*Cesar Vanucci
“A religião não é de Bolsonaro, nem de Lula, é de
Deus.”(Dep. Otoni de Paula.)
1)
No segundo tempo das eleições municipais o olhar das pessoas está fixado no placar das
apurações procedidas com invejável celeridade e eficiência pela Justiça
Eleitoral. Dentro de breves horas os milhões de eleitores chamados às urnas em
51 municípios brasileiros, várias capitais entre eles, ficarão conhecendo os
nomes dos encarregados, pela soberana voz popular, de conduzir seus destinos
político-administrativos pelo próximo quatriênio. A corrida eleitoral revela-se
eletrizante. Em alguns lugares, o páreo promete ser decidido no “olho
eletrônico”. A aspiração dos lares e das ruas é de que tudo transcorra dentro
da mais completa normalidade, com as discórdias e desavenças que estrugiram na
campanha, inerentes a disputas políticas, sejam arremessadas pra fora do campo
democrático. Dos vitoriosos e dos derrotados espera-se que se comportem, na
alegria do triunfo ou na experiência frustrada, à altura da grandeza cívica que
o momento eleitoral representa na historia democrática.
2)
A cúpula do BRÍCS, reunida na Rússia, aprovou uma nova categoria de países
membros, enquadrados como parceiros. O Governo Brasileiro se opôs, sensatamente,
à inclusão da Venezuela e Nicarágua. O posicionamento, ditado por Lula, que não
pode comparecer ao encontro, foi acatado pelos demais integrantes do grupo,
China, Índia, Rússia e África do Sul.
3)
Transplante de órgãos infectados com HIV; imperícia em procedimentos
oftalmológicos levando pacientes à cegueira, tudo isso junto trouxe,
compreensivelmente, sobressalto e comoção no seio da sociedade. Os dramáticos
acontecimentos do Rio de Janeiro, Pará e Rio Grande do Norte são reveladores de
descaso e imprudência profissional, incompetência técnica, negligencia
gerencial e, como ficou também evidenciado, malversação do dinheiro público em
função de promiscuidade na relação de políticos com as políticas de saúde. Não
podem deixar de ser punidos, doa a quem doer, de forma exemplar. E há que se
cogitar também – como não? - em indenizações ás indefesas vítimas desses
processos vexaminosos que alvejaram em cheio a dignidade humana.
4)
O deputado Otoni de Paula, do MDB do Rio de Janeiro, pastor evangélico, foi
vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Participando
recentemente de evento ao qual esteve presente o presidente Lula, referiu-se
com simpatia aos programas sociais do atual governo. Recebeu palavras de
critica de alguns e de louvor de muitos ao afirmar, auto e bom som, o seguinte:
“a religião não é de Bolsonaro, nem de Lula; a religião é de Deus.”
Observadores traquejados da vida pública consideram bastante oportuna a
declaração, já que a confusão da prática política com a prática religiosa, duas
atividades nobres e edificantes, costuma provocar transtornos irreparáveis na
convivência social.
Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)
Um comentário:
Excelente reflexão
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