domingo, 24 de setembro de 2023

O Brasil, segundo Domenico de Masi

   


 “O Brasil permanece o Brasil.”

(Domenico de Masi, sociólogo)

 



Domenico de Masi, sociólogo italiano de renome universal, falecido no ultimo dia 9 de setembro, aos 85 anos, nutria encantamento pelo Brasil. Deixou isso documentado em livros e depoimentos numerosos. Numa declaração de anos atrás, Masi explica a tese relativa ao Brasil sustentada em seu livro “O futuro chegou – modelos de vida para uma sociedade desorientada”.

 

E do que mesmo nos fala o pensador? Em meticulosa análise de 800 páginas alude aos sistemas de convivência que mais marcaram a história civilizatória, Domenico focaliza 15 modelos socioeconômicos e religiosos testados pela humanidade. Batiza-os com títulos que enfatizam traços peculiares da essência de cada um.

 

Estes os modelos apontados: 1. Indiano – Humanismo espiritual; 2.  Chinês – Grandeza composta; 3. Japonês – refinamento do guerreiro; 4. Clássico – Equilíbrio e beleza; 5.  Hebraico – O povo de Deus; 6.Católico – A felicidade não é desta terra; 7. Muçulmano – Fé e conquista; 8. Protestante – Graça e rigor; 9. Iluminista – Razão e progresso; 10. Liberal – Mão invisível e sem preconceito; 11. Industrial capitalista – Produzir para consumir; 12.  Industrial socialista – Reformismo, cooperação, felicidade: 13. Industrial comunista – Revolução, coletivismo, terror; 14. Pós-industrial – Sociedade programada e virtual; 15.  Brasileiro – O futuro chegou.

 

O estudo discorre sobre virtudes e equívocos dos modelos globais já experimentados, desembocando na conclusão de que o progresso civilizatório só pode ser medido pela qualidade de vida das pessoas.  E que isso só é mesmo alcançado na plenitude com práticas de relacionamento humano ancoradas no ócio criativo, na meditação, no lazer, na contemplação da beleza, na amizade, na solidariedade e na convivência fraternal. O Brasil, por força de estupendas virtudes encaixa-se num modelo ideal que a humanidade carece adotar visando a própria sobrevivência. Melhor dizendo, projeta esplendidamente esse modelo nas coisas que faz.

 

“Não obstante o traço colonizador da Europa e Estados Unidos, o Brasil permanece o Brasil e os aspectos originais e melhores da brasilidade continuam a prevalecer sobre os importados e negativos”, assevera o pensador. Admite que tais conceitos constituem a suma de estudos aprofundados  da realidade. Masi ressalta que o juízo de valores assimilado derivou da contribuição haurida em obras de intelectuais brasileiros, reconhecidos como pensadores de vanguarda. São citados, entre outros, Gilberto Freire, Euclides da Cunha, Sérgio Buarque, Cristovam Buarque, Caio Prado, Fernando Henrique Cardoso. Darcy Ribeiro é alvo de louvação especial. “Inteligência fulgurante, ajudou-me a conhecer as entranhas do processo civilizatório brasileiro a partir do caldeamento racial”. Masi reporta-se ainda a Stefan Zweig autor da frase “O país do futuro”. A expressão, anota Masi, foi também abundantemente utilizada nos escritos de Jorge Amado.

 

Domenico de Masi aposta, esperançoso, no modelo brasileiro como saída futura para os desafios de uma sociedade desorientada. Considera, no complexo estudo, que os lances culturais dominantes na vida brasileira situam-nos, entre todos os países do mundo, como o mais preparado para definir novas formas de relacionamento diante dos conflitos pós-industriais. Enaltece a circunstância de que o Brasil “nos cinco séculos de sua história europeizada, exilou seus dois imperadores, substituiu a monarquia pela República, levou ao poder ditadores e os destituiu, sempre recorrendo a grandes movimentos de rua, sem degenerar em guerra civil”. Os argumentos utilizados para fundamentar seu empolgamento com o Brasil contêm poder contaminador mais que suficiente para induzir-nos, todos nós, a promover sinceros esforços no sentido de redescobrir as potencialidades e virtualidades inseridas no DNA da Nação.

 

 

*   Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Concepção poética da vida



 

“Ninguém teria bombardeado as Torres Gêmeas se elas estivessem localizadas no Brasil.”  (Domenico de Masi)

 

Voltamos a falar de Domenico de Masi, sociólogo italiano, recentemente falecido, e de sua radiosa visão da historia brasileira.

Lançar no papel resumo da tese de Domenico em “O futuro chegou”, na qual o Brasil é apontado como o lugar onde pontificam valores capazes de assegurarem à sociedade o modelo universal, ecumênico e mestiço ideal para que a espécie humana sobreviva, afigura-se tarefa impossível.

 

O que dá pra ser feito é registrar, singelamente, como ligeira amostra do colossal conjunto de argumentos alinhados, algumas sugestivas frases, colhidas ao acaso, indicativas dos pontos essenciais abordados no estudo. São ditos reveladores, todos eles, de que o Brasil, a partir de certo momento, aprendeu “a observar a si próprio produzindo ótimas análises de antropologia e sociologia, de economia e de política”.

 

Reconhecendo, como cita Gilberto Freyre, que nosso país vive o sincretismo dos opostos, o matrimônio daquilo que é inconciliável à primeira vista, Masi anota que “a mistura de fatores tão diversos, que em outros contextos resultaria destrutiva”, no caso brasileiro é benéfica. “O conceito de “brasilidade” – aduz – remete imediatamente ao encontro e à relação interpessoal. As relações englobam os indivíduos. O individualismo assume uma acepção negativa. Viver significa ter relações sociais. Saudade significa interrupção infeliz dessas relações.”

