terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Brasília, 1° janeiro de 2023.


 


                                                                                                     
  *Cesar Vanucci

                      “Democracia para sempre” (Presidente Luiz Inácio Lula da Silva)

A desvairada ofensiva do fanático grupelho político empenhado em minar as resistências do arcabouço democrático brasileiro malogrou estrepitosamente. As reações prontas e vigorosas dos segmentos verdadeiramente representativos da sociedade, inserida aí, naturalmente, a voz soberana e decisiva da gente do povo, rechaçaram com veemência as propostas e insinuações de se criar o caos pretendido pelos radicais de plantão. O Brasil democrático, cioso de suas prerrogativas republicanas e avesso a maquinações golpistas e extremismos de quaisquer matizes, disse um basta categórico as ações terroristas focadas na ruptura dos sagrados ditames constitucionais.

 Como benfazeja consequência do autentico sentimento nacional, o país e o mundo puderam presenciar, em assim sendo, a empolgante celebração cívica democrática do dia 1° de janeiro de 2023, realizado em Brasília ao ensejo da posse do Presidente e Vice-presidente eleitos para o quadriênio administrativo, num pleito que se timbrou por lisura impecável. Gigantesca multidão na Praça dos Três Poderes e milhões de brasileiros, em todos os quadrantes de nosso território continental acompanharam exultantes, todos os lances de um acontecimento histórico memorável com ressonância mundial iniludível. Nunca, na crônica política brasileira, uma sucessão presidencial foi vista pela comunidade internacional com tanta atenção e interesse. Brasília, centro do poder, jamais recebeu tantas delegações estrangeiras chefiadas pelas figuras de maior realce na atividade pública de cada país presente. O imponente ritual da cerimônia de posse propriamente dita e a programação que se seguiu de eventos festivos, com avultada participação graciosa de artistas famosos identificados com a causa democrática, vão ficar gravados para sempre na memória dos que compartilharam das emoções da data.

 Nos dois discursos feitos pelo Presidente Lula, um no Congresso, outro no parlatório da Esplanada miraram, como era de se imaginar, questões candentes da atualidade sofrida da população socialmente mais desguarnecida. O Presidente asseverou que irá dedicar a maior parcela de seu trabalho administrativo no sentido da reconstrução das políticas sociais desbaratadas em tempos recentes. Em tom emocionado afirmou que seu principal objetivo é acabar com a fome no Brasil. Disse que irá governar sem revanchismos, respeitando rigorosamente os preceitos democráticos, para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para os que nele votaram. Acrescentou: “Vou governar para todas e todos, olhando para nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um passado de divisão e intolerância. A ninguém interessa um país em permanente pé de guerra, ou uma família vivendo em desarmonia. É hora de reatarmos os laços com amigos e familiares, rompidos pelo discurso de ódio e pela disseminação de tantas mentiras”.

 Noutro trecho de sua alocução salientou: “Não existem dois brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação.” Lamentando que a desigualdade e a extrema pobreza voltaram a crescer, declarou que isso não se deve ao destino, nem é obra da natureza, nem da vontade divina. Aduziu: “A volta da fome é um crime, o mais grave de todos, cometido contra o povo brasileiro. A fome é filha da desigualdade, que é mãe dos grandes males que atrasam o desenvolvimento do Brasil. A desigualdade apequena este nosso país de dimensões continentais, ao dividi-lo em partes que não se reconhecem.”

 A fala presidencial abrangeu outros conceitos relevantes, exprimindo anseios de recolocação do país nas trilhas do desenvolvimento e do progresso.

Tudo que aconteceu de portentoso, inclusive a simbólica entrega da faixa presidencial por cidadãos do povo, significou  soberba resposta aos desatinos antidemocráticos.

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

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