*Cesar Vanucci
“Temos que acatar, na democracia,
ponto de vista diferente do nosso.” (Barak Obama, ex-presidente EUA)
Uberaba,
Triângulo Mineiro, idos de 50. O PTB, de Mário Palmério, comemora retumbante
trinfo eleitoral. Conquista cadeiras na Câmara dos Deputados e na Assembleia
Legislativa. Ganha a parada para Prefeito, vice, Juiz de Paz e suplente, compondo
ainda solida maioria na Câmara de Vereadores. Dirigindo-se aos eufóricos correligionários,
o famoso escritor – parlamentar, frisando bem cada palavra, brada: “Um feito extraordinário,
fizemos barba, cabelo e bigode!” A frase foi entusiasticamente difundida, nas
prosas de rua, como refrão, pelos Petebistas.
Esta
referencia acode-me à memória velha de guerra no memento em que me inteiro dos
resultados da corrida presidencial nos Estados Unidos. Contrariando os
prognósticos dos analistas políticos e institutos de pesquisa, que garantiam
disputa renhida, Donald Trump levou a melhor com espaçosa vantagem sobre a
oponente, Kamala Herris. Os números se inclinaram, desde o começo das apurações,
pela candidatura republicana, com tal ímpeto que em curto espaço de tempo pôde-se
configurar, inapelavelmente o desfecho da pugna.
O retorno de Donald Trump à Casa Branca suscita,
obviamente, especulações de toda sorte. Como é sabido, o ex e, agora, futuro
exercente do mais importante cargo da geopolítica contemporânea foi indiciado
pela Justiça em mais de 30 processos. Entre eles, seguramente o de maior
gravidade diz respeito à invasão do Capitólio, insuflada pelo então presidente,
numa tentativa golpista. O episódio cabe relembrar, provocou várias mortes,
feriu pessoas e levou muitos invasores à prisão. Qual poderá vir a ser a reação
das instituições democráticas dos EUA na hipótese do Poder Judiciário aplicar
punição ao chefe do poder executivo? E quanto aos demais processos em
andamento?
Em sua plataforma como candidato Trump criticou
com veemência a postura do presidente Joe Biden nas guerras do Oriente Médio e
Ucrânia, assegurando que iria por fim as mesmas antes mesmo da posse. Outra
questão crucial levantada em seus pronunciamentos envolve milhões de imigrantes
em situação irregular. Prometeu deportar todos eles. Palavras dele: “Os imigrantes estão envenenando o sangue de nosso país”!
A propósito afirmou que irá exigir do governo mexicano o fechamento hermético da
zona fronteiriça entre dois países.
O anuncio da vitória de Trump repercutiu na movimentação das Bolsas
de Valores no mundo inteiro. O dólar disparou. Os produtores de bens de consumo
ligados à exportação se perguntam quais serão os efeitos em seus negócios caso se
efetive realmente a aplicação de sobretaxas nas importações feitas pelo mercado
norte americano.
A agenda ambiental é motivo de séria preocupação global. Em seu
primeiro mandato, Trump assumiu iniludivelmente negacionista.
Tudo isto nos
coloca como espectadores de um capitulo muito importante da História.
Jornalista (cantonius1@yahho.com.br)
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