sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O XVIII Encontro Cultural da Academia

O XVIII Encontro da Academia, promovido pela nossa Academia Mineira de Leonismo, com a contribuição valiosa do Lions Clube BH Mangabeiras, foi um acontecimento marcante na vida cultural belorizontina. O deputado Adelmo Carneiro Leão, vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, brindou o público, constituído de figuras representativas do meio intelectual mineiro, com uma palestra magistral sobre o tema “Desafios e perspectivas da saúde pública no Brasil”. A exposição suscitou muitas reflexões e arrancou intensos aplausos.
Na mesma ocasião, a Academia empossou solenemente mais um associado. Trata-se do jornalista André Luiz Lopes Oliveira, de Montes Claros. O novo acadêmico foi apresentado pelo Acadêmico Ernani Martins de Melo Rocha e saudado pelo Acadêmico Sebastião Braga.
Um belo espetáculo artístico emoldurou o evento, que compreendeu ainda uma homenagem aos casais João Lopes e Ana Zélia Saraiva Lopes, e Walter Mendes Costa e Maria Raquel Mendes Costa, dos quadros do Lions Clube BH Mangabeiras, pelos relevantes serviços prestados à causa leonistica. O Governador do Distrito LC-4, José Leroy da Silva, e a presidente do Mangabeiras, Maria Madalena Cerqueira Martins, junto com dirigentes da Academia Mineira de Leonismo, recepcionaram os convidados que compuseram a concorrida plateia desta vitoriosa promoção cultural.
Na condição de presidente da Academia, tive a honra de coordenar os trabalhos.
A Acadêmica Maria das Graças Amaral, secretária da Academia, atuou como Mestre de Cerimônia e o Acadêmico Vespasiano de Almeida Martins Neto saudou o expositor da noitada cultural, deputado Adelmo Leão.
A sequência de fotos retrata aspectos do Encontro Cultural.

Deputado Adelmo Carneiro Leão, Acadêmico (empossado) André Luiz Lopes Oliveira e 
Acadêmico Ernani Martins de Melo Rocha






 Mesa dirigente dos trabalhos: 
Sebastião Braga, José Leroy da Silva, Adelmo Carneiro Leão, Cesar Vanucci, Maria Madalena Cerqueira Martins e Doutor Viana






Acadêmico Doutor Viana, vice-presidente da AML entrega certificado de participação ao palestrante, deputado Adelmo Carneiro Leão. Ao fundo, a presidente do Mangabeiras, Maria Madalena Cerqueira Martins








Deputado Adelmo Leão e 
Acadêmica Vilma Raid Fernandes





Vice-governador do DistritoLC-4, José Monteiro da Silva, ex-governador Jarbas Fernandes Soares, 
Acadêmico Cesar Vanucci, Acadêmica Vilma Raid Fernandes e deputado Adelmo Leão

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Atlético e Cruzeiro

Cesar Vanucci *

“Mas que momento esplêndido!”
(Andrea Cecconie, torcedora)

A torcida mineira celebra. Razões de sobra para isso. Os dois principais clubes da terra atravessam fase de raro esplendor. O Atlético, campeão das Américas, prepara-se para disputar o título mundial interclubes. O Cruzeiro, campeão nacional com cinco rodadas de antecedência do final das competições, já antevê a possibilidade de abiscoitar pela terceira vez a Libertadores. BH desfruta da invejável situação de poder intitular-se, por assim dizer, capital mundial do futebol.

Chutando pra escanteio a circunstância de que torcedores fanáticos, enredados em divergências clubísticas puerilmente suburbanas, insistam em não reconhecer a relevância do papel representado pelo adversário no palco esportivo, o fato alvissareiro que nos cabe, a todos nós, mineiros, cruzeirenses e atleticanos ou não, admitir e festejar é que Cruzeiro e Atlético, Atlético e Cruzeiro, são presentemente os clubes de maior expressão na paisagem futebolística nacional. Isso assegura-lhes, naturalmente, lugar de especial realce no panorama esportivo internacional. Enfrentar com firmeza os desafios deste momento, saber aproveitar as infinitas chances que se abrem à expansão das atividades é demonstrar maturidade e bom senso.

Curtir com intensidade este instante. Criar ambiência propícia mode garantir a permanência desse estado de coisas. Introduzir, dentro e fora dos gramados, práticas eficazes de gestão. Assestar os olhares além dos horizontes conhecidos, na cata de mais espaço, de espaço mais rendoso para a projeção do bom trabalho executado: tudo isso deve fazer parte, neste momento, dos projetos prioritários e incrementadas agendas das duas festejadas agremiações.