 

O sociólogo fascinado pelo Brasil vai fundo na análise do modo de ser da gente brasileira. Eis o que afiança: “À harmonia do físico, à sensualidade e à saúde acrescentam-se qualidades psicológicas como a amizade, a cordialidade, o senso de hospitalidade, a sociabilidade, a generosidade, o bom humor, a alegria, o otimismo, a espontaneidade, a criatividade. Por isso, a cultura brasileira é amada em todo o mundo: nunca ninguém teria bombardeado as Torres Gêmeas se elas estivessem localizadas no Brasil.”

 

Pra admitir, mais adiante, coisas assim: “Muitos são os elementos que conseguem amalgamar as diversidades oferecendo ao interior e exterior uma imagem unitária do país.” (...) “A natureza exuberante (...) faz do Brasil um país tropical orgânico.” “No plano social, o papel unificante é desempenhado pela estrutura federativa dos Estados (...), pela língua geral, pelo sincretismo cultural (...), pela sexualidade sem sentimento de culpa, pela notável capacidade de reciclagem cultural.”

 

Para o famoso sociólogo o Brasil é um país permanentemente aberto ao novo e às mudanças. Sabe confrontar a realidade com sentimento positivo mesmo nos piores momentos. Ele assevera ainda que o país atravessa um momento mágico, “uma situação única em relação ao seu passado e ao seu futuro.” No momento em que os modelos-mito testados pela humanidade entram em crise profunda, “o gigante latino-americano está sozinho consigo mesmo.” Por ser um país que “antecipa situações que a sociedade industrial tende a globalizar”, por representar “exemplo eloquente” de uma nação que vive em paz com as nações com as quais faz fronteiras, o modelo de vida derivado de seu jeito especial de ser “cultiva uma concepção poética, alegre, sensual e solidária da vida, uma propensão à amizade e à solidariedade, um comportamento aberto à cordialidade.” E isso tudo aflora apesar das mazelas sociais amplamente detectadas, como a violência, a escandalosa desigualdade entre ricos e pobres, a corrupção sistêmica e a carência de infraestrutura.

 

Domenico proclama que o Brasil oferece ao mundo os ingredientes básicos para a estruturação de uma nova ordem universal, por ser um país que “nunca fez guerra de poder com o resto do mundo.” Acrescenta que “isto lhe confere uma nobreza única e amorosa porque, como diz Lacan, o contrário do amor não é o ódio, mas o poder.”

 

Por isso, conclui, nosso país está em condições de gerir o modelo inédito de que o mundo tanto precisa.

 

 * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Candidato mineiro ao Nobel

 



*Cesar Vanucci

“Trata-se do maior fenômeno literário brasileiro de todos os tempos” (Acadêmicos João Eurípedes Sabino e Guido Bilharinho, dirigentes da ALTM, referindo-se ao escritor Jose Humberto Silva Henriques)

 

Como festejar condignamente o talento exuberante, a criatividade artística refulgente, a sabedoria incomum de alguém distanciado dos saraus literários dos grandes centros de efervescência cultural?

Como imprimir universalidade aos ditos e feitos notáveis de um craque consumado no manejo das ideias e das palavras?

Como conseguir ampliar, na justa medida da capacidade inventiva e versatilidade do autor focalizado, a difusão de seus conceitos humanísticos e das histórias que relata recheadas de sabor lírico e sociológico, envolvendo personagens saídos das vivencias da gente do povo que se deslocam em paisagens deste nosso chão mineiro e brasileiro?

Como tornar conhecido na dimensão geográfica adequada o cidadão aquinhoado com essa pletora de dons reveladores de insopitável inquietação intelectual aflorada em meio a afazeres sociais e profissionais exercidos em ambiente de dadivoso rincão interiorano, onde as limitações para divulgação de sua opulenta obra fazem-se notórias?

A Academia de Letras do Triangulo Mineiro, sediada em Uberaba, guardiã serena de saberes acumulados, testemunha ocular dos fatos ligados ao que seus ilustres associados cognominaram de “o maior fenômeno literário brasileiro”, responde esplendidamente a essas indagações, quando lança o nome de Jose Humberto Silva Henriques, autor de estupenda obra literária composta de 392 livros como candidato ao Nobel da Literatura, maior láurea literária mundial.

A proposta, acolhida com simpatia e solidariedade por círculos intelectuais no Brasil e em países de fala portuguesas, está consubstanciada em  exposição de motivos firmada pelos acadêmicos, João Eurípedes Sabino e Guido Bilharinho, respectivamente presidente e vice-presidente da instituição.

É com satisfação que reproduzo, na sequencia, trechos dessa significativa manifestação.  José Humberto Silva Henriques, nascido na localidade de Brejo Bonito, município de Cruzeiro da Fortaleza, Triangulo Mineiro, 65 anos, médico cardiologista, professor, radicado em Uberaba, “não é um escritor comum”, proclamam, categoricamente, seus companheiros de sodalício. Acrescentam, com fervorosa convicção, que se trata do “maior fenômeno literário de todos os tempos”. Explicam que “não é só pela espantosa quantidade de livros publicados, 392 (trezentos e noventa e dois), mas também pela relevância da alta-qualidade estética , apuro de linguagem e  multivariedade de gêneros desdobrados em romances, contos , poesias, peças teatrais, ensaios,  tudo refletindo notável e singular contribuição literária e humanística.”

