sábado, 1 de outubro de 2022

Giro pelo noticiário

 

Giro pelo noticiário

*Cesar Vanucci

“Mulheres iranianas saem às ruas em protesto contra a repressão aos seus direitos, imposta pelos Aiatolás” (Do Noticiário nosso de cada dia).

 

1) Direitos femininos espezinhados.

Discursando na ONU, o Presidente Joe Biben, dos Estados Unidos verberou com palavras cáusticas, apoderado de justa indignação, a atuação dos aiatolás do Irã pela virulenta opressão aos direitos femininos. Tomou por base, entre outras situações gravosas, a ação truculenta da policia de costumes daquele país que resultou na morte de uma jovem de 22 anos pelo “crime” de uso inadequado do véu para cobrir o rosto. Como amplamente noticiado a brutal ocorrência deflagrou reações no citado país com grupos significativos de mulheres bradando nas ruas seu inconformismo, despojando-se dos véus, cortando os cabelos num desafio aberto aos “guardiões da moral” responsáveis pelo “recato e pureza” de hábitos de suas subjulgadas compatriotas.

Até a semana passada a ação policial iraniana já contabilizava vinte seis mortos e centenas de prisões.   Em numerosos países, por sinal, vem sendo registradas tempestivas reações contra os abusos praticados em terras iranianas por conta da fanatice machista religiosa. Com relação a esse fato há um registro a mais a deplorar: a situação de submissão imposta às mulheres na Arábia Saudita (e também no Paquistão, para citar mais um exemplo) é tão ou mais revoltante do que daquilo que acontece no Irã. Causa espécie a circunstancia dessas violações a direitos tão legítimos não serem, hora alguma, igualmente criticadas, como aconteceu agora no tocante ao Irã, na mesma tribuna da ONU. A clamorosa omissão pode ser “explicada” por espúrias conveniências geopolíticas e econômicas. A Arábia Saudita, país de feição medieval, como alguns outros da orbita islâmica, desponta do cenário internacional como detentora de imensuráveis reservas petrolíferas exploradas em consórcios com as grandes companhias ocidentais que atuam nesse rendoso setor.

 2)Aquecimento global

O secretario Geral da ONU, Antônio Guterrez vem advertindo seguidamente os países membros da entidade acerca dos riscos progressivos na escalada, até aqui sem controle, do aquecimento global. Tem explicado, valendo-se de pesquisas idôneas que o adelgaçamento da camada de ozônio, a devastação florestal, os degelos, as diversas modalidades de crimes ambientais detectados mundo afora são fontes geradoras de pandemias, de escassez de alimentos, de condições climáticas desfavoráveis à saúde e, por conseguinte de pobreza aguda, desnutrição e fome, desigualdades sociais gritantes, ameaças de toda ordem à sobrevivência humana. As sensatas advertências ao que tudo parece não vêm sendo levadas a sério por boa parte das lideranças. Um significativo exemplo desse interesse minguado pelas palpitantes questões aventadas por Guterrez é dado aqui mesmo em nossos pagos, quando porta-vozes governamentais asseguram, enfaticamente, que a devastação florestal e a fome são pura falácia...

 3) FHC

Fernando Henrique Cardoso quebra o silêncio.  Fala pouco e diz tudo. Em curta, sensata e incisiva mensagem, sem citar nomes, sequer o da candidata Simone Tebet, apoiada por seu partido (PSDB), conclama os eleitores a votarem em 2 de outubro em pretendentes a cargos eletivos compromissados com a democracia, com os direitos fundamentais e com disposição para combater as desigualdades sociais, a miséria, a fome e os crimes ambientais

 4)Recado

Recado para relientos de carteirinha de todos os matizes: aproveitem, restam poucos dias pra vocês espinafrarem, discutir, produzir desavenças com familiares, virar a cara para amigos, hostilizar desconhecidos, enfim promover fuzuê com xingamento de mãe, entrar em briga aberta com o mundo por causa da política.

 

                            Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)

 

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