*Cesar Vanucci
“Taxa de juro irracional! COPOM joga contra os
interesses do País.” (Presidente Lula)
1)
Insensibilidade - eles fazem jus, no reconhecimento comunitário, a admiração
pelo mérito ostentado como especialistas em teoria econômica. Mas não estão,
pode se dizer, nem aí para os anseios da coletividade. Apoderados de embriagadora
autossuficiência, desviam sua atenção dos anseios das forças produtivas e
lideranças de segmentos importantes da sociedade. Em assim sendo, insistem
pirracentamente na manutenção da taxa Selic, de novo, em patamar desestimulante
ao empreendedorismo. A economia como um todo deu sinais promissores. A inflação
vem caindo. O dólar idem. O chamado risco Brasil vem decrescendo. O desempenho
da BOVESPA revela-se alentador. Investidores estrangeiros confessam-se
otimistas quanto às perspectivas oferecidas pelo país. Agencias de risco
avaliam com melhores notas a capacidade brasileira de absorver recursos para
sua expansão econômica. A fileira de itens positivos é extensa, porém isso em
nada contribui para que o COPOM altere sua disposição heterodoxa e reduza a taxa
básica de juros, mesmo sabedor de ser ela a segunda mais elevada do mundo,
atrás somente da Argentina, onde a inflação já ultrapassou os 100%. Esta mais
recente decisão do órgão prevalecerá até pelo menos o mês de agosto vindouro,
quando o COPOM voltará a se reunir, já que em julho é tempo de recesso
operacional.
Bastante compreensível o inconformismo detectado
em diferentes setores da vida nacional em face de mais essa manifestação de
insensibilidade. e bota insensibilidade nisso!
2)
Desenrola - promessa de campanha - por sinal igualmente
contemplada na plataforma eleitoral de Ciro Gomes -, o programa “Desenrola”,
lançado pelo Governo Lula, é iniciativa
merecedora, sem sombra de dúvida alguma, de aplausos. Consiste em ampla
renegociação das dívidas no valor de até R$ 5 mil das pessoas de baixa renda,
com credores bancários e comerciais, envolvendo a intermediação de órgãos
oficiais. O governo oferecerá às instituições financeiras incentivos em troca dos descontos que venham
a ser atribuídos aos devedores. Pelas previsões técnicas e administrativas 70
milhões de brasileiros deverão ser atendidos nesse esquema descrito em medida
provisória já aprovada pelo Congresso. O processo das renegociações de dividas
será desencadeado em setembro vindouro. Marcos Barbosa Pinto, Secretário de Reformas Econômicas do
Ministério da Fazenda explica: “Em julho, começa a ser feito o
cadastro dos credores. Uma condição para o cadastro será a desnegativação pelos bancos das dívidas
de até R$ 100. Em agosto,
haverá leilões dos créditos para definir aqueles que serão contemplados. Em
setembro, O desenrola estará disponível
para toda a população”.
3)
Julgamento - enquanto essas mal traçadas
linhas estão sendo datilografadas, desenrola-se no Superior Tribunal Eleitoral
o julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, acusado de ato
antidemocrático pela descabida convocação, em agosto passado, dos representantes diplomáticos de
outros países para comunicar-lhes o
caráter, segundo ele, fraudulento das eleições de outubro. O ex-presidente é
indiciado por suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de
comunicação. Observadores traquejados acreditam que o antigo mandatário da
nação possa vir a ser condenado no processo, com pena de oito anos de inelegibilidade.
São de opinião também que o candidato a vice na chapa de Bolsonaro, Braga Neto
seja excluído da lide. A propósito, o representante do Ministério Público, na
primeira sessão realizada, já propôs a exclusão. Vem sendo também admitida a
possibilidade de que em sessão vindoura algum Ministro solicite vista do
processo, o que retardará por algum tempo o veredicto.
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
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