*Cesar Vanucci
“Não importa os motivos da guerra, a paz ainda é mais importante do que eles.”
(.Roberto Carlos.)
Nada
de novo no front. Tudo como dantes no quartel de Abrantes. Estas expressões podem
soar, por vezes, como indicativo de que uma situação indesejada esteja sendo
posta sob relativo controle. Mas não é bem assim quando aplicadas em narrativas
alusivas ao horrendo conflito que monopoliza na atualidade as manchetes do
mundo inteiro. Não está havendo nas frentes de luta entre as forças de
segurança do Israel e as milícias terroristas localizadas na Faixa de Gaza nada
que não seja morte violenta e destruição irreparável. Os belicosos contendores fingem
não ouvir o clamor universal. Recusam-se a libertar inocentes reféns, idosos e
crianças em boa parte. Não se sensibilizam nadica de nada com o drama
angustiante dos milhares de cidadãos palestinos e de muitas outras
nacionalidades, que querem deixar a região sitiada. Não se comovem com as
notícias aterrorizantes do numero de mortos e feridos, entre estes últimos pessoas
largadas à própria sorte devido ao colapso do sistema de saúde. Não se
incomodam com as inacreditáveis informações da ONU, da OMS, dos correspondentes
das agencias jornalistas, da Cruz Vermelha, acerca da carência absoluta de
alimentos, medicamentos, água, eletricidade, moradias dos mais de dois milhões
de seres humanos acossados pela metralha mortífera em estreita faixa
territorial, sem saídas à vista para escapar do horror.
A opinião publica mundial confessa-se atônita
com o que vem acontecendo no Oriente Médio. Na Assembleia Geral das Nações
Unidas uma maciça maioria de países, mesmo sabendo que sua manifestação não
possui força deliberativa, recomendou, lucidamente, uma trégua no sanguinolento
conflito para providências humanitárias e debates que possam conduzir a uma
solução da questão crucial inserida no pano de fundo das discordâncias
existentes entre as partes. No conselho de segurança, o Brasil conseguiu encaixar
uma proposta na mesma linha. Toda via esta proposição acabou se tornando
ineficaz diante do veto desprovido de fundamentos dos Estados Unidos. Os EUA fazem
parte do quinteto que se arvora em exercer incompreensível tutela dentro da
ONU, sobre o resto do mundo.
O Papa Francisco e outras clarividentes
lideranças mundiais tem sido unânimes em mostrar que o terrorismo e a guerra são
instrumentos do mal, degradando os valores supremos que alicerçam a evolução
civilizatória. Tais manifestações de peso considerável como expressão do
sentimento universal, não conseguem varar as fortificações dos “senhores da
guerra”, imperturbáveis em sua disposição de não ensarilhar armas.
O jeito para os que conservam acesa a
esperança na interrupção dessa porfia amalucada é meditar e rezar. E também apelar
para que um súbito e abençoado lampejo de bom senso brote na consciência dos
que ditam as ordens para matar e destruir, levando-os a se convencerem da
necessidade de uma trégua e a admitirem, mais adiante de que fora da paz não há
salvação, como proclama a cátedra de São Pedro.
2) Milei
- Apontado como um “anarco-capitalista”, seja lá o que isso signifique, o
economista Javier Milei, candidato à presidência da Argentina, segundo colocado
nas pesquisas, promete horrores, caso bafejado pela vitória nas urnas. Pretende
fechar o Banco Central, os Ministérios da Educação e da Saúde, romper relação
com o Vaticano e com a China, acabar com o peso e dolarizar a economia, sair do
MERCOSUL. De quebra faz considerações pouco lisonjeiras ao papa Francisco, ao
Brasil e ao Presidente Lula. Observadores políticos têm como certo que após a eleição
do dia 30 vindouro, Milei envergando vistosa camisa de força será reconduzido ao
manicômio na Calle Florida.
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