quinta-feira, 30 de junho de 2022

 

Meio ambiente, Ambar, Trump

 

Cesar Vanucci

A Terra não precisa de nós –

 somos nós que precisamos dela”.

(Dal Marcondes, jornalista)

 

· O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na semana passada suscitou por algum tempo, como sempre acontece, debates e a circulação mais intensa de informações acerca das ações agressivas continuamente praticadas, em todas as partes, em prejuízo da vida pela insensatez do ser humano.  Soam oportunas, a propósito da candente temática essas reflexões do  Dal Marcondes, jornalista, diretor da Agência Envolverde, especialista em meio ambiente, mestre em modelagem de negócios digitais e conselheiro do ICLEI América do Sul:

“O planeta não precisa ser salvo, o que precisamos salvar é sua capacidade de seguir resiliente frente aos desatinos e desmandos da humanidade.

 

Desde os anos 1960 os sinais de que o meio ambiente está em perigo começaram a soar. Em 1962 Rachel Carson publica “Primavera Silenciosa”, sobre os efeitos dos agroquímicos, em especial o DDT, sobre a fauna e os seres humanos. É considerado uma das pedras fundamentais do ambientalismo. Em 1972 os especialistas do Clube de Roma publicam “Os limites do crescimento”, uma modelagem do impacto do rápido crescimento populacional sobre os recursos naturais da Terra.

Os diagnósticos de que algo não vai bem no terceiro planeta seguiram dando     alertas. Em 1987 a médica e ex-primeira ministra da Noruega, Gro Brundtland publica o relatório “Nosso Futuro Comum”, que explicita a necessidade de uma solidariedade intergeracional. Que as atuais gerações devem garantir que as pessoas do futuro tenham também os recursos necessários para sua sobrevivência na Terra. Em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ou Eco-92), representantes de 179 países assinaram a Agenda 21, um documento que aponta para a necessidade de cooperação global para a construção de uma sociedade planetária sustentável”. 

· O bom senso prevaleceu e a Universidade Federal de Ouro Preto acabou voltando atrás na decisão que molestou interesses respeitáveis da bióloga Ambar Soldevila Cordoba. O título de mestre que lhe havia sido arrebatado por uma decisão infeliz do colegiado da UFOP, em consequência de protocolo burocrático despojado de sensibilidade social, vai ser-lhe restituído. A deliberação tomada, com relativa rapidez, evitou demanda judicial e uma série de transtornos derivados de uma resolução que com toda certeza atentava contra sagrados direitos femininos. Ambar logrou, com a bandeira de luta que levantou, mobilizar, em poucas horas, pelas redes sociais, milhares de pessoas em torno de sua justa causa, criando condições para revogação de um ato burocrático que até aqui vem prejudicando mães acadêmicas em sua carreira profissional na área do ensino.  Boas falas.

· Desde que deixou a Casa Branca, após a tentativa golpista frustrada com a invasão do Capitólio, o ex-presidente estadunidense Donald Trump vem dando demonstrações contínuas de ser mesmo “lelé da cuca” conforme, aliás, é taxativamente reconhecido pela Associação Médica de Psiquiatria dos Estados Unidos. Ainda outro dia compareceu a uma convenção da poderosa associação dos fabricantes de armas de seu país para proclamar a necessidade de que cada americano tenha acesso a armas. Em sua delirante fala, deixou subentendido que o ideal é todo mundo proceder como nos filmes de faroeste deslocando-se de um lugar para outro com um cinturão de balas e um trinta e oito. O insensato pronunciamento foi feito poucos dias depois de uma tragédia envolvendo um jovem insano. Na comemoração de seu décimo oitavo aniversário adquiriu um rifle potente, dirigiu-se, a uma escola trucidando vinte e uma pessoas entre estudantes e professores antes de ser abatido pela polícia. O episódio como esperado, causou imensa consternação e revolta, levando influentes vozes da cúpula governamental estadunidense a bradarem por uma legislação que restrinja a comercialização aberta de armas, fato motivador de chacinas periódicas.

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