sábado, 4 de fevereiro de 2023

A pandemia das “fakes”



                                                                                                     *Cesar Vanucci

 



‘Nós ainda não descobrimos o milagre’”

 (Rosa Weber, Presidente do STF sobre como combater fake news)

 

 Nada detém a impetuosa enxurrada das “fake news”. Elas percorrem as tortuosas e encardidas ruelas da intolerância, perversidade e ódio. Desafiam despudoradamente nossos foros de cidadania e de civilidade. O tom de todas as manifestações é, invariavelmente, demencial.

 Prodigioso instrumento de comunicação, a internet foi concebida com o nobre propósito de união, confraternização e difusão do conhecimento. Deploravelmente, por obra de indivíduos e grupos que andam em permanente confronto com os preceitos da Vida e os valores humanísticos e espirituais que a regem, tem sido desvirtuada em não poucas oportunidades de seus saudáveis objetivos, tornando-se, aí então, fator de desagregação, alienação e propagação de malefícios sem conta.

 Já açoitada por inúmeras calamidades ainda sem solução, como as indecorosas desigualdades sociais, a miséria ao rés do chão que atinge contingente elevadíssimo da população mundial, a fome, as doenças incuráveis, as pandemias, os regimes políticos de opressão, a Humanidade se vê às voltas, de tempos a esta parte, com a tremenda dor de cabeça provocada nas relações comunitárias pelas malfadadas “fake news”. Disseminando falsidades, avançando com velocidade de grama tiririca nos terrenos em que são semeadas as “fakes” produzem estragos irreparáveis na convivência social. Contagiosas ao extremo adoecem pessoas em todas as classes, faixas etárias e graus de conhecimento. No planeta inteiro boas cabeças pensantes se debruçam no estudo de formulas eficazes para se combater o mal. A grande preocupação dominante na exaustiva tarefa de apontar uma equação precisa com relação ao problema reside na constatação de ser, às vezes, muito tênue a linha de separação entre a sagrada liberdade de opinião e a difusão de notícias de teor maldoso. Na Democracia, a censura prévia de textos reveste-se de conotações indesejáveis. Nasce aí uma interrogação perturbadora: como agir com prudência, serenidade, sem violentar o direito de expressão, essencial na vivencia democrática, na indispensável interceptação de maldades postas a circular nos sites instituídos com o fito exclusivo de agredir reputações, violentar princípios éticos, distorcer fatos reais, manipular as mentes de pessoas incautas e desprovidas de senso crítico e capacidade de discernimento?

Seja como for, por mais complexa que pareça a empreitada, a sociedade humana tem necessidade de encontrar com urgência uma maneira de lidar com toda firmeza com a criminalidade digital, desafogando as redes sociais das excrescências de odores fétidos abundantes, a serviço de interesses escusos que atentam contra a dignidade humana.

A propósito, no final da semana, uma “fake news” danada de grotesca e bizarra ganhou destaque em sites comprometidos com o processo de confusão política, valendo-se da tragédia do povo yanomami que tanta comoção despertou. A inacreditável “revelação” trazida ao conhecimento público dava conta de que as imagens chocantes mostradas na televisão e internet eram de “yanomamis venezuelanos” não de yanomamis brasileiros. Da procês??

 

·        Mundo velho de guerra – tanta coisa acontecendo nos Arrais políticos brasileiros, que a gente até se esquece de registrar informações acerca de acontecimentos que falam da incontrolável sana bélica do ser humano. Na Síria e na região habitada desarmoniosamente por Judeus e Palestinos prosseguem escaramuças sem solução á vista. A invasão da Ucrânia vai pelo mesmo caminho. Nada de negociação para o ‘cessar fogo. ’ Os EUA e a OTAM acabam de anunciar a entrega de tanques de ultima geração à resistência ucraniana daqui a 8 meses...

                       

                      Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

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