Do portentoso conjunto, estampado eletronicamente e em papel, mais de cem são romances, mais de cem são contos, outro tanto livros de poemas, “várias obras primas”. São citados como exemplos mais destacados na criativa produção literária de José Humberto os livros Urucuia, Coyte e Papa-léguas, Bar do Birota, Pernaiada, A travessia das Araras azuis, A flor frondosa do jatobá. Além da extraordinária série A tragédia humana com seus 9(nove) volumes e 6000(seis mil) páginas . Diz a ALTM: “uma obra desse porte jamais poderia ter sido escrita por um escritor qualquer. Isso demonstra a grandiosidade desse autor que ainda é muito pouco conhecido do grande público”. Por sua vez a soma de prêmios conquistados em todo o país atesta a receptividade e reconhecimento do valor dessa impressionante obra literária.

Fica evidente que o assunto comporta mais considerações

Jornalista (cantonius1@yahoo.com)

Candidato Mineiro ao Nobel II



*Cesar Vanucci

“Obra portentosa (...) de fôlego excepcional” (Trecho da  justificativa da ALTM na indicação de José Humberto Silva Henriques ao Nobel de Literatura)

Como já revelado no artigo anterior, a Academia de Letras do Triângulo Mineiro, sediada em Uberaba, indicou o escritor José Humberto Silva Henriques, seu associado e também membro de outras instituições culturais – Academia Municipalista de Letras MG entre elas – ao Premio Nobel de Literatura.

O Nobel, em toda sua longa historia mais do que centenária, jamais contemplou um brasileiro em qualquer de suas categorias de premiação.  Nos anos 90, igualmente em Uberaba, nasceu uma indicação ao Nobel da Paz. O nome do consagrado Chico Xavier foi levado à apreciação do comitê Norueguês em Oslo pelo uberabense, coordenador das ações de angariação do apoio comunitário, Augusto Cesar Vanucci, à época diretor do Núcleo de programas musicais da Rede Globo.

Recolho no “Wikipédia” sugestivas passagens da fascinante historia do Nobel, compartilhando-as com meu reduzido, posto que culto e leal leitorado. “Alfred Nobel nasceu em 21 de outubro de 1833 em Estocolmo na Suécia, em uma família de engenheiros. Era químico, engenheiro e inventor. Em 1894 comprou uma empresa siderúrgica de ferro e aço, que se tornou grande fabricante de armas. Nobel também inventou o balliste que foi o precursor de muitos outros explosivos militares sem fumaça, especialmente o cordite, acumulando uma fortuna incalculável durante sua vida graças às suas 355 invenções, entre as quais a dinamite, a mais famosa. No entanto, também arrastou a sensação de culpa pelo mal que suas invenções causaram à humanidade. Em 1888, Nobel ficou surpreso ao ler seu próprio obituário, intitulado "O mercador da morte morreu", em um jornal francês. Como foi seu irmão Ludvig quem realmente morreu, o obituário foi publicado por engano oito anos antes da morte de Alfred Nobel. O artigo desconcertou Nobel e o deixou apreensivo sobre como ele seria lembrado na posteridade. Isso o inspirou a mudanças no modo de encarar a vida. Em 10 de dezembro de 1896, Alfred Nobel morreu aos 63 anos. Nobel escreveu vários testamentos em vida; o último pouco mais de um ano antes de sua morte, que ele assinou em 27 de novembro de 1895. Para surpresa de todos o testamento  especificou que sua fortuna seria usada para criar uma série de prêmios para aqueles que realizam "o maior benefício para a humanidade" nas áreas de física, química, fisiologia ou medicina, literatura e paz: “A totalidade do que resta da minha fortuna será organizada da seguinte forma: o capital, investido em valores seguros por meus testamenteiros, constituirá um fundo cuja participação será distribuída a cada ano na forma de prêmios entre aqueles fizeram o maior benefício para a humanidade. Uma parte para a pessoa que fez a descoberta ou a invenção mais importante dentro do campo da física; uma parte para a pessoa que fez a descoberta ou melhoria mais importante em química; uma parte para a pessoa que fez a descoberta mais importante dentro do campo da fisiologia ou medicina; uma parte para a pessoa que produziu o trabalho mais notável de tendência idealista dentro do campo da literatura, e uma parte para a pessoa que trabalhou mais ou melhor em favor da fraternidade entre as nações, a abolição ou redução de exércitos existente e para a celebração e promoção de congressos pela paz. (“...) É meu desejo expresso que, ao conceder estes prêmios, a nacionalidade dos candidatos não seja levada em consideração, mas que aqueles que recebem o prêmio, sejam escandinavos ou não, sejam os mais merecedores.”

 

Alfred Nobel legou assim 94% de seus ativos totais, 31 milhões de coroas suecas, para estabelecer os cinco prêmios. A fim de tomar conta da fortuna e organizar a entrega dos prêmios, seus executores Ragnar Sohlman e Rudolf Lilljequist formaram a Fundação Nobel.

