domingo, 24 de setembro de 2023

Candidato Mineiro ao Nobel II



*Cesar Vanucci

“Obra portentosa (...) de fôlego excepcional” (Trecho da  justificativa da ALTM na indicação de José Humberto Silva Henriques ao Nobel de Literatura)

Como já revelado no artigo anterior, a Academia de Letras do Triângulo Mineiro, sediada em Uberaba, indicou o escritor José Humberto Silva Henriques, seu associado e também membro de outras instituições culturais – Academia Municipalista de Letras MG entre elas – ao Premio Nobel de Literatura.

O Nobel, em toda sua longa historia mais do que centenária, jamais contemplou um brasileiro em qualquer de suas categorias de premiação.  Nos anos 90, igualmente em Uberaba, nasceu uma indicação ao Nobel da Paz. O nome do consagrado Chico Xavier foi levado à apreciação do comitê Norueguês em Oslo pelo uberabense, coordenador das ações de angariação do apoio comunitário, Augusto Cesar Vanucci, à época diretor do Núcleo de programas musicais da Rede Globo.

Recolho no “Wikipédia” sugestivas passagens da fascinante historia do Nobel, compartilhando-as com meu reduzido, posto que culto e leal leitorado. “Alfred Nobel nasceu em 21 de outubro de 1833 em Estocolmo na Suécia, em uma família de engenheiros. Era químico, engenheiro e inventor. Em 1894 comprou uma empresa siderúrgica de ferro e aço, que se tornou grande fabricante de armas. Nobel também inventou o balliste que foi o precursor de muitos outros explosivos militares sem fumaça, especialmente o cordite, acumulando uma fortuna incalculável durante sua vida graças às suas 355 invenções, entre as quais a dinamite, a mais famosa. No entanto, também arrastou a sensação de culpa pelo mal que suas invenções causaram à humanidade. Em 1888, Nobel ficou surpreso ao ler seu próprio obituário, intitulado "O mercador da morte morreu", em um jornal francês. Como foi seu irmão Ludvig quem realmente morreu, o obituário foi publicado por engano oito anos antes da morte de Alfred Nobel. O artigo desconcertou Nobel e o deixou apreensivo sobre como ele seria lembrado na posteridade. Isso o inspirou a mudanças no modo de encarar a vida. Em 10 de dezembro de 1896, Alfred Nobel morreu aos 63 anos. Nobel escreveu vários testamentos em vida; o último pouco mais de um ano antes de sua morte, que ele assinou em 27 de novembro de 1895. Para surpresa de todos o testamento  especificou que sua fortuna seria usada para criar uma série de prêmios para aqueles que realizam "o maior benefício para a humanidade" nas áreas de física, química, fisiologia ou medicina, literatura e paz: “A totalidade do que resta da minha fortuna será organizada da seguinte forma: o capital, investido em valores seguros por meus testamenteiros, constituirá um fundo cuja participação será distribuída a cada ano na forma de prêmios entre aqueles fizeram o maior benefício para a humanidade. Uma parte para a pessoa que fez a descoberta ou a invenção mais importante dentro do campo da física; uma parte para a pessoa que fez a descoberta ou melhoria mais importante em química; uma parte para a pessoa que fez a descoberta mais importante dentro do campo da fisiologia ou medicina; uma parte para a pessoa que produziu o trabalho mais notável de tendência idealista dentro do campo da literatura, e uma parte para a pessoa que trabalhou mais ou melhor em favor da fraternidade entre as nações, a abolição ou redução de exércitos existente e para a celebração e promoção de congressos pela paz. (“...) É meu desejo expresso que, ao conceder estes prêmios, a nacionalidade dos candidatos não seja levada em consideração, mas que aqueles que recebem o prêmio, sejam escandinavos ou não, sejam os mais merecedores.”

 

Alfred Nobel legou assim 94% de seus ativos totais, 31 milhões de coroas suecas, para estabelecer os cinco prêmios. A fim de tomar conta da fortuna e organizar a entrega dos prêmios, seus executores Ragnar Sohlman e Rudolf Lilljequist formaram a Fundação Nobel.

 

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Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

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