quarta-feira, 21 de maio de 2025

Culpa no cartório

 Situação e oposição travam batalha de versões sobre fraude do INSS

Situação e oposição travam batalha de versões sobre fraude do INSS

Foto: Marcello Casal Jr | Agência Brasil

                                       
*Cesar Vanucci
“As fraudes começaram em 2019.” (Ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz)

Situação e oposição travam renhida batalha de versões com foco na escabrosa maracutaia do INSS. Uma e outra fazem de tudo, nas tribunas parlamentares, imprensa e redes sociais para imputar culpa ao adversário. Ambos, de certo modo têm razão. Ao que mostram as investigações da Polícia Federal e CGU, as fraudes foram implantadas no governo Bolsonaro, que nada fez para reprimi-las, apesar dos alertas recebidos. Tiveram continuidade no governo Lula que pecou pela demora em coibi-las. Já está bem documentada, nas investigações que agentes públicos inidôneos, numa e noutra administração prevaricaram. Evidências também surgiram, nas averiguações, de que funcionários graduados dos dois governos contribuíram para que a sórdida tramoia pudessem atingir as dimensões alcançadas, por negligência, omissão, ineficiência, sem deixar de lado a participação direta na corrupção praticada.

Um personagem central no enredo criminoso, conhecido por careca, tinha como comparsas estelionatários já flagrados por corrupção durante a pandemia. Por tudo que veio a lume, tem-se como certo serem muitos e de tendências políticas opostas os elementos com boa culpa no cartório.

Viagem à China

Com relação à recente viagem à China, o presidente Lula acertou em cheio no que fez e errou lamentavelmente no que falou. O que fez: liderando comitiva de empresários e políticos, promoveu negociações bilaterais oportunas e que tendem a produzir resultados esplêndidos no intercâmbio comercial entre os dois países, parceiros nos Brics. Cabe acrescentar que os chineses já são os principais compradores de produtos brasileiros. De outra parte, vários acordos firmados irão beneficiar outros países latino-americanos, a saber: Argentina, Chile, Peru e Uruguai. O que falou: tentando explicar uma intervenção extra protocolar da primeira-dama Janja, num colóquio com dirigentes chineses, o chefe do governo brasileiro admitiu, falando aos jornais, haver solicitado de Xi Jinping a vinda ao Brasil de funcionário de alta confiança para colaborar na formatação de regulamento das redes sociais com ênfase para a plataforma Tik Tok. A estranheza por tal procedimento nasce da circunstância de que o regime autoritário da China não se mostra apto, evidentemente, a formular regras para um país, como Brasil, onde vige regime democrático.

Panaquice 

Essa historia de bebê Reborn (Bebê Renascido) é típica do surto de maluquice que campeia solto na praça. É de molde a estarrecer e deixar constrangida a própria “Barbie”. Enquadra-se no rol daqueles episódios que proliferam nas redes sociais e que passam às pessoas comuns a incômoda sensação de que uma leva de seres com um parafuso a menos na cabeça foi despejada de repente na terra, vinda de lugar incerto e não sabido.

 

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

 

Nenhum comentário:

A SAGA LANDELL MOURA

O Amor, segundo Einstein

    *Cesar Vanucci “O Amor é Deus e Deus é Amor” (Albert Einstein)   No final dos anos 80, Lieserl, a filha do célebre Albert Eins...