Luiz
Carlos Abritta
Cesar Vanucci
“A
morte é a curva da estrada.”
(Fernando
Pessoa)
O poeta Fernando Pessoa, volta e meia citado pelo Abritta nas sessões literárias da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, explica assim o fenômeno da morte: “A morte é a curva da estrada. Morrer é só não ser visto.”
O
inesquecível companheiro Luiz Carlos Abritta, que passou a não mais ser visto
na curva da estrada, vai fazer baita falta nas áreas da militância do oficio
das letras e das artes. Na caminhada cultural, por vezes extenuante, mas sempre
reservando compensadoras descobertas aos caminhantes, poucos como ele. Poucos
com sua incomum capacidade para multiplicar-se em afazeres relevantes e
tocá-los com eficiência a um só tempo. Em cintilante trajetória como Procurador
de Justiça e cidadão de exemplar conduta, provido de apreciável conhecimento
das coisas da vida, o ilustre personagem soube aliar à condição de intelectual
brilhante à de exímio gestor executivo de bens culturais. Na Amulmig, de que
era presidente emérito, e no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais,
que vinha presidindo, com a competência costumeira, deixa marcas inapagáveis de
labor criativo. Sua obra literária abrangendo narrativas envolventes e versos
primorosos, asseguram-lhe inclusão na galeria das celebridades festejadas pelo
mundo cultural das Gerais.
A seguir,
uma pequena amostra da sugestiva obra poética do saudoso Abritta, aclamado
trovador.
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