terça-feira, 15 de julho de 2025

A solução é o diálogo, sem chantagem.


 

*Cesar Vanucci

 

“Queremos resolver o problema o mais rápido possível” (Vice-Presidente Alckmin)

 

 

Avaliada pelo prisma Jurídico-legal a questão mostra-se plenamente equacionada, como não? A manobra de Trump, definida por seu compatriota, Paul Krugman, Nobel de economia, como maligna chantagem, não surtiu os efeitos desejados. A consciência cívica de nossa gente soube reagir, no tom de indignação adequado, diante da subversiva proposta para paralisação do julgamento dos golpistas, a exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos em circunstâncias análogas, onde o mentor do ataque às instituições democráticas não foi julgado e permanece impune.

Um país cioso de sua soberania, de vivência democrática pujante, que nem o Brasil, não pode, obviamente, curvar-se a imposições externas abomináveis que alvejem os sagrados valores que enobrecem a nacionalidade.

É sumamente confortador perceber que, à volta do caso em tela, agigantou-se no seio da opinião pública um magnífico coral de vozes afirmativas, com manifestações solidarias de outras partes do mundo, contrariamente a essa solerte interferência nas atividades políticas brasileiras. Neste formidável coral só não estão representados alguns grupos minoritários intoxicados de fanatismo ideológico ou pela síndrome da “viralatice”. Houve até quem, não se vexasse em expressar  opinião com boné na cabeça contendo palavra de ordem do “xerife” da Casa Branca.

Bem assimilado no sentimento nacional o conceito de que a questão do julgamento dos conspiradores brasileiros não se apresta a negociações, o que resta agora é pelas vias corretas da diplomacia, estabelecer conversações maduras e civilizadas em torno do malsinado tarifaço. É o que alias fazem neste preciso momento dezenas de países “aquinhoados” com taxas exageradas sobre seus produtos sem, todavia, a pérfida motivação política constante da “carta” enviada ao Brasil. O dialogo será o instrumento utilizado na busca de uma solução harmoniosa, se possível para essa pendência nascida de arroubo maluco. O governo dispõe regulamentada e concedida pelo congresso, a chamada “Lei da Reciprocidade”. Esgotadas as possibilidades de equacionamento do problema através de contatos diplomáticos e empresariais, expendidos à exaustão, o Brasil não hesitará em aplicar os dispositivos legais ao alcance. A construção do esquema de negociação, sob a coordenação do Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, vem sendo meticulosamente estruturada. As classes produtoras foram chamadas a participar dos entendimentos e se mostram confiantes de que se possa ser firmado um consenso verdadeiramente representativo do pensamento Nacional relativo ao assunto. Soa de forma dissonante o comportamento do Governador Tarcisisio de Freitas tentando pegar carona com fitos eleitoreiros, na agenda em debate, o que é criticado até mesmo pelo Clã bolsonarista. Vejam só.

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Nenhum comentário:

A SAGA LANDELL MOURA

O Amor, segundo Einstein

    *Cesar Vanucci “O Amor é Deus e Deus é Amor” (Albert Einstein)   No final dos anos 80, Lieserl, a filha do célebre Albert Eins...