sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

 

Seja bem-vinda

 Cesar Vanucci


“Vacinação ampla, geral e irrestrita, sem qualquer perda de tempo, já!”

(Antônio Luiz da Costa, educador)

Ave, vacina, no morituri te salutant! Os que não vão morrer a saúdam. Os que não querem morrer de coronavírus celebram sua chegada.

Só não a recepcionam, efusivamente, com ruidosos festejos de rua, por causa da prudência e cautelas recomendadas pelos órgãos de saúde pública nesta hora de aflições e sofrimento. Os riscos das aglomerações inconvenientes fiquem eles para os incautos e os insensatos. Para os negacionistas enfermiços. Para os fanáticos talebanistas que usam as redes sociais espalhando falsas e contaminantes informações. Informações que, nascidas de supina ignorância, politiquice barata e notória má-fé, buscam justamente contestar a abalizada fala da Ciência responsável pela criação da vacina. A rejeitar os benefícios que ela, Ciência, assegura existirem na aplicação das doses do medicamento a ser distribuído, segundo tudo faz crer, gratuitamente e de forma massiva à gente do povo. Os argumentos empregados pelos que se opõem à vacinação são estrondosamente ridículos, mas, pelo visto, há quem os absorva, insensíveis ao bom senso e à lógica natural das coisas.

A picada da agulha no braço da enfermeira paulista, que simbolicamente inaugurou a campanha de imunização pública, foi sentida também nos braços de todas as pessoas que, diante da tevê, acompanharam o histórico ato. Lamente-se que tenha sido ato vivenciado com algum atraso. Não podemos deixar de considerar certas circunstâncias. O Brasil é o 5º país mais populoso do mundo. Ocupa, nas estatísticas mortíferas da pandemia, indesejável segundo lugar no registro de óbitos e infecções. Anunciando agora a implantação da vacinação em massa é o 55º a utilizar esse instrumento terapêutico na tentativa de refrear a marcha do flagelo.

A Anvisa autorizou o uso emergencial das vacinas contra o coronavírus produzidas no Butantan (CoronaVac) e na Fundação Oswaldo Cruz (Oxford-AstraZenica). A decisão unânime tomada pelos seus dirigentes trouxe sensação de alivio muito grande no seio da comunidade. Não se pode deixar de ressaltar que as manifestações dos dirigentes da agência controladora foram precisas e bastante elucidativas. A eficácia da medicação aprovada foi abundantemente documentada. Na complementação dos votos, os técnicos fecharam questão num ponto. Tirante a vacinação, não existe, em lugar algum, qualquer outra fórmula medicamentosa disponível, aceita pela ciência, que possa, comprovadamente, proporcionar efeitos terapêuticos positivos no enfrentamento da pandemia. Deixaram categoricamente expresso também que as medidas preventivas determinadas por cientistas e profissionais da saúde, mesmo com a vacinação em massa, até segunda ordem, carecem ser seguidas à risca. O sistema de reclusão social, na forma continuamente sugerida, deve ser rigorosamente observado por todo mundo. É parte indissociável do processo.

Com a vacinação uma onda de transbordante esperança percorre lares, ruas, hospitais, consultórios. Conhecedores da competência do SUS em campanhas desse gênero, esperamos, confiantes que tudo funcione, no esquema traçado, a pleno contento, atendendo ao sagrado interesse nacional. As autoridades competentes estão no dever indeclinável de promover um trabalho que corresponda às expectativas generosas da sociedade. Um trabalho que, em fase alguma do curso estabelecido, possa ser maculado por episódios aterrorizantes, como os mostrados nas imagens de Manaus, onde a irresponsabilidade e a insensibilidade social se deram as mãos pra fabricar caos.

Um comentário:

Orlando de Almeida disse...

Boa tarde mestre e amigo César

Vacinação já, no seu blog, é um exemplo de cidadania a ser seguido por todos que precisam acreditar no conhecimento científico e não no sinistro general da saúde que destinou recursos para o combate a pandemia na compra de cloroquina, medicamento que foi vetado por cientistas dele fizo mundo inteiro. E que já causou a morte de e várias pessoas que dele fizeram uso.
Abraço
Orlando de Almeida

A SAGA LANDELL MOURA

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