 

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Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Candidato Mineiro ao Nobel III

 


                                *Cesar Vanucci

““ A Tragédia Humana” trata dos bastidores da política e da sociedade no Brasil contemporâneo”” ( Registro sobre a coletânea de 9 volumes do escritor José Humberto Silva Henriques constante da justificativa de sua candidatura ao Nobel)

 

Na avaliação de doutos conhecedores do fascinante ofício das letras, os nove tomos, compreendendo seis mil páginas de “A Tragédia Humana” do escritor José Humberto Silva Henriques constituem autentica obra-prima da literatura brasileira. O autor, como já informado aos distintos frequentadores deste espaço aberto a quimeras e considerações a respeito da instigante aventura da vida, está sendo indicado merecidamente ao Nobel de Literatura.  Segundo seus companheiros da Academia de Letras do Triangulo Mineiro e de outras instituições de que faz parte, este escritor, de Uberaba, com seus 392 livros publicados, entre romances, contos, poemas, ensaios, dramatizações teatrais, pode ser legitimamente apontado como o “maior fenômeno literário brasileiro”. Essa circunstancia aponta credencial esplêndida para ser aquinhoado com a mais importante láurea literária mundial

 A exposição de motivos encaminhada ao “Comitê do Prêmio Nobel” faz alusão à coleção das publicações reunidas sob o título “A Tragédia Humana”. Vejamos trecho substancioso de análise crítica feita sobre a primorosa obra, alinhavado na documentação entregue em Oslo. A Tragédia Humana, livro de título corajoso porque se contrapõe ao titulo dos grandes romances do excepcional romancista Frances, Honoré de Balzac. Quando a cigana depôs a mão sobre o ventre de Balzac, aturdida falou que ali naquele homem havia a concentração maioral da genialidade. Tudo reunido sobre o nome de A Comedia Humana. Esse é o grande contraponto dessa maravilhosa obra de fôlego excepcional. São 9 volumes com esse titulo. A Tragédia Humana nasce no Brasil bem longe dos paramos daquele mundo francês de colheita extraordinária. Entretanto, cada volume traz um subtítulo distinto, o que de outra forma não teceria qualquer possibilidade de se fazer a leitura de tamanha obra.

De Marionetes a Sacatrapos, toda A Tragédia Humana trata dos bastidores da política e da sociedade no Brasil contemporâneo.

 A individualidade de cada personagem é vasculhada até a proximidade da sensação física de sangue. Surgem as incoerências próprias da relação do Homem com o Poder, de sua relação com o Dinheiro e com os outros Homens. Esta é uma obra de vigor e que vai permanecer para sempre nos anais da Literatura Universal. Não se trata somente da análise escarafunchada do Brasil. O tema é universal. Porquanto escatológico, justifica a obra inteira o nome que tem. Em alguns momentos chega a ser lírica, mormente quando se enovela com os ditames da alma feminina e sua grandeza exponencial. O autor se rende a esse tipo de envolvimento.

 (...) A Tragédia Humana, sendo deveras corajoso e quase herético o titulo, depois de lido, demonstra que tudo cá está bem posto, e a Comédia passa a vigorar em um prato da balança pleno de contrapontos. Esse livro surpreendente romanceia a vida de JK, de Oscar Niemeyer, de Pedro Ludovico Teixeira e de muitos outros ícones da história brasileira. Supõe-se que isso, juntado dessa maneira, seja o primeiro esboço de alguma alternativa terna para o resgate desse mundo conturbado. Esses homens são mostrados de uma maneira delicada e aparentemente sem controvérsias. Há muitas historias em torno deles. E a relação de Juscelino com Niemeyer cai num jargão de demonstração ampla de como deveriam ser os homens de bem. Por outro lado, o romance trabalha de forma livre e alternativa com personagens absolutamente fictícios, é uma historia que poderia ser chamada de escatológica – nesses termos políticos poderia ser escatocrática -, isso que tenta colocar num espelho a vida social e política.”

 

 

Jornalista(cantonius1@yahoo.com)

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Realidade fantástica

 



 

                                                                                                           *Cesar Vanucci

                                                                                 "Tudo foi muito bem documentado."(coronel Uyrangé Hollanda),


A revista “Ufo” descreve o coronel Uyrangé Hollanda, dirigente do grupo que conduziu a célebre “Operação Prato”, como um militar impar. “Homem de fibra e resolução, que talvez tenha sido o único do mundo a passar pelas experiências que viveu na floresta amazônica – justamente no comando de um programa oficial, e não de uma aventura qualquer.” E que experiências mais extraordinárias, santo Deus!

 

Algumas passagens de seu histórico depoimento, tantos anos depois dos enigmáticos acontecimentos vivenciados na Amazônia, só podem ser mesmo absorvidas por quem esteja capacitado a compartilhar dos conceitos revolucionários de um pensador da envergadura de Teilhard de Chardin. Pois não foi esse sacerdote, dotado de incomum sabedoria, que andou proclamando a tese de que, na escala cósmica, “só o fantástico tem probabilidade de ser real” e que, nessa escala transcendente, as coisas costumam não ser apenas tão fantásticas quanto a gente imagina, “mas muito mais fantásticas do que a gente jamais conseguirá imaginar”?

 

O coronel da Aeronáutica, ao relembrar ocorrências desnorteantes documentadas pelo grupo-tarefa, enfatiza a existência de “objetos cilíndricos do tamanho de prédios de 30 andares que se aproximavam a não mais de cem metros de onde estávamos.” Sublinha, ainda, que as naves se interessavam pelas atividades dos pesquisadores militares. Conta, a propósito: “Sabiam o que estávamos fazendo. Por exemplo, no caso da Baia do Sol (Pará), aconteceu algo peculiar. Naquela época, já estava terminando o ano letivo e muita gente ficava na praia à noite. Tinha pelo menos umas 100 mil pessoas na orla, naquele fim de semana. No entanto, uma sonda veio para cima de nós, num lugar todo escuro, onde não havia mais ninguém. Ora, por que veio ao nosso encontro, na escuridão, se tanta gente estava ali perto, na praia?”

