sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

 

Vem vindo aí o 5G

 

Cesar Vanucci

 

“Os avanços tecnológicos tornam o fantástico real”.

(Antônio Luiz da Costa, educador)

 

O leilão para a exploração do chamado sistema 5G suscita uma torrente de lembranças marcantes alojadas nas ladeiras da memória, bem como um efervescente exercício de imaginação referente as prodigiosas projeções futurológicas da comunicação digital. 

O que vem vindo aí é uma revolução tecnológica incrível, fantástica, extraordinária. Chega às raias do inimaginável. Acode-me incontrolável tentação de sair dizendo por aí que são coisas que parecem extraídas de historietas de quadrinhos. Ou de filmes de ficção científica de alucinante concepção. Mas esse tipo de reação leva a uma indagação perturbadora, digo mais, tremendamente instigante para a qual parece não existir, de imediato, uma pronta resposta convincente. Esta a indagação. Como é que os autores dos quadrinhos e da ficção cinematográfica ficam sabendo, antes de todo mundo, dessas inovações técnicas assombrosas que lançam em suas narrativas para mero entretenimento e lazer dos leitores e espectadores? Seja lembrado que Flash Gordon e Buck Rogers exploraram o espaço sideral muito antes do voo orbital de Yuri Gagarin ou da criação da Nasa. O arguto detetive Dick Tracy já nos idos dos anos trinta fazia uso do relógio de pulso para transmitir e receber chamadas a longa distância. Du-vi-de-o-dó que naquela quadra da história humana, houvesse em qualquer parte, algum grupo de elevada capacitação científica engajado ou empenhado em pesquisas, experiências, capazes de permitir, punhado de décadas depois, o surgimento de um aparelho ao alcance hoje de qualquer garoto, conhecido por celular.  

À parte estas ruminações, puxando ainda pela memória, relembro cenas na recuada infância dos serviços de telefonia utilizados pelas pessoas financeiramente mais abonadas da comunidade. As ligações de um ponto a outro passavam forçosamente por diligentes funcionárias do posto telefônico central. As telefonistas desfrutavam de notoriedade e respeito no seio comunitário. Havia quem as imaginasse, com algum receio quanto ao fato, detentoras de informações sigilosas, face ao acesso que tinham aos contatos interpessoais. Lá pelos anos quarenta, a chegada do chamado telefone automático ampliou consideravelmente o alcance da comunicação telefônica. 

Num trabalho sobre o desenvolvimento da telefonia no Brasil, saído na internet, Guilherme Pereira, Henrique de Oliveira e Rubens Marangom, do Instituto Superior de Ciências Aplicadas, de Limeira,  (SP), explicam o seguinte: “Com o surgimento das centrais automáticas os telefones passaram a ser providos de “discos” para envio da sinalização.” (...) “Esta tecnologia prevaleceu até o final da década de 60 quando começaram a surgir os telefones com teclado eletrônico. Os telefones com teclado facilitavam a “discagem”, pois demorava menos para registrar um número. Foram desenvolvidos teclados que enviavam os pulsos de sinalização decádica conforme a tecla acionada.” (...) “Atualmente vem crescendo o uso da telefonia pela internet.” 

 O sistema da comunicação telefônica, a partir desse ponto, como sabido, passou a oferecer assombrosas facilidades ao usuário. Novidades incessantes inseriram as pessoas num cenário tecnológico que descortina possibilidades de acesso a fatos e informações impensáveis até bem pouco tempo. 

Especialistas esclarecem, ser o 5G uma novíssima geração de internet móvel. Uma evolução da conexão 4G. Agora, quando 5G começar a operar em plenitude, provavelmente por volta de meados de 2022, outras situações incríveis começarão a ser vivenciadas. As melhorias de velocidade, tempo de resposta e confiança na rede prometem abrir leque de aplicações. Tecnologias como os carros autônomos e a telemedicina devem avançar com o 5G, bem como a chamada "indústria 4.0" com toda a linha de produção automatizada. Cirurgias feitas remotamente, por exemplo, serão mais confiáveis. E por aí vai...

 

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