*Cesar Vanucci
“A soberania do Brasil não pode, não
deve e jamais será vilipendiada, negociada
ou extorquida”. (Ministro Alexandre de Moraes)
Efervescência política na mais elevada potência. É o que promete o mês
de setembro de 2025. Uma etapa em que lances importantíssimos da História contemporânea
desfilarão diante de nossos olhares atentos, a tempo e a hora, ao vivo e a
cores.
O julgamento da trama golpista flagrando, no banco dos réus um ex-chefe
de Estado e militares de alta graduação, está atraindo atenções no mundo
inteiro.
Dos
500 jornalistas credenciados para a cobertura do acontecimento, 1/5 são da
imprensa estrangeira. Nunca, em tempo algum, assuntos relevantes da vida
brasileira suscitaram, lá fora, tamanho interesse. Cabe ressaltar, a propósito o
seguinte: o noticiário sobre o Brasil, nos periódicos dos EUA, vem sendo na
atualidade bem mais amplo do que em tempos passados. Os holofotes da mídia
estão focados nas temáticas da intentona e da chantagem do tarifaço. O que se
observa, alvissareiramente, nas informações, comentários, depoimentos são abordagens
simpáticas aos posicionamentos assumidos pelo nosso país com relação às
questões enunciadas. Dois Prêmios Nobel e outras figuras de realce nas
atividades intelectuais, políticas e jurídicas dedicaram palavras de apoio ao
nosso país, face às ameaças vindas da Casa Branca. Já houve mesmo quem dissesse
com todas as letras, pontos e vírgulas, que o Brasil está dando uma lição de
democracia aos EUA e ao mundo, com o julgamento, já que a tentativa de golpe
promovida quando da eleição de Biden, ficou sem a resposta institucional devida.
Os responsáveis pelo atentado antidemocrático, inclusive seu mentor, não foram criminalizados,
como sabido, pela Justiça da grande Nação do norte. Exatamente o contrário do
que ocorreu aqui, em situação análoga.
Julgamento
em curso, já concluídas a essa altura as sustentações orais da acusação e das
defesas dos réus, fica-se agora na expectativa do veredicto. Nos dias
vindouros, após análises das preliminares arguidas, os 5 Ministros da 1º Turma do
STF darão a conhecer seus votos. A serem levadas em conta as esmagadoras provas
colhidas contra os acusados, a decisão condenatória marcará, fatalmente, o
epílogo da historia. Chamou a atenção nos arrazoados da defesa, a circunstância
de todos eles admitirem a existência do complô antidemocrático, mas negando sua
participação pessoal. Numa das manifestações chegou-se até a ser dito que o réu
esforçou-se por dissuadir Bolsonaro, nas confabulações da conjura, de adotar as
medidas de exceção cogitadas.
Enquanto
isso, em Washington e Brasília, falsos patriotas e seguidores radicais dos
conspiradores contra o a Democracia brasileira articulam ruidosas e desagregadoras
ações na tentativa, mais uma vez, de desacreditar o Brasil e as instituições republicanas.
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
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