*Cesar Vanucci
“Queremos
resolver o problema o mais rápido possível” (Vice-Presidente Alckmin)
Avaliada
pelo prisma Jurídico-legal a questão mostra-se plenamente equacionada, como
não? A manobra de Trump, definida por seu compatriota, Paul Krugman, Nobel de economia, como maligna chantagem, não
surtiu os efeitos desejados. A consciência cívica de nossa gente soube reagir,
no tom de indignação adequado, diante da subversiva proposta para paralisação do
julgamento dos golpistas, a exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos em
circunstâncias análogas, onde o mentor do ataque às instituições democráticas
não foi julgado e permanece impune.
Um
país cioso de sua soberania, de vivência democrática pujante, que nem o Brasil,
não pode, obviamente, curvar-se a imposições externas abomináveis que alvejem os
sagrados valores que enobrecem a nacionalidade.
É
sumamente confortador perceber que, à volta do caso em tela, agigantou-se no
seio da opinião pública um magnífico coral de vozes afirmativas, com
manifestações solidarias de outras partes do mundo, contrariamente a essa solerte
interferência nas atividades políticas brasileiras. Neste formidável coral só não
estão representados alguns grupos minoritários intoxicados de fanatismo
ideológico ou pela síndrome da “viralatice”. Houve até quem, não se vexasse em
expressar opinião com boné na cabeça
contendo palavra de ordem do “xerife” da Casa Branca.
Bem
assimilado no sentimento nacional o conceito de que a questão do julgamento dos
conspiradores brasileiros não se apresta a negociações, o que resta agora é
pelas vias corretas da diplomacia, estabelecer conversações maduras e civilizadas
em torno do malsinado tarifaço. É o que alias fazem neste preciso momento
dezenas de países “aquinhoados” com taxas exageradas sobre seus produtos sem,
todavia, a pérfida motivação política constante da “carta” enviada ao Brasil. O
dialogo será o instrumento utilizado na busca de uma solução harmoniosa, se
possível para essa pendência nascida de arroubo maluco. O governo dispõe
regulamentada e concedida pelo congresso, a chamada “Lei da Reciprocidade”.
Esgotadas as possibilidades de equacionamento do problema através de contatos
diplomáticos e empresariais, expendidos à exaustão, o Brasil não hesitará em
aplicar os dispositivos legais ao alcance. A construção do esquema de
negociação, sob a coordenação do Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, vem sendo meticulosamente
estruturada. As classes produtoras foram chamadas a participar dos
entendimentos e se mostram confiantes de que se possa ser firmado um consenso
verdadeiramente representativo do pensamento Nacional relativo ao assunto. Soa de
forma dissonante o comportamento do Governador Tarcisisio de Freitas tentando pegar
carona com fitos eleitoreiros, na agenda em debate, o que é criticado até mesmo
pelo Clã bolsonarista. Vejam só.
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
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