Mantendo incólume a emulação sadia, estimulante no processo de crescimento, os clubes devem se esforçar também, ao máximo, para se desvencilhar de práticas que desmerecem de certo modo a importância do papel que lhes foi reservado no enredo desportivo. Uma delas, de um ridículo espantoso, é a que dá suporte ao esquema da “torcida única” nos chamados “clássicos”. De outra parte, a escolha definitiva do Mineirão como arena ideal para os jogos mais importantes é outra iniciativa que se afigura recomendável. Não faz sentido algum persistam os paredros esportivos em atitudes desprovidas de bom senso e caráter prático, nascidas de meros e tolos caprichos.

O reconhecimento geral de que em Minas se localiza presentemente o polo central do futebol enseja mais pertinentes observações. Muita gente gostaria de ficar sabendo das razões pelas quais na lista dos craques convocados para a seleção não figurarem alguns jogadores mineiros considerados em condições ideais para integrar o escrete canarinho. Caso, por exemplo, de Fábio, disparadamente o melhor goleiro brasileiro em ação. Diego Tardeli e Everton Ribeiro, para ficar apenas em outros dois nomes, são igualmente atletas que, esbanjando talento nas quatro linhas, andam fazendo por merecer chamada para o grupo dos selecionáveis.


De acordo com o figurino

“Viver democracia significa agir sempre
 em estrita consonância com o que a lei estipula.”
(Antônio Luiz da Costa, professor)

No momento em que o primeiro dos mensalões examinado pelo Supremo Tribunal Federal chega ao seu desfecho, faz-se oportuno relembrar, até com fitos pedagógicos, a toarda azucrinante registrada até bem pouco tempo atrás nas chamadas de capas de revista, manchetes e artigos em jornais, tribunas políticas, em razão do simples acolhimento pelos Ministros da Corte dos chamados embargos infringentes. O tom das falas naquele momento revelou-se de agoniante dramaticidade. A medida legal aprovada foi apontada como uma tragédia institucional. Houve insinuação de que estaria sendo executada uma manobra com o propósito de desmoralizar a Justiça e de garantir a impunidade dos réus. Por ai rolou o destempero das manifestações, escoradas em conclusões precipitadas de parte da mídia e de setores políticos intoxicados de passionalismo.

Pouco tempo transcorrido e o que se está a ver agora em nada se parece com o cenário apocalíptico desenhado. A Justiça cumpriu seu papel. A democracia que rege saudavelmente nossos destinos brasileiros mostrou de novo invejável pujança. Os autores das maracutaias que deixaram um rastro pesado de prejuízos no patrimônio da Nação estão sendo convocados a prestar contas de seus atos. Em suma, as leis que regem a matéria processual analisada foram aplicadas nos devidos conformes, de acordo com as aspirações gerais da Nação. Tudo, por assim dizer, funcionou como manda o figurino democrático.

Ficou claramente evidenciado também que o combate aos malfeitos cometidos por agentes públicos seguirá, indesviavelmente, seu curso normal. Isso robustece as expectativas por justiça da sociedade brasileira, que volta, agora, naturalmente, as atenções para ações legais, igualmente reparadoras, já constantes da agenda judiciária. Na lista de espera para julgamentos, a serem procedidos com todos os cuidados institucionais cabíveis, aguardam vez outros episódios de malversação de recursos públicos. Para ficar em apenas alguns, citemos o mensalão mineiro, as contratações mafiosas de obras no metrô bandeirante, os desvios fraudulentos, com a ajuda de empresas corruptas, dos fiscais desonestos da Prefeitura de São Paulo. Não nos esqueçamos, pela mesma forma, das irregularidades múltiplas cometidas em Goiás, Brasília e outros Estados, coordenadas por um banqueiro de bicho que chegou a ser trancafiado na Papuda e hoje desfruta do direito de aguardar em liberdade o andamento do processo em que desponta como operador.



No caso do mensalão já transitado em julgado chama a atenção também dos observadores da cena política a maneira civilizada e serena com que foram recebidas, pelos demais Poderes e lideranças de todas as facções partidárias, as decisões da Justiça. A reação respeitosa de modo geral observada exprimiu maturidade política, contando ponto em favor de nossa evolução democrática. Não há como, também, deixar de perceber que esse comportamento comedido e prudente dos setores políticos é inspirado, em parte, por uma certeza inabalável que todos hoje têm. A certeza de que os desdobramentos das ações corretivas em curso na Justiça são passiveis de apontar futuros réus nas fileiras praticamente de todas as legendas partidárias. Não sobrará, no frigir dos ovos, para nenhuma corrente o direito de se colocar a salvo de eventuais críticas por parte da opinião pública em razão de condutas inadequadas produzidas por correligionários afoitos e despreparados para o exercício da nobre atividade política.

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