terça-feira, 15 de julho de 2025

O Amor, segundo Einstein

 


 

*Cesar Vanucci

“O Amor é Deus e Deus é Amor” (Albert Einstein)

 

No final dos anos 80, Lieserl, a filha do célebre Albert Einstein, doou numerosas cartas escritas por seu pai à Universidade Hebraica, com o pedido de não torná-las públicas até que duas décadas se passassem da morte do cientista. O texto que se segue, de refulgente atualidade, é uma delas.

Quando propus a teoria da relatividade, muito poucos me entenderam, e o que vou agora revelar a você, para que transmita à humanidade, também chocará o mundo, com sua incompreensão e preconceitos. Peço ainda que aguarde todo o tempo necessário - anos, décadas, até que a sociedade tenha avançado o suficiente para aceitar o que explicarei em seguida para você. 

Há uma força extremamente poderosa para a qual a ciência até agora não encontrou uma explicação formal. É uma força que inclui e governa todas as outras, existindo por trás de qualquer fenômeno que opere no universo e que ainda não foi identificada por nós.Esta força universal é o AMOR. Quando os cientistas estavam procurando uma teoria unificada do Universo esqueceram a mais invisível e poderosa de todas as forças. O Amor é Luz, dado que ilumina aquele que dá e o que recebe. O Amor é gravidade, porque faz com que as pessoas se sintam atraídas umas pelas outras. O Amor é potência, pois multiplica (potencia) o melhor que temos, permitindo assim que a humanidade não se extinga em seu egoísmo cego.

O Amor revela e desvela. Por amor, vivemos e morremos. O Amor é Deus e Deus é Amor. Esta força tudo explica e dá Sentido à vida. Esta é a variável que temos ignorado por muito tempo, talvez porque o amor provoca medo, sendo o único poder no universo que o homem ainda não aprendeu a dirigir a seu favor.

Para dar visibilidade ao amor, eu fiz uma substituição simples na minha equação mais famosa. Se em vez de E = mc², aceitarmos que a energia para curar o mundo pode ser obtido através do amor multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado (energia de cura = amor x velocidade da luz ²), chegaremos à conclusão de que o amor é a força mais poderosa que existe, porque não tem limites. 

Após o fracasso da humanidade no uso e controle das outras forças do universo, que se voltaram contra nós, é urgente que nos alimentemos de outro tipo de energia. Se queremos que a nossa espécie sobreviva, se quisermos encontrar sentido na vida , salvar o mundo e todos os seres sensíveis que o habitam, o amor é a única e a resposta última. 

Talvez ainda não estejamos preparados para fabricar uma bomba de amor, uma criação suficientemente poderosa para destruir todo o ódio, egoísmo e ganância que assolam o planeta. No entanto, cada indivíduo carrega dentro de si um pequeno, mas poderoso gerador de amor, cuja energia aguarda para ser libertada. Quando aprendermos a dar e receber esta energia universal, provaremos que o amor tudo vence, tudo transcende e tudo pode, porque o amor é a quintessência da vida. 

Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)

 

A solução é o diálogo, sem chantagem.


 

*Cesar Vanucci

 

“Queremos resolver o problema o mais rápido possível” (Vice-Presidente Alckmin)

 

 

Avaliada pelo prisma Jurídico-legal a questão mostra-se plenamente equacionada, como não? A manobra de Trump, definida por seu compatriota, Paul Krugman, Nobel de economia, como maligna chantagem, não surtiu os efeitos desejados. A consciência cívica de nossa gente soube reagir, no tom de indignação adequado, diante da subversiva proposta para paralisação do julgamento dos golpistas, a exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos em circunstâncias análogas, onde o mentor do ataque às instituições democráticas não foi julgado e permanece impune.

Um país cioso de sua soberania, de vivência democrática pujante, que nem o Brasil, não pode, obviamente, curvar-se a imposições externas abomináveis que alvejem os sagrados valores que enobrecem a nacionalidade.

É sumamente confortador perceber que, à volta do caso em tela, agigantou-se no seio da opinião pública um magnífico coral de vozes afirmativas, com manifestações solidarias de outras partes do mundo, contrariamente a essa solerte interferência nas atividades políticas brasileiras. Neste formidável coral só não estão representados alguns grupos minoritários intoxicados de fanatismo ideológico ou pela síndrome da “viralatice”. Houve até quem, não se vexasse em expressar  opinião com boné na cabeça contendo palavra de ordem do “xerife” da Casa Branca.

Bem assimilado no sentimento nacional o conceito de que a questão do julgamento dos conspiradores brasileiros não se apresta a negociações, o que resta agora é pelas vias corretas da diplomacia, estabelecer conversações maduras e civilizadas em torno do malsinado tarifaço. É o que alias fazem neste preciso momento dezenas de países “aquinhoados” com taxas exageradas sobre seus produtos sem, todavia, a pérfida motivação política constante da “carta” enviada ao Brasil. O dialogo será o instrumento utilizado na busca de uma solução harmoniosa, se possível para essa pendência nascida de arroubo maluco. O governo dispõe regulamentada e concedida pelo congresso, a chamada “Lei da Reciprocidade”. Esgotadas as possibilidades de equacionamento do problema através de contatos diplomáticos e empresariais, expendidos à exaustão, o Brasil não hesitará em aplicar os dispositivos legais ao alcance. A construção do esquema de negociação, sob a coordenação do Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, vem sendo meticulosamente estruturada. As classes produtoras foram chamadas a participar dos entendimentos e se mostram confiantes de que se possa ser firmado um consenso verdadeiramente representativo do pensamento Nacional relativo ao assunto. Soa de forma dissonante o comportamento do Governador Tarcisisio de Freitas tentando pegar carona com fitos eleitoreiros, na agenda em debate, o que é criticado até mesmo pelo Clã bolsonarista. Vejam só.

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

A megalomania de Trump

 


 

*Cesar Vanucci

“A ação maligna de Trump dá motivo a impeachment”(Nobel de economia, Paul  Krugman .)

 

Acometido de novo surto de megalomania, Sua Alteza Real, autoproclamado Imperador Trump I, afrontou mais uma vez o Direito Internacional e os valores que recobrem de dignidade a aventura humana. O Brasil foi desta feita, o alvo do iracundo atentado.

O “édito” estipula tarifaço de 50 por cento para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, a partir de 1° de agosto.  A “justificativa” apresentada, em insolente recado ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, via plataforma digital, foi de conteúdo político inimaginável, aberrante a mais não poder, algo jamais registrado no relacionamento entre países democráticos no mundo civilizado. Trump começou por mentir descaradamente ao sublinhar que o Brasil estaria desfrutando de especial regalia nas transações comerciais com seu país, quando a realidade aponta saldo superavitário a favor dos EUA, há mais de década. Com a arrogância que o notabiliza, o ocupante da Casa Branca, disse com todas as letras, pontos e vírgulas, que o gravame imposto aos nossos produtos decorre – pasmo dos pasmos! – “do tratamento injusto” que o governo e o STF dispensam ao ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo ele um “grande defensor da democracia”... Arguiu ainda que a Justiça de nosso país se contrapõe à liberdade de expressão nos domínios das redes sociais, prejudicando empresas americanas que atuam no setor.

Cercado de estupefação global o anuncio provocou, como não poderia deixar de ser, estrondosas reações, compreensivelmente de repulsa vigorosa em todos os setores da vida nacional. Vozes isoladas movidas por cega paixão ideológica, opuseram-se ao sentimento popular aflorado, diante dos acontecimentos narrados. A manifestação oficial do Governo soube interpretar com fidelidade esse sentimento ao expressar que o Brasil é um país Soberano, Democrático, que não aceita ser tutelado e que as questões institucionais e jurídicas do interesse Nacional são exclusivamente equacionadas pelos Poderes Legalmente Constituídos. O Chefe do Governo proclamou alto e bom som, que o país respeita os outros e exige ser, pelos outros respeitado, e que não hesitará, se preciso for, em aplicar a “A Lei da Reciprocidade”, no caso de malogro das tentativas diplomáticas no sentido de se achar solução para o impasse criado pelo prepotente mandatário americano.

