociais é um indicativo a mais da política desastrada do governo passado no tocante às populações indígenas. O compromisso do novo governo em alterar os esquemas de assistência aos Povos Originários para que tragédias dessa natureza não mais se repitam terá que ser cumprido à risca. É o que exige a Nação, apoderada de indignação diante da tragédia noticiada. A negligência oficial quanto ao assunto ainda mais se acentua quando se tem ciência de que já em julho de 2022 a Corte Internacional de Direitos Humanos cobrou resposta do Brasil providências para proteger a vida, a integridade pessoal e a saúde dos membros dos povos indígenas. Entre as medidas que o país precisaria tomar, a corte apontou a necessidade de "proteger efetivamente a vida, a integridade pessoal, a saúde e o acesso à alimentação e água potável" desses povos.

 

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

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