 

Recordando outra aparição testemunhada também, além dos militares, por integrantes do antigo SNI (Serviço Nacional de Informações), ali presentes a convite como espectadores, o coronel Uyrangé oferece, em seu depoimento, intrigantes pormenores, anotados na sequência. “O pessoal do SNI não chegava. Tínhamos combinado 18 horas. Ficamos aguardando-os para que acompanhassem nessa vigília. (...) Finalmente, chegaram e perguntaram se tinha acontecido algo. Eu brinquei, dizendo ter marcado para as 18 horas e eles só apareceram às 19 horas (...). Um deles fez então uma pergunta: - a que horas passa outro? Respondi que não sabia e que aquilo não era bonde para ter horário. Nesse momento, (...) um deles disse: - Olha aqui em cima, agora, olha para o alto. (..) Tinha um negócio enorme bem em cima da gente. (...) Um disco escuro, parado a não mais que 150 metros de altura (...). Fazia um barulho como o de ar condicionado. Parecia com o ruído de uma catraca de bicicleta. (...) Era grande, talvez com uns 30 metros de diâmetro. (...) Todo mundo ficou espantado. (...) Só nos restava ficar olhando, assustados, para aquela coisa que iluminava tudo com uma luz amarela, que ora apagava, ora acendia.”

 

Hollanda garante, em seu depoimento, que o aparecimento de óvnis nas áreas pesquisadas pela FAB era diário. O grupo chegou a classificar nove formas diferentes de objetos. Alguns eram sondas. Outros, naves grandes, das quais saiam objetos menores. “Filmamos tudo isso. (...) Tudo foi muito bem documentado.”

 

Outra constatação feita na investigação: “Histórias bizarras, como ataques de ufos a seres humanos, eram muito comuns durante a execução do trabalho. Isso nos assustava, deixando-nos preocupados e curiosos ao mesmo tempo.”

 

O depoimento é extenso e rico em detalhes. Fala também de estranhos seres luminosos e de abduções.

 

A possibilidade da FAB liberar material de seus arquivos permitirá, sem sombra de dúvida, uma avaliação mais aprofundada de toda essa extraordinária história.

 


Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)


Mais de 500 fotos de óvnis

                                                                               Imagem ilustrativa

"E para que fui dizer isso, naquela noite?”

(Coronel Uyrangé Hollanda)

 

A história da “Operação Prato”, trazida aos leitores deste impoluto espaço, foi interrompida no capítulo anterior quando o coronel Uyrangé Hollanda - no histórico depoimento que quebrou um silêncio sepulcral de mais de vinte anos – relembrava o momento emocionante em que se deu conta, para todo o sempre, de que o problema do “disco voador” era realmente merecedor de seriedade.

 

Retomemos o “ping-pong” dos jornalistas Ademar Gevaerd e Marco Antônio Petit, e o militar que resultou no extraordinário registro documental.

 

P – Os agentes do grupo-tarefa deram início à operação antes do senhor e tinham visto mais coisas: Mas e aí, o que aconteceu?

Coronel Uyrangé – Eles avistaram mais coisas e acreditavam mais do que eu. E me pressionavam:- Como pode você não acreditar? Um desses agentes era o suboficial João Flávio de Freitas Costa (...) que até brincava comigo dizendo que eu era cético enquanto uma dessas coisas não viesse parar em cima de minha cabeça. “Quando isso acontecer e uma nave acender uma luz sobre o senhor, aí eu quero ver”, dizia, sempre gozando (...). E eu retrucava que era isso mesmo, tinha que ser uma nave grande, bem visível, se não, não levaria em conta. E para que fui dizer isso naquela noite? Acabávamos de fazer essas brincadeiras quando, de repente, algo inesperado aconteceu. Apareceu uma luz, vinda do norte, em nossa direção. (...) Ela se deteve por instantes, fez um círculo em torno de onde estávamos e depois foi embora. Era impressionante: a prova cabal que eu não podia mais contestar. Eu pedi e ali estava ela. Foi então que levei uma gozada da turma. E agora? – os soldados me perguntaram.

P. – Quando foi isso, exatamente?

R. – Em novembro de 1977 (...) O objeto tinha uma luz que se parecia com solda de metal (...) uma luz azul, forte, de brilho intenso. Mas não vi a forma do ufo, só a luz que emanava o tempo todo.

P. – Vocês conseguiram fotografar esse objeto brilhante e sua emanação de luz?

R. – Fotografávamos tudo o que aparecia, mas levamos um baile durante uns dois meses com as fotos, pois nelas não saia nada. Sempre tínhamos os objetos bem focalizados, preenchendo todo o quadro da máquina, mas quando revelávamos os negativos, nada aparecia. (...) Isso aconteceu com frequência, até que ocorreu um fato inusitado. Eu estava analisando os positivos, muito chateado por não conseguir imprimir as imagens que víamos (...), quando peguei uma lanterna que usava em operações de selva, e fiz uma experiência. Foi a sorte (...). A lanterna tinha uma luz normal e forte numa extremidade e uma capa vermelha na outra, que servia para sinalização na selva. Era de um material semitransparente de plástico, tipo luz traseira de carro. Tirando-se a tal capa vermelha, havia um vidro fosco. Eu olhei para aquilo e me lembrei de que os médicos examinam as radiografias num aparelho que tem um quadro opaco com luz por trás (radioscópio). Esse equipamento ajuda a fazer contraste de luz e sombra numa chapa de raio X. Assim, tive a ideia de pegar um filme já revelado e contrapô-lo ao vidro fosco da lanterna de selva. Pude ver então um ponto que não conseguia enxergar antes. Eu não estava procurando marca ou objeto algum, e sim uma luz, pois foi isso o que vimos (...) ao bater as fotos. Só que a tal luz não aparecia, e sim o objeto por trás dela. No caso do rolo que estava analisando vi um cilindro que aparecia em todos os demais fotogramas. Ficou claro, então, que não conseguia imprimir a luz do objeto na foto, mas sim a parte sólida dele, talvez por uma questão de comprimento de onda, não sei. Não entendi por que a luz do ufo não impressionava aquele filme, somente a parte sólida.