A descomunal proporção da chantagem praticada contra o Brasil levou numerosos personagens de respeitabilidade mundial a se manifestarem. Caso, por exemplo, de Paul  Krugman, Nobel de economia, que entre outras palavras de condenação ao seu compatriota Tramp, sustentou que pelo abuso de agora o Chefe do Governo dos Estados Unidos deveria ser afastado das funções pelo Congresso.

O ato terrorista comentado faz jus a mais considerações.

Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)

Justificados temores

 

*Cesar Vanucci

“O mundo corre o risco de decisões impulsivas com consequências catastróficas” (Domingos Justino, educador)

 

A possibilidade de uma 3º Guerra Mundial é preocupação em momentos de tensão geopolítica, como os que vivemos. Conflitos armados em diferentes partes do mundo, a intensificação da rivalidade entre grandes potências e o avanço de tecnologias bélicas cada vez mais destrutivas alimentam o debate sobre a viabilidade de um confronto global.

Historicamente, as grandes guerras tiveram origem em disputas territoriais, nacionalismos exacerbados e alianças militares rígidas. Hoje, embora o cenário seja mais interconectado economicamente, fatores semelhantes ressurgem sob novas formas. A guerra na Ucrânia, as tensões entre China e Taiwan, os conflitos no Oriente Médio e o crescimento do armamentismo nuclear reacendem temores de uma escalada fora de controle.

Um elemento novo no contexto é a guerra híbrida, que combina ações militares convencionais, ciberataques, campanhas de desinformação e guerra econômica. Essas ferramentas tornam o conflito menos visível, mas não menos perigoso. Além disso, a proliferação de armas nucleares e a imprevisibilidade de alguns líderes globais aumentam o risco de decisões com impactos catastróficos.

No entanto, apesar das tensões, a hipótese de uma Terceira Guerra ainda é considerada improvável por muitos. Isso se deve, em parte, à dissuasão nuclear - o chamado “equilíbrio do terror” - e à interdependência econômica entre países, que torna o custo de uma guerra altíssimo para as partes envolvidas. Além disso, organismos multilaterais como a ONU, embora enfraquecidos, ainda exercem papel importante na contenção de crises.

Por outro lado, o mundo vive momento de transição na ordem internacional, com os EUA enfrentando o desafio de uma China em ascensão e um bloco multipolar em formação. Essa instabilidade, combinada à ascensão de governos autoritários e nacionalistas, pode tornar o sistema global mais volátil e propenso a erros de cálculo.

Em suma, embora não estejamos necessariamente às portas de uma nova guerra mundial, os sinais de alerta estão presentes. Manter o diálogo diplomático, fortalecer instituições internacionais e promover a cooperação entre nações continuam sendo os principais antídotos contra um conflito de escala global. O futuro, como sempre, dependerá das escolhas feitas no presente. Mas de qualquer modo, é bom ter em mente que o risco maior está nos erros de cálculo. Não é necessário que haja intenção de guerra. Basta uma sequência de decisões erradas ou mal interpretadas entre potências para que um conflito se torne inevitável.

As “aspas” que abrem e fecham o comentário acima explicam que se autor é outro, que não este desajeitado escriba. O texto foi redigido em 12 segundos pela I.A. As perspectivas mostradas causam justificados temores. A Inteligência Artificial também.

Jornalista cantonius1@yahoo.com.br

Bate boca dos “inimigos íntimos”

 


 

*Cesar Vanucci

“Sem minha ajuda, Trump jamais se elegeria” (Elon Musk)

 

A trégua foi inesperadamente rompida.

Mas, atenção, não se está falando aqui de um desses apavorantes conflitos bélicos espalhados por diferentes rincões de nossa mal trada Aldeia Global. A guerra em foco é outra, marcada por singular ferocidade retórica. Envolve dois cidadãos famosos, muito arrogantes e de egos superinflados. De um lado coloca-se o dirigente político mais poderoso do mundo, Donald Trump. Do outro lado, o homem mais rico do mundo, Elon Musk. Como se recorda, ambos caminharam lado a lado na recém-finda campanha presidencial estadunidense. Parceiros inseparáveis trocavam loas a três por quatro. O bilionário foi convocado pelo Presidente para sua principal assessoria. Mal iniciada a gestão, sem mais essa nem aquela, de repente, não mais que de repente, se estranharam. Passaram a dizer cobras e lagartos, um do outro. Dissolveram a “sociedade” e com a intervenção da “turma do deixa disso” comprometeram-se a um distanciamento respeitoso, o compromisso firmado durou pouco. Voltaram a se atracar no ringue verborrágico com “golpes abaixo da cintura”. Musk disse que o ex-amigo participou de escândalo sexual que anda rendendo vistosas manchetes e desmascarando figurões do “café soceity” americano. Disse mais: a política econômica adotada pelo ocupante da Casa Branca irá arrastar o país ao desastre. A propósito, análises econômicas recentes corroboram, de certa maneira, a previsão do dono da rede “X”. A dívida publica americana, estimada em 38 trilhões de dólares, corresponde a 140 por cento do PIB do país.

 Trump, em represália, afirmou que seu ex-leal aliado é usuário de drogas pesadas e que está pensando, seriamente, em retirar-lhe a cidadania e deporta-lo para a pátria de origem,  África do Sul. Asseverou também estar disposto a cancelar contratos rendosos que as empresas de Musk mantêm com entidades governamentais dos EUA.

Dá até calafrio na espinha pensar que esses dois personagens são detentores de poderes capazes de influenciar os destinos de todos nós!

Além desse nauseante entrechoque verbal das duas celebridades, numerosas aberrações jurídicas e institucionais acumulam-se na trajetória de Trump, que ainda não concluído o primeiro semestre do mandato. Cuidemos de listar algumas: Guerra fiscal alucinada, quebrando sólidas estruturas econômicas; impiedosa “caça às bruxas” no caso das deportações; desrespeito contumaz a decisões da justiça; guerra aberta à Ciência e Universidade; pretensões expansionistas territoriais; encarceramento de imigrantes em prisões de países de outras nacionalidades. Implantação de presídio exclusivo para imigrantes em área pantanosa, a que deu o nome de “Alcatraz do crocodilo”. E por vai...

Relembrando Shakespeare: “É loucura, mas há método!” 

 Jornalista(cantonius1@yahoo.com,br)

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Nunca houve tanta guerra


 

*Cesar Vanucci

“O mundo entrou em um caos imprevisível” (Antônio Guterres, Sec. Geral da ONU)

 

Os “Senhores da Guerra” notabilizam-se pela arrogância, crueldade e embriagadora autossuficiência.

 O tzar da Rússia, Vladimir Putin declara-se favorável a um cessar-fogo na Ucrânia desde que o país invadido – vejam só o descarado cinismo - concorde com a anexação dos 20 por cento do território ocupados pelas tropas russas. De outra parte, dispõem-se, “condescendente e magnanimamente a devolver 10 das 400 crianças ucranianas sequestradas no começo da guerra. Quão macabro isto soa. santo Deus!

Já Benjamin Netanyahu, 1º Ministro de Israel, tanto quanto Putin enquadrado pela Corte Internacional de Haia em crime de lesa humanidade, continua a responder com imperturbável insensibilidade ás criticas e condenações que no mundo inteiro são feitas á forma com que se conduz na  guerra travada em Gaza. Dentro de seu próprio país, lideranças políticas, militares e religiosas, com respaldo da opinião pública e imprensa, expressam acerba reprovação aos desatinos diuturnamente praticados. O mal tratado território palestino transformou-se numa terra de famintos que circulam por vasto cemitério e pilhas de ruínas, onde ajuda humanitária sofre severas restrições, sendo por vezes até escorraçadas. Tréguas, libertação de reféns, saídas de moradores acuados dos lugares conflagrados, nada disso é permitido pelos implacáveis “Senhores da Guerra”. A amarga sensação que paira no ar é de impiedosa punição coletiva.

Na sempre convulsionada Síria, o jihadista  Ahmed Hussein al-Shar’a assumiu o poder após a deposição do ditador Bashar al-Assad, exilado na Rússia. Egresso dos famigerados Estado Islâmico e Al Qaeda, ele foi elogiado por Donald Trump num encontro que ambos mantiveram nos Emirados Árabes. Extravasando seu instinto violento, colocou em marcha  feroz perseguição a grupos e etnias que não rezam pela sua cartilha de radical religioso, promoveu ataque silencioso e sectário, conforme descrição de analistas confiáveis, ás comunidades alauítas e cristãos, debaixo da indiferença das grandes lideranças políticas mundiais.

Na África esquecida dos homes e até dos próprios Deuses, o Sudão vive crise de fome e  deslocamento de populações, considerada a mais catastrófica da história contemporânea. A guerra civil, que está entrando no terceiro ano, já produziu dezenas de milhares de mortes e quatro milhões de refugiados. De um lado, o exército. Do outro, grupo de paramilitares.  As duas forças enfrentam-se em conflitos marcados pela barbárie, provocando tensões regionais fortíssimas, devido, sobre tudo, ao êxodo dos sudaneses em fuga.

Etiópia, Iêmen, Mianmar, Armênia, Azerbaijão, Afeganistão, entre outros são palcos de contendas virulentas produzidas pelos Senhores da Guerra. Desde a 2º Guerra Mundial nunca houve tanta guerra a um só tempo.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Não às guerras



*Cesar Vanucci



Nunca houve uma guerra boa, nem uma paz ruim”. (Benjamin Franklin)

 

 

Primeiro, Francisco. Depois, Leão XIV. O vigoroso brado pela Paz, emitido pela Cátedra sagrada, encontra receptividade calorosa nas mentes e corações fervorosos. Não consegue, toda via, transpor a blindagem dos insensíveis e embrutecidos “Senhores da Guerra”, nem de seus empedernidos vassalos, os armamentistas. Insuflados por paixões cegas, gana insaciável pelo poder, fanatismo de teor religioso e político exacerbado, ambição desmesurada por ganhos fáceis, estas forças obscurantistas, despojadas de qualquer resquício de humanidade, fazem ouvidos moucos, aos apelos provindos de todas as partes, no sentido de um  “cessar-fogo”, do diálogo, de conversações que possam buscar formas de conciliação e convivência civilizada

Gaza, Ucrânia, Sudão, entre outras inúmeras regiões conflagradas em nossa maltratada Aldeia Global, despontam como referências apavorantes dos descaminhos trilhados por lideranças e grupos em desarmonia com o sentido da vida.

Se o “Não às guerras” das alocuções pontifícias e de outras vozes verdadeiramente representativas do sentimento do mundo pudesse orientar as decisões políticas da história contemporânea, o ser humano, moldado à imagem e semelhança de Deus, como rezam as Escrituras, poderia atingir os desejáveis patamares de bem estar social descortinados no projeto da Criação. Os conflitos espalhados por este mundo do bom Deus, onde o tinhoso costuma plantar seus traiçoeiros enclaves, dizimam vidas preciosas e reduzem a escombros frutos grandiosos nascidos do labor humano. Os valores pecuniários empregados na destruição são de tal monta que chegam a suplantar os PIBs acumulados de vários países. Caso deslocados para fins de construção, tais recursos poderiam, em curto espaço de tempo, por fim a praticamente todas as mazelas de ordem social que aviltam a dignidade e tanto enfeiam a paisagem humana de nossos tempos.

Compreendido como “Sim à Paz”, o “ Não à guerra” implica na imediata paralisação das atrocidades cometidas nos campos de batalha. Em mesas de negociações que proporcionem consensos entorno de questões apontadas como causa dos confrontos armados, pactos de não beligerância sob supervisão da Comunidade das Nações, representada, naturalmente, por uma ONU fortalecida e respeitada pelos Estados membros. Poderá alguém argumentar, face ao que está sendo lido, que tudo isso é irrealizável. Não passa de Utopia. O contra-argumento, caldeado na esperança, este impulso heroico da alma, enfatiza que as utopias são necessárias para quebrar a aridez de momentos adversos da aventura humana.

A mensagem dos Pontífices precisa ser ouvida. “Não à guerra” com seu cortejo de horrores!

Gaza, uma mega tragédia.



*Cesar Vanucci


“Imagens de pessoas buscando ajuda é de partir o coração” (Comunicado da ONU)

 





O que se desenrola em Gaza, na percepção humanista e espiritual, é um medonho capítulo da história contemporânea. Uma tragédia humanitária que envergonha a espécie. As cenas doridas da guerra sem quartel, diuturnamente trazidas aos olhares do mundo, já não mais sustentam o argumento, compreensivelmente acolhido no inicio, de que a reação israelense contra o traiçoeiro e desvairado ato terrorista teria que ser de implacável vigor.

O que não vem faltando, por outro lado, são pressões da comunidade internacional para que se abra uma trégua no insano conflito, que já dizimou mais 54 mil pessoas e deixo 153 mil feridos. O clamor erguido pede o fim dos bombardeios indiscriminados, contínuos, contra multidões de palestinos desarmados e acuados que vagueiam por escombros sem ter para onde ir e à espera de ajuda em alimentos e remédios que demoram muito a chegar.

Como a imprensa de Tel-aviv tem registrado, refletindo o sentimento da própria sociedade israelense, um morticínio, a destruição de hospitais, escolas e abrigos, o drama das crianças e adultos esfaimados, tudo isso representa uma mancha moral na historia de uma Nação ciosa de sua cultura humanística e tradições espirituais. Mas, como se pode ver, os radicais que hoje comandam os destinos políticos de Israel não querem favorecer em nada ao que a ONU e mais de uma centena de países recomendam neste preciso momento: pausa bélica, libertação dos reféns, diálogo para se chegar à paz, criação de condições propícias para que em Gaza e na Cisjordânia se instale vez pra sempre, a Pátria Palestina e, logicamente, com ajuda internacional a reconstrução de tudo que foi destruído.

A coexistência, lado a lado, do Estado de Israel e do Estado da Palestina na Terra Santa, berço espiritual do Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, é sonho alimentado por centenas de milhões em todas as partes do planeta. Os que se opõem intransigentemente a essa generosa ideia compõem ferozes e fanatizados núcleos fundamentalistas, de pensamento ideológico oposto. São os grandes responsáveis pela contenda interminável que ensanguenta o mais Sagrado dos Solos. As divergências irracionais por eles fomentadas colocam em relevo que uma das partes litigantes pretende riscar o Estado do Israel do mapa, enquanto a outra parte não aceita, definitivamente, a existência do Estado da Palestina. Tão insanas divergências são repelidas, logicamente, pelos ditames democráticos e postulados humanísticos que dão suporte à evolução civilizatória.

Nos próximos dias, o Brasil vai coordenar grupo de trabalho da Cúpula da ONU, em NY, sobre a Palestina. Pouco antes a questão foi debatida em Madri, por coalizão de países de vários continentes, com a participação do Ministro Mauro Viera, do Itamaraty.

Jornalista Cantonius1@yahoo.com.br

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Festival internacional de sandices

Cesar Vanucci

“Você está demitido” (Bordão empregado por Donald Trump em “O Aprendiz”)

 



De onde mais se espera chega novo e espalhafatoso registro para o Festival de Sandices que assola nossa Aldeia Global. O noticiário nosso de cada dia, relata em tom de perplexidade, que o inefável Trump está propenso a adotar iniciativa moldada no estilo dos reality shows. Pretende abrir inscrições para que “candidatos à deportação” participem de competição onde o prêmio oferecido ao vencedor é a cidadania estadunidense. A grotesca disputa obedeceria, conforme o Jornal Britânico "Daily Mail", o seguinte roteiro: 12 imigrantes começariam os jogos chegando de barco em uma ilha na foz do Rio Hudson; percorreriam, depois, outras regiões dos EUA, num trem chamado “The American”, nome do bizarro programa. Durante o percurso enfrentariam desafios típicos americanos: garimpagem de ouro em São Francisco; rolamento de troncos em Wisconsin; preparação de pizzas em NY; montagem de chassi de um Ford T em Detroit. O ganhador será agraciado com título de cidadania em Washington. Os responsáveis pela execução do escalafobético projeto afiançam que a proposta não se assemelha ao filme “Jogos Vorazes". Explicam: “Não é como se disséssemos: 'Ei, se você perder, vamos te mandar embora de barco para fora do país.” A promoção congrega equipe especializada em programas de audiência do gênero reality. O Presidente dos EUA mostra-se empolgado com a ideia. Seja lembrado que sua projeção na vida política, deve-se muito à condição ostentada no passado como apresentador de shows onde os participantes competiam por uma vaga em uma de suas empresas. Intrigava o telespectador a forma rude do jargão utilizado para defenestrar perdedores: "You're fired", em português, "Você está demitido". O espanto causado em escala global pelo fato noticiado chega a ser compartilhado até pelos próprios partidários de Trump. No ver de alguns analistas, tendo em vista o caráter imprevisível e as excentricidades inerentes á personalidade do Chefe da Casa Branca, não seria de se surpreender que ele, em dado momento, resolvesse desistir da proposta, para retomá-la logo adiante. Tá danado...

  

2. Questões de suma importância social, econômica e política aguardam agendamento, em fila de espera na Câmara dos Deputados, para apreciação e votação. Entre elas, Regulação da Internet; implementação de Sistema Nacional de Segurança; isenção do I.R para assalariados de até 5 mil reais. Enquanto isso, atraídos pelo alvoroço do apatetado modismo dos “Bebês Renascidos”, vejam só o que alguns deputados andam aprontando! Protocolaram projetos que: A) multa a quem use os “Reborns” para obter vantagens em filas preferenciais; B) impeça atendimento médico aos “Bebês”; C) garanta assistência psicossocial aos “pais dos bonecos”. Falta do que fazer!

                                              ou ....

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Culpa no cartório

 Situação e oposição travam batalha de versões sobre fraude do INSS

Situação e oposição travam batalha de versões sobre fraude do INSS

Foto: Marcello Casal Jr | Agência Brasil

                                       
*Cesar Vanucci
“As fraudes começaram em 2019.” (Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz)

Situação e oposição travam renhida batalha de versões com foco na escabrosa maracutaia do INSS. Uma e outra fazem de tudo, nas tribunas parlamentares, imprensa e redes sociais para imputar culpa ao adversário. Ambos, de certo modo têm razão. Ao que mostram as investigações da Polícia Federal e CGU, as fraudes foram implantadas no governo Bolsonaro, que nada fez para reprimi-las, apesar dos alertas recebidos. Tiveram continuidade no governo Lula que pecou pela demora em coibi-las. Já está bem documentada, nas investigações que agentes públicos inidôneos, numa e noutra administração prevaricaram. Evidências também surgiram, nas averiguações, de que funcionários graduados dos dois governos contribuíram para que a sórdida tramoia pudessem atingir as dimensões alcançadas, por negligência, omissão, ineficiência, sem deixar de lado a participação direta na corrupção praticada.

Um personagem central no enredo criminoso, conhecido por careca, tinha como comparsas estelionatários já flagrados por corrupção durante a pandemia. Por tudo que veio a lume, tem-se como certo serem muitos e de tendências políticas opostas os elementos com boa culpa no cartório.

Viagem à China

Com relação à recente viagem à China, o presidente Lula acertou em cheio no que fez e errou lamentavelmente no que falou. O que fez: liderando comitiva de empresários e políticos, promoveu negociações bilaterais oportunas e que tendem a produzir resultados esplêndidos no intercâmbio comercial entre os dois países, parceiros nos Brics. Cabe acrescentar que os chineses já são os principais compradores de produtos brasileiros. De outra parte, vários acordos firmados irão beneficiar outros países latino-americanos, a saber: Argentina, Chile, Peru e Uruguai. O que falou: tentando explicar uma intervenção extra protocolar da primeira-dama Janja, num colóquio com dirigentes chineses, o chefe do governo brasileiro admitiu, falando aos jornais, haver solicitado de Xi Jinping a vinda ao Brasil de funcionário de alta confiança para colaborar na formatação de regulamento das redes sociais com ênfase para a plataforma Tik Tok. A estranheza por tal procedimento nasce da circunstância de que o regime autoritário da China não se mostra apto, evidentemente, a formular regras para um país, como Brasil, onde vige regime democrático.

