“A emergência climática torna
urgente uma correção de rumos” (Presidente Lula)
O esplêndido discurso do Presidente Lula
na ONU atraiu atenções de importantes órgãos da imprensa internacional. Assim
se expressou a respeito o The New York Times: “O pronunciamento
de Luiz Inácio Lula da Silva marcou sua posição como figura global influente e
trouxe relevantes questões internacionais para o centro do debate político
mundial.” O mesmo jornal revela que o discurso teve enorme repercussão nas
redes sociais, sendo o sétimo assunto mais comentado globalmente no Witter. Já
o Diário de Notícias, de Portugal, classificou a fala de histórica, pela
abordagem de temas como a fome e desigualdades sociais, a emergência climática
e a necessidade de reformas no relacionamento das grandes potências com o resto
do mundo.
Estas foram, a propósito as palavras de Lula
ao focalizar a questão das mudanças climáticas: “Agir contra a mudança do clima implica pensar no amanhã e enfrentar
desigualdades históricas”. (...) A emergência climática torna urgente uma
correção de rumos e a implementação do que já foi acordado.
Não
é por outra razão que falamos em responsabilidades comuns, mas diferenciadas”.
Noutro
ponto da manifestação, Lula refere-se ao que o Brasil vem fazendo no
enfrentamento do problema: “Vamos provar de novo que um modelo socialmente
justo e ambientalmente sustentável é possível”. Estamos na vanguarda
da transição energética, e nossa matriz já é uma das mais limpas do mundo.
87%
da nossa energia elétrica provem de fontes limpas e renováveis.
A
geração de energia solar, eólica, biomassa, etanol e biodiesel cresce a cada
ano.
É
enorme o potencial de produção de hidrogênio verde.
Com
o Plano de Transformação Ecológica, apostaremos na industrialização e
infraestrutura sustentáveis.”
A
Amazônia mereceu registro enfático no pronunciamento: “Ao longo dos últimos
oito meses, o desmatamento na Amazônia brasileira já foi reduzido em 48%.
O
mundo inteiro sempre falou da Amazônia. Agora, a Amazônia está falando por si.”
Lembrou ainda que: “Sem a mobilização de
recursos financeiros e tecnológicos não há como implementar o que decidimos no
Acordo de Paris e no Marco Global da Biodiversidade”. Aludiu também à promessa
dos países desenvolvidos de destinarem 100 bilhões de dólares – anuais – para
os países em desenvolvimento, até hoje não materializada.
Lula
criticou os critérios que norteiam a distribuição de recursos feita por
organismos internacionais. Deu como exemplo o fato de o FMI haver carreado, ano
passado, para a Europa, investimentos de 160
bilhões de dólares e de apenas 34 bilhões para a África.
Lamentando que as
bases de uma nova e necessária governança econômica ainda não tenham sido
lançadas, o chefe do governo brasileiro explicou que o BRICS surgiu na esteira desse imobilismo, e
constitui uma plataforma estratégica para promover a cooperação entre países
emergentes. Defendeu modelo de um comércio global mais justo num contexto de
grave crise do multilateralismo.
Salientou que, o
desemprego e a precarização do trabalho minaram a confiança das pessoas em
tempos melhores, em especial os jovens.
Considerou significativo
que haja por parte dos governos ruptura com a dissonância cada vez maior entre a
“voz dos mercados” e a “voz das ruas”.
“O neoliberalismo –
aduziu Lula - agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as
democracias”. Disse mais: “Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos.
Em meio aos seus escombros surgem
aventureiros (...) que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto
equivocadas.”
O Presidente louvou entusiasticamente a
excelência da democracia e repudiou todas as formas de autoritarismo, anotou
também, como clamorosa evidência das desigualdades, que os 10 maiores
bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade.
Conclamou as
lideranças mundiais a promoverem ações que permitam à ONU “resgatar as melhores tradições humanistas” que
inspiraram sua criação.
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