P. – Vocês fizeram muitas fotos de ufos como essas?

R. – E como! Fizemos mais de 500. Eram dezenas de rolos de filmes. (...)

P. – Depois de sua descoberta vocês fizeram novas fotos?

R. – Conseguimos fotografar objetos grandes e com formatos que a gente nem imaginava.”  





O depoimento do Coronel

 Coronel  Uyrangé Hollanda  


                                                                                               *Cesar Vanucci

 

“Faziam tanta brincadeira, que eu acho que foi uma sorte a Operação Prato sair.”     (Coronel aviador Uyrangé Hollanda de Lima)

 

Como informei no comentário anterior, o coronel aviador Uyrangé Hollanda, comandante do grupo-tarefa responsável pela “Operação Prato”, da FAB, trouxe a público revelações desnorteantes sobre ocorrências ufológicas em diferentes pontos da maior floresta tropical do planeta.

 

Disponho da cópia integral do depoimento que deu aos jornalistas Ademar Gevaerd e Marco Antônio Petit, da equipe redatorial da excelente revista “Ufo”, sobre tais acontecimentos. À época do programa “Realismo Fantástico”, apresentado no extinto canal CBH, levei ao ar essas declarações.

 

Nada melhor para projetar, em seu real significado, o depoimento do coronel - um atestado passado em cartório e com firma reconhecida da veracidade do desconcertante “fenômeno ufo” - do que ocupar este espaço com frases textuais de sua lavra, nas quais são dados detalhes preciosos da “Operação Prato”. Registre-se, outra vez, que a investigação representa, no gênero, pelo que se sabe, uma experiência que dificilmente terá sido vivenciada em algum país, por qualquer outro agrupamento militar.

 

São parte do depoimento de Uyrangê aos já citados ufólogos os elucidativos trechos abaixo reproduzidos.

 

“Pergunta – Esses casos atraiam, de alguma maneira, interesses ou preocupações por parte das Forças Armadas, como se fossem uma ameaça externa à soberania nacional?

Resposta – (...) Os ufos eram encarados como fenômeno duvidoso. Alguns oficiais (...) viam os ufos como coisa improvável e faziam muita gozação a respeito. Faziam tanta brincadeira que acho que foi sorte essa Operação Prato sair.  Acho que só aconteceu porque o comandante do 1º Comando Aéreo, brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, (...) acreditava em objetos aéreos não identificados. Se não...”

 

P. – Qual era o objeto imediato da Operação Prato? Observar discos voadores, fotografá-los e contatá-los?

R. – Olha, eu queria mesmo era tirar a prova dessa coisa toda. Queria botar isso às claras. Porque todo mundo falava nas luzes e objetos e até os apelidavam com nomes populares, como chupa-chupa. E a FAB precisava saber o que estava realmente acontecendo, já que isso se dava no espaço aéreo brasileiro. Era nossa a responsabilidade de averiguar.

 

P. – (...) Quando foi que o senhor teve seu primeiro contato frente a frente com objetos voadores não identificados?

R. – Foi bastante significativo. Certa noite, nossa equipe estava pesquisando na Ilha do Mosqueiro, num lugar chamado Baia do Sol. (...) Era um balneário conhecido, bem próximo a Colares. (...) Os agentes que tinham mais tempo do que eu na operação – já que peguei o bonde andando – questionavam-me, o tempo todo, após vermos algumas luzinhas, se eu já estava convencido da existência do fenômeno. Como eu ainda estava indeciso, diziam-me: - Mas, capitão, o senhor ainda não acredita? Eu respondia que não, que precisava de mais provas para crer que aquelas coisas eram discos voadores. Eu não tinha visto, até então, nave alguma. Somente luzes, muitas e variadas. E não estava satisfeito ainda.”

 

Deixo pra sequência, à moda das novelas televisivas, o testemunho do coronel-aviador Uyrangé Hollanda a respeito do emocionante momento de seu primeiro avistamento de uma nave luminosa, de corpo inteiro, nessa investigação ocorrida na selva amazônica, região do Pará.

 


 jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Operação Prato

 



                 *Cesar Vanucci


     “Depois de algumas semanas (...)não tive           mais dúvida alguma.”                                                      (Coronel-aviador Uyrangé Hollanda)

 

 

Volto ao tema Óvni. Falo da participação de militares brasileiros nas pesquisas. Entre setembro e dezembro de 1977, a FAB desenvolveu na Amazônia uma operação sigilosa ligada aos óvnis. Pelos incríveis resultados alcançados a denominada “Operação Prato” é hoje considerada um dos mais extraordinários feitos mundiais na área da investigação ufológica. A história, recheada de pormenores instigantes, só veio a lume vinte anos depois, graças à atitude intrépida do oficial que comandou os trabalhos. Já na reserva, como coronel, ele reconheceu chegada a hora de quebrar o sepulcral silêncio guardado pelo tempo que durou sua presença na ativa.

 

Uyrangé Bolivar Soares de Nogueira Hollanda o nome do oficial. Capitão- paraquedista conhecedor dos segredos da selva, ele organizou por determinação do Comando Aéreo em Belém, uma investigação de amplitude com inimagináveis desdobramentos. Dele a iniciativa desassombrada, sem precedentes, de contatar líderes da comunidade ufológica para contar o que sabia. “Estou na reserva, cumpri lealmente minha missão para com a FAB. O que eles podem me fazer?” Foi o que disse, com seu jeito franco de expressar, ao ser questionado sobre a eventualidade de tornar-se alvo de sanções, face às revelações. Revelações de fortíssimo impacto. Memoráveis. Criaram condições alentadoras para uma  pesquisa mais desenvolta em torno dos incidentes, reportados por centenas de pessoas, ocorridos numa parte de apreciável dimensão do território amazônico, envolvendo naves e seres estranhos, com comportamento até certo ponto assustador. Amedrontados nativos asseguravam que as naves e seus tripulantes emitiam jatos de luz ofuscante, com “propósitos vampirescos”. A intensidade dos relatos levou a FAB a constituir o grupo-tarefa liderado pelo experiente Militar

 

Uyrangé foi sabatinado por ufólogos de alto nível, Ademar Gevaerd e Marco Antônio Petit,  da apreciada revista “Ufo”. Seu depoimento, em parte acompanhado pelos conhecidos jornalistas Luiz Petry, da Globo, e Bim Cardoso, da extinta Manchete, arrastou-se por 48 horas, em clima de espanto e embevecimento, tal o conteúdo das informações. O coronel não relutou em confessar que, de princípio, “a ação alimentava o objetivo de desmitificar os fenômenos.” Afiançou que, ele próprio, mostrava-se bastante “cético a respeito de tudo.” Informou, também, que sua designação para a missão derivara da circunstância de conhecer, como poucos, a zona aonde vinham ocorrendo as aparições. “Mas depois de algumas semanas de trabalho, quando os discos começaram a aparecer de todos os lados, enormes ou pequenos, perto ou longe, não tive mais dúvida alguma” – desabafou o militar.

 

Cabe esclarecer, a esta altura, que os habitantes dos lugares visitados pelos discos apelidaram o fenômeno de “chupa-chupa”. Em evoluções geralmente noturnas, aparelhos de diferentes formatos, sobrevoavam pequenas comunidades rurais e ribeirinhas, emitindo projeções luminosas de efeito paralisante sobre as pessoas, mulheres na maioria. As vítimas se queixavam de vertigens, dores no corpo, tremores, sonolência, fraqueza, rouquidão, descarnação da pele lesada, queda de pelos. Tais sintomas foram registrados em laudos médicos.

O grupo-tarefa, como é óbvio, não conseguiu desvendar o imperscrutável enigma dos óvnis, recoberto, como sabido, de peculiaridades situadas acima da compreensão humana. Mas, com toda certeza, em rolos e mais rolos de filmes, centenas de fotos e testemunhos oculares à margem de suspeitas, coletou uma documentação de inestimável valia na busca, que mantém tanta gente empenhada, de respostas racionais para as infindáveis interrogações suscitadas pelo momentoso tema. Vale a pena conhecer um pouco das declarações do coronel,

 

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Hacker, Selic, Trump, Centrão



                                   
Cesar Vanucci

“Redução mixuruca. A opinião pública, as lideranças políticas e o mundo dos negócios esperavam muito mais.” (Antônio Luiz da Costa, educador, referindo-se à decisão do COPOM acerca da taxa de juros)

 

1) Hacker - Parece até coisa extraída de filme de espionagem. O “hacker de Araraquara”, personagem com ficha na delegacia, teria oferecido seus “valiosos préstimos” a um determinado grupo político. Não encontrou a receptividade esperada. Voltou-se, então, á maneira de protagonista de enredo de contraespionagem para a banda adversária.  Achou guarida em impulsiva deputada, aficionada de filme de faroeste. Esta, por sua vez, intermediou contato com seu o chefe mais graduado. A história, objeto de apuração policial e parlamentar, reveste-se de um toque farsesco, escancarando trama deturpada do exercício político. Por essa e por outras é que o cenário público anda infestado das nefandas fake news e de registros que propagam o ódio e a desinformação.

2) SELIC - “São uns pirrônicos!” Assim se expressava amigo saudoso e dileto, critico implacável da política de juros. A referência dizia a respeito aos integrantes da cúpula tecnocrática responsável pelas fixações dos índices da Selic. A mais recente decisão do grupo confere razão, por sinal, ao registro citado. A taxa básica de juros foi reduzida, em face aos apelos veementes da sociedade. O percentual foi insignificante tendo em vista as circunstâncias altamente positivas da conjuntura econômica. A minguada redução não nos tira da indesejável condição de país detentor dos juros mais escorchantes do panorama internacional. Dissemos “escorchantes”, mas há quem diga “pornográficos”. A taxa Selic dá vaza a que os juros praticados nos cartões de créditos atinjam as indecentes culminâncias dos 465 por cento. Um flagrante “caso de polícia”. Só que ninguém ainda foi preso por conta disso, minha Nossa!