Panaquice 

Essa historia de bebê Reborn (Bebê Renascido) é típica do surto de maluquice que campeia solto na praça. É de molde a estarrecer e deixar constrangida a própria “Barbie”. Enquadra-se no rol daqueles episódios que proliferam nas redes sociais e que passam às pessoas comuns a incômoda sensação de que uma leva de seres com um parafuso a menos na cabeça foi despejada de repente na terra, vinda de lugar incerto e não sabido.

 

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

 

terça-feira, 13 de maio de 2025

Construção de pontes e paz desarmante.



*Cesar Vanucci

“A igreja ilumina as noites do mundo” (Papa Leão XIV)


 


No segundo dia do Conclave, no auge da emoção, o mundo inteiro presenciou a cena histórica, tão aguardada, da fumaça branca expelida pela chaminé da Capela Cistina, no Vaticano, anunciando a escolha pelo Colégio Cardinalício do sucessor de Francisco, o Papa da alegria Evangélica. A indicação do Cardeal Robert Francis Prevost à Cátedra de Pedro foi rodeada de forte simbolismo, repleto de bons augúrios.

De nacionalidade estadunidense, assumindo a liderança da Igreja Católica aos 69 anos, o Sumo Pontífice tomou o nome de Leão XIV. Deixou claramente enunciada, já nas primeiras falas, a disposição de manter incólume a ação missionária desenvolvida por seu antecessor, calcada no Evangelho segundo Jesus Cristo. Prevost foi ordenado Sacerdote em Roma pela  Ordem de Santo Agostinho, no ano de 1982. Seu trabalho apostólico, por mais de duas décadas, como Pároco e Bispo, foi vivenciado nas regiões andinas do Peru. Naquelas paragens conviveu com a gente mais humilde da população, lavradores e índios, travando contato com problemas sociais dramáticos. O Padre discreto e de hábitos simples, teólogo de reputação mundial, poliglota, Prior da Congregação Agostiniana, respeitado pelas posições em defesa dos postulados cristãos, exigiu num determinado momento, do ditador Fujimori, que se desculpasse pelas arbitrariedades cometidas contra o povo peruano. Sua atuação levou-o, por convocação de Francisco, a uma função relevante na Cúria Romana, já aí então como Cardeal.

Chamou a atenção, encantando multidões o fato de Leão XIV, expressando-se em espanhol enfatizar vinculação afetiva com o Peru, pais que lhe concedeu uma segunda nacionalidade. De outra parte, o nome   escolhido por Prevost para identificar seu pontificado trouxe à memória coletiva a lembrança de que Leão XIII, Papa de vanguarda notabilizou-se como autor da “Rerum Novarum”,  encíclica basilar na construção da Doutrina Social Católica. Outra referencia digna de nota no roteiro de vida de Leão XIV é sua condição de migrante, bastante emblemática nesses tempos de rançosos preconceitos étnicos.

A visão social e missionária do novo Papa acha-se expressa nas frases abaixo.

Devemos buscar juntos como ser uma Igreja missionária que constrói pontes, dialoga, sempre aberta para receber com braços abertos a todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do diálogo e do amor, unindo-nos todos para sermos um só povo, sempre, em paz.” // “Essa é a paz de Cristo ressuscitado, uma paz desarmada, uma paz desarmante, humilde e perseverante, que provém de Deus, que nos ama a todos, incondicionalmente.” // Dirijo-me aos grandes do mundo, fazendo o apelo sempre atual: guerra, nunca mais!" // “A igreja ilumina as noites do mundo”.


"Como um farol"



Jornalista (cantonius1@yahoocom.br) 




A SAGA LANDELL MOURA

O Amor, segundo Einstein

    *Cesar Vanucci “O Amor é Deus e Deus é Amor” (Albert Einstein)   No final dos anos 80, Lieserl, a filha do célebre Albert Eins...