*Cesar Vanucci
“Obra portentosa (...) de fôlego
excepcional” (Trecho da justificativa da
ALTM na indicação de José Humberto Silva Henriques ao Nobel de Literatura)
Como já revelado
no artigo anterior, a Academia de Letras do Triângulo Mineiro, sediada em
Uberaba, indicou o escritor José Humberto Silva Henriques, seu associado e
também membro de outras instituições culturais – Academia Municipalista de
Letras MG entre elas – ao Premio Nobel de Literatura.
O Nobel, em toda
sua longa historia mais do que centenária, jamais contemplou um brasileiro em
qualquer de suas categorias de premiação. Nos anos 90, igualmente em Uberaba, nasceu uma
indicação ao Nobel da Paz. O nome do consagrado Chico Xavier foi levado à
apreciação do comitê Norueguês em Oslo pelo uberabense, coordenador das ações
de angariação do apoio comunitário, Augusto Cesar Vanucci, à época diretor do Núcleo
de programas musicais da Rede Globo.
Recolho no “Wikipédia” sugestivas passagens da
fascinante historia do Nobel, compartilhando-as com meu reduzido, posto que
culto e leal leitorado. “Alfred Nobel nasceu em 21
de outubro de 1833 em Estocolmo na Suécia, em uma família de engenheiros. Era
químico, engenheiro e inventor. Em 1894 comprou uma empresa siderúrgica de
ferro e aço, que se tornou grande fabricante de armas. Nobel também inventou o
balliste que foi o precursor de muitos outros explosivos militares sem fumaça,
especialmente o cordite, acumulando uma fortuna incalculável durante sua
vida graças às suas 355 invenções, entre as quais a dinamite, a mais
famosa. No entanto, também arrastou a sensação de culpa pelo mal que suas
invenções causaram à humanidade. Em 1888, Nobel ficou surpreso ao ler seu
próprio obituário, intitulado "O mercador da morte morreu",
em um jornal francês. Como foi seu irmão Ludvig quem realmente morreu, o
obituário foi publicado por engano oito anos antes da morte de Alfred Nobel. O
artigo desconcertou Nobel e o deixou apreensivo sobre como ele seria lembrado
na posteridade. Isso o inspirou a mudanças no modo de encarar a vida. Em
10 de dezembro de 1896, Alfred Nobel morreu aos 63 anos. Nobel escreveu vários
testamentos em vida; o último pouco mais de um ano antes de sua morte, que ele assinou em 27 de novembro de 1895. Para surpresa
de todos o testamento especificou que
sua fortuna seria usada para criar uma série de prêmios para aqueles que
realizam "o maior benefício para a humanidade" nas áreas de física,
química, fisiologia ou medicina, literatura e paz: “A totalidade do que resta da minha fortuna será
organizada da seguinte forma: o capital, investido em valores seguros por meus
testamenteiros, constituirá um fundo cuja participação será distribuída a cada
ano na forma de prêmios entre aqueles fizeram o maior benefício para a
humanidade. Uma parte para a pessoa que fez a descoberta ou a invenção mais
importante dentro do campo da física; uma parte para a pessoa que fez a
descoberta ou melhoria mais importante em química; uma parte para a pessoa
que fez a descoberta mais importante dentro do campo da fisiologia ou medicina;
uma parte para a pessoa que produziu o trabalho mais notável de tendência
idealista dentro do campo da literatura, e uma parte para a pessoa que
trabalhou mais ou melhor em favor da fraternidade entre as nações, a abolição
ou redução de exércitos existente e para a celebração e promoção de congressos
pela paz. (“...) É meu desejo expresso que, ao conceder estes prêmios, a
nacionalidade dos candidatos não seja levada em consideração, mas que aqueles
que recebem o prêmio, sejam escandinavos ou não, sejam os mais
merecedores.”
Alfred Nobel legou
assim 94% de seus ativos totais, 31 milhões de coroas suecas, para estabelecer
os cinco prêmios. A fim de tomar conta da fortuna e organizar a entrega
dos prêmios, seus executores Ragnar Sohlman e Rudolf Lilljequist formaram
a Fundação Nobel.
.
Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário