*Cesar Vanucci
“Os Palestinos poderão olhar para
o futuro sem o Hamas no poder.” (Joe Biden, na ultima fala presidencial.)
No
apagar das luzes do governo Biden e no alvorecer do governo Trump, o mundo lê e
ouve noticia ardentemente esperada: a guerra em Gaza acabou! Há quem,
pertinentemente, indague: será que acabou mesmo? A trégua anunciada durará até
quando? Acordos celebrados no passado, nessas intermináveis contendas que
ensanguentam há décadas a Terra Santa, desembocaram em irremediáveis
frustrações. Seja como for, trata-se de noticia auspiciosa. O cessar-fogo
temporário firmado no Catar interrompe uma luta fratricida que exterminou
milhares de vidas preciosas entre palestinos, quase 50 mil; israelitas,
aproximadamente 2 mil; libaneses, presumivelmente mais de 2 mil; além de centenas
de jornalistas , voluntários de ONGs e agentes de saúde da ONU, Cruz Vermelha e
Médicos Sem Fronteiras. Nos 15 meses de duração do conflito, desencadeado a
partir do ato terrorista do Hamas, mais de 200 cidadãos do Estado de Israel
foram mantidos como reféns. Muitos deles foram mortos nos bombardeios. Gaza ficou
reduzida a ruínas, por onde vagueiam sem rumo, desesperados, milhões de
criaturas. O Líbano sofreu pesadas perdas, Israel foi atacado por foguetes e
algumas escaramuças, com riscos de confronto mais sério, ocorreram entre Israel
e Iran. Nesse meio tempo, traduzindo o horror que a guerra produz na
consciência humana, a Corte Internacional de Haia expediu veredicto implacável
contra as lideranças das partes contendoras, condenando dirigentes de Hamas e
de Israel por crimes de lesa-humanidade.
2)
Odisseia no espaço - Muito além, pendurada na imensidão azul do
céu, a estação espacial internacional movimenta-se a distância inalcançável
pela visão humana. Dentro dela dois astronautas da NASA, um homem e uma mulher,
aguardam ansiosos a chegada de uma nave que possa trazê-los, sãos e salvos, de
volta à base em que teve inicio sua odisseia, que deveria ter sido concluída no
prazo de uma semana. O que aconteceu ficou inteiramente fora do que tinha sido
planejado. Imprevisível avaria nos instrumentos de navegação da nave espacial Starliner, da Boeing, inviabilizou
o retorno de ambos por motivo de segurança. Desde junho passado,
“intermináveis” dias transcorridos, os cosmonautas esperam pelo resgate, que poderá
ocorrer, se tudo der certo, no mês de março vindouro. Mesmo sabendo que eles
são cientistas altamente qualificados, técnica e emocionalmente para a aventura
espacial vivida, pomo-nos a imaginar o quão angustiante não estará sendo o
estado de espírito de Butch Wilmore e Suni Williams diante das
noticias que lhes são, naturalmente, transmitidas a respeito dos preparativos,
das providencias que cá embaixo vêm sendo febrilmente tomadas no sentido do tão
aguardado resgate.
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br )
Nenhum comentário:
Postar um comentário