*Cesar Vanucci
“Ainda não é o fim.
É apenas uma etapa das investigações em curso.” (Jornalista Ricardo Capelli,
secretário executivo do Ministério da Justiça).
Todos os setores da sociedade
veem com bons olhos – cuidando, por cautela, de conserva-los bem abertos – o
redobrado empenho das forças de segurança do Estado brasileiro no combate ao
crime organizado. Esmiuçando, numa
entrevista, os lances de mais uma bem sucedida operação levada a efeito em
trabalho conjugado da Policia Federal com órgãos policiais do Rio de Janeiro, o
jornalista Ricardo Capelli, eficiente secretario executivo do Ministério da
Justiça, explicou: “Ainda não é o fim. É apenas uma etapa das investigações em
curso.” A declaração lembrou-me dito famoso de Winston Churchill: “Não é o fim. Nem o começo do fim. Mas
pode ser o fim do começo!” Tomando emprestada a sábia fala do ex-primeiro
ministro britânico, esperamos, com viva expectativa, que esse “fim do começo” possa
ser conduzido às derradeiras consequências. Estes são desejos ardentes dos
cidadãos de mente e coração pacíficos que sonham com um país bom pra se viver e
trabalhar.
As ações desencadeadas
vão ter que transpor obstáculos tremendos para que sejam alcançados os objetivos
em mira. Os “foras da lei” criaram “campos minados” á volta dos redutos em que
se acham encastelados. Infiltraram-se, nalgumas unidades da Federação, em aparelhos
públicos incumbidos de enfrenta-los. Os (dês) caminhos a percorrer reclamam equipes
bem treinadas, compenetradas da missão de desmantelar as cidadelas da
bandidagem. Os agentes envolvidos nas saneadoras operações poderão, num que
noutro instante, se verem lançados num labirinto. Deles serão exigidos, em
horas assim, paciência, disposição e animo indomáveis, de modo a que as
situações momentaneamente desfavoráveis sejam contornadas com firmeza e afinco.
Como já vem sendo atestado nas diligencias em andamento, os serviços de
Inteligência e o emprego de tecnologia de ponta constituem plataforma eficaz
nas apurações dos atos lesivos praticados pelas milícias e quadrilhas que se
apossaram, para seus negócios escusos, de faixas territoriais consideráveis em alguns
centros populosos, como é o caso do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. A
atuação na área da segurança publica coordenada pelo ministério da justiça que
tem sido apoiada em numerosas e relevantes intervenções pelas Forças Militares Federais, volta-se também,
com vigor, para Amazônia. Detectou-se a
presença no vasto território do “Comando Vermelho” e do “PCC” entre outras
facções.
A quem acompanha com
atenção as providenciais ações promovidas, no âmbito governamental, no
enfrentamento das organizações criminosas vem causando muito boa impressão o
esforço voltado para trabalho integrado de todos os dispositivos de segurança.
Ou seja, não tem faltado da parte da opinião pública o reconhecimento à
inspirada ideia da estruturação de um sistema nacional de segurança que aglutine
o melhor da experiência profissional de campo e a da capacitação técnica dos
órgãos que operam no país na luta contra a marginalidade audaciosa. Outra
pontuação a ser feita diz respeito ao paulatino desarmamento da população. No
governo passado mais de 2 milhões de armas foram postas em circulação, fora as
contrabandeadas, graças ao incentivo oficial e frouxidão das leis. Muitos,
insensatamente, confundiam “Pátria amada com Pátria armada”. No ano de 2023 o
licenciamento para porte de armas, debaixo de crivo severo, caiu para pouco
mais de 20 mil. A queda, nesse item, foi de quase 80 por cento em relação ao
ano anterior. Seja assinalada, por derradeiro, como instrumento valioso neste
combate, a conjunção articulada entre a Segurança e os órgãos fazendários
visando jugular as fontes das receitas clandestinas mafiosas.
Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
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