*Cesar Vanucci
“‘Nós ainda não descobrimos o milagre’”
(Rosa Weber, Presidente do STF sobre como combater fake news)
Nada detém a impetuosa enxurrada das “fake
news”. Elas percorrem as tortuosas e encardidas ruelas da intolerância,
perversidade e ódio. Desafiam despudoradamente nossos foros de cidadania e de
civilidade. O tom de todas as manifestações é, invariavelmente, demencial.
Prodigioso instrumento de comunicação, a
internet foi concebida com o nobre propósito de união, confraternização e
difusão do conhecimento. Deploravelmente, por obra de indivíduos e grupos que
andam em permanente confronto com os preceitos da Vida e os valores humanísticos
e espirituais que a regem, tem sido desvirtuada em não poucas oportunidades de
seus saudáveis objetivos, tornando-se, aí então, fator de desagregação,
alienação e propagação de malefícios sem conta.
Já açoitada por inúmeras calamidades ainda sem
solução, como as indecorosas desigualdades sociais, a miséria ao rés do chão
que atinge contingente elevadíssimo da população mundial, a fome, as doenças
incuráveis, as pandemias, os regimes políticos de opressão, a Humanidade se vê
às voltas, de tempos a esta parte, com a tremenda dor de cabeça provocada nas
relações comunitárias pelas malfadadas “fake news”. Disseminando falsidades, avançando
com velocidade de grama tiririca nos terrenos em que são semeadas as “fakes” produzem
estragos irreparáveis na convivência social. Contagiosas ao extremo adoecem
pessoas em todas as classes, faixas etárias e graus de conhecimento. No planeta
inteiro boas cabeças pensantes se debruçam no estudo de formulas eficazes para
se combater o mal. A grande preocupação dominante na exaustiva tarefa de
apontar uma equação precisa com relação ao problema reside na constatação de ser,
às vezes, muito tênue a linha de separação entre a sagrada liberdade de opinião
e a difusão de notícias de teor maldoso. Na Democracia, a censura prévia de
textos reveste-se de conotações indesejáveis. Nasce aí uma interrogação
perturbadora: como agir com prudência, serenidade, sem violentar o direito de
expressão, essencial na vivencia democrática, na indispensável interceptação de
maldades postas a circular nos sites instituídos com o fito exclusivo de
agredir reputações, violentar princípios éticos, distorcer fatos reais,
manipular as mentes de pessoas incautas e desprovidas de senso crítico e
capacidade de discernimento?
Seja
como for, por mais complexa que pareça a empreitada, a sociedade humana tem
necessidade de encontrar com urgência uma maneira de lidar com toda firmeza com
a criminalidade digital, desafogando as redes sociais das excrescências de
odores fétidos abundantes, a serviço de interesses escusos que atentam contra a
dignidade humana.
A
propósito, no final da semana, uma “fake news” danada de grotesca e bizarra
ganhou destaque em sites comprometidos com o processo de confusão política,
valendo-se da tragédia do povo yanomami que tanta comoção despertou. A
inacreditável “revelação” trazida ao conhecimento público dava conta de que as
imagens chocantes mostradas na televisão e internet eram de “yanomamis
venezuelanos” não de yanomamis brasileiros. Da procês??
·
Mundo velho de
guerra – tanta
coisa acontecendo nos Arrais políticos brasileiros, que a gente até se esquece
de registrar informações acerca de acontecimentos que falam da incontrolável
sana bélica do ser humano. Na Síria e na região habitada desarmoniosamente por Judeus
e Palestinos prosseguem escaramuças sem solução á vista. A invasão da Ucrânia vai
pelo mesmo caminho. Nada de negociação para o ‘cessar fogo. ’ Os EUA e a OTAM
acabam de anunciar a entrega de tanques de ultima geração à resistência
ucraniana daqui a 8 meses...
Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
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