3) Tramp - Vai ser difícil pacas Donald Trump escapar de condenação numa das dezenas de ações que correm na justiça acusando-o de malfeitos de todo gênero. Como registra a revista “IstoÉ”, “Denunciado pelo que é mais caro aos americanos — conspirar contra a democracia —, o ex-presidente se faz de vítima e incendeia a corrida presidencial de 2024, espalhando ódio e mentiras.” De seu alentado prontuário constam  processos envolvendo delitos sexuais, um deles por estupro, apropriação indébita de documentos secretos da Casa Branca, além de complô contra o sistema democrático, traduzida entre outras coisas, na violenta e malograda invasão do Capitólio. Pretendente à vaga, mais uma vez, de candidato republicano à presidência da mais poderosa nação do planeta, o ídolo mundial dos fundamentalistas de todos os cantos, pelo que se avalia será fatalmente enquadrado por algum dispositivo legal, que o impeça de retornar ao posto almejado.  No espalhafatoso estilo que o consagrou, ele vem promovendo agitação ruidosa, com palavras de ordem a seguidores fanáticos acirrando discórdias e fomentando o ódio.

4) Centrão - Equivoca-se quem embarca na  suposição ser o Centrão despojado de fidelidade política. O compacto grupamento possui, sim, uma inarredável vocação governista. Atua com fervorosa convicção de modo inverso ao do anarquista espanhol do anedotário político: “há governo? Estou a favor”. Está a favor, na verdade, desde os tempos de Sarney, passando por Collor, Fernando Henrique, Lula, Dilma, Temer, Bolsonaro e novamente Lula. Os “centristas” representam “admirável” exemplo de fidelidade aos princípios que cultuam...

 

Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)

Tem gente lá fora

 


                        *Cesar Vanucci

 

Na escala cósmica, só o fantástico tem probabilidade de ser real.

(Teilhard de Chardin, Padre Jesuita)

 

 

Na televisão, convicto e com impecável desenvoltura, renomado cientista reporta-se às cifras estupendas do infinito espaço cósmico. Só em nossa galáxia – explica - existem 30 milhões de constelações estelares. Ou seja: 30 milhões de astros de grande porte (semelhantes ao sol) dotados de forte luminosidade, com planetas e satélites girando no entorno. Já no universo visível, a estimativa é de que existam 100 milhões de galáxias. Os resultados de um simples cálculo aritmético de multiplicação são de queimar a “mufa” de qualquer vivente. O cenário descrito remete-nos ao genial teólogo e filósofo Pierre Teilhard de Chardin: “na escala cósmica, só o fantástico tem probabilidade de ser real. na escala cósmica as coisas não são tão fantásticas quanto a gente imagina, mas  muito mais fantásticas do que a gente jamais conseguirá imaginar.”

 

Não estamos sozinhos. Tem gente lá fora. Como pontua Carl Sagan, se assim não fosse, seria um enorme desperdício de espaço. Cresce incessantemente, à vista de tal constatação, a quantidade de pessoas desejosas de respostas convincentes a respeito dos enigmáticos avistamentos nos céus, dos depoimentos instigantes trazidos por cientistas, militares, gente de todas as camadas sociais envolvidas nos assim chamados “contatos imediatos”, da documentação fotográfica e fílmica abundante sobre fenômenos aéreos produzidos certeiramente por inteligência não humana. A impressão guardada por amplos setores da opinião pública é de que o sigilo oficial acerca dos incidentes ufológicos já foi longe demais, carecendo ser quebrado em nome do bom senso e do interesse público.

 

Há evidencias copiosas de que as grandes potências já coletaram, ao longo de décadas de pesquisas mantidas em segrego, informações básicas a propósito da candente questão. Essas investigações já teriam conduzido os órgãos incumbidos de promovê-las à conclusão de que os denominados “incidentes ufológicos” derivam de voos na atmosfera e de pousos no solo terrestres produzidos por artefatos de origem não humana. Noutras palavras: de alguma civilização inteligente localizada num ponto qualquer dos confins colossais do universo.

 

Por assim entenderem, cientistas reputados, militares graduados, cidadãos com foco no amanhã das coisas vêm reivindicando publicamente a liberação de informações fidedignas sobre os objetos voadores não identificados (discos voadores). Consideram eles inaceitável o argumento dos defensores da tese de se manter hermético segredo em torno do assunto de que a humanidade não estaria preparada o bastante para o impacto das revelações acerca da pluralidade de mundos habitados.

 

Como mencionado anteriormente, o Congresso dos Estados Unidos da América vem insistindo com a Casa Branca e o Pentágono pra que tornem público o vasto material contendo informações sobre os assim chamados “vagalumes do espaço”, denominação atribuída por muitos aos “discos”. Tem-se como certo que, além dos EUA, Rússia, China, Reino Unido, França, Alemanha e outros países possuem acervo volumoso de dados pertinentes aos óvnis. Alguns desses países teriam sob guarda até mesmo partes de naves de origem extraterrena acidentadas em seus sobrevoos no planeta.

 Tudo indica também que as Forças Armadas brasileiras promovem, desde os anos 50, avançadas pesquisas relativas aos discos voadores. No governo JK houve a divulgação mundial de uma foto de enorme objeto aéreo sobrevoando navios da Armada durante um exercício militar. A FAB liberou, à mesma época, impressionante documento descrevendo contatos imediatos incríveis. Anos mais tarde ocorreu, conduzida pela mesma Força, a famosa Operação-Prato, na Amazônia.


 

 

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

 

 

A SAGA LANDELL MOURA

O Brasil, segundo Domenico de Masi

        “O Brasil permanece o Brasil.” (Domenico de Masi, sociólogo )   Domenico de Masi, sociólogo italiano de renome